Assisti ontem ao segundo show que os “ingleses rejeitados” Cockney Rejects fizeram no Brasil. Mais precisamente no Hangar 110, em São Paulo. Localizado numa quebrada do bairro do Bom Retiro, onde a singular fauna de judeus ortodoxos, chineses e bolivianos compõe o ambiente, o lugar é o nosso CBGB’s. Fiquei alucinando na comparação enquanto me dirigia ao local - ainda mais por ser aquela a minha segunda ida. Tardiamente, só visitei o Hangar 110 pela primeira vez no show dos escoceses The Rezillos, outro clássico do punk rock, há dois anos. A caminho do equivalente nacional, lembrei, saudoso, das vezes em que estive no lendário clube de Nova York que abrigou a movimentação do punk rock e das new e no wave. Em certa ocasião, assisti ali a outro grupo que eu adorava quando moleque, o Chaos UK. Assim que subiu ao palco, o vocalista, num sotaque malaco da periferia inglesa, bradou: “Aqui neste mesmo palco estiveram Ramones, Television, Blondie, Talking Heads, não é ? Bela merda. Esses puto...