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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

Folia

Chacal, uma das páginas do livro "Tudo (e mais um pouco): poesia reunida (1971-2016)", Editora 34. Postagem surrupiada do sebo Desculpe a Poeira.

No susto

Em 2019 eu fui só para assistir ao “De Modo Geral: revista ao vivo do comportamento brasileiro”, ocorrido no mês de julho, no b_arco, em São Paulo. Naquela edição, além do time fixo - Andréa del Fuego, João Paulo Cuenca, Paulo Scott e Mauro Dahmer -, as convidadas e os convidados eram Anita Deak, Cidinha da Silva, Felipe Munhoz, Marcelo Nocelli, Reinaldo Moraes, Samir Machado de Machado e Thais Lancman. Lá pelas tantas, Scott, que eu encontrara no saguão minutos antes do início do evento, reposicionou o pedestal de microfone, informou à plateia que faria algo não previsto no roteiro e, afável, me chamou ao palco. Agradecido, no susto, disse o poema “As grandes histórias de amor”, um dos batuques do meu vindouro próximo livro. No contexto pandêmico, o “De Modo Geral” transformou-se em podcast cujas edições estão disponíveis nas plataformas de áudio e vídeo. Imagens: Taciana Barros

Livros e delicadeza

Diante da minha postagem desta terça-feira, 16, no Instagram - a epígrafe de "Aqui de Dentro" (2017), última obra publicada em vida de Sam Shepard, assinada por David Foster Wallace -, a grandiosa Carolina Pfister, diretamente da região de Columbia Gorge, nos EUA, comentou: “falando em Sam Shepard, olha quem mora ao lado de seus livros na minha estante (veja mensagens)”. Fui a elas e testemunhei, embasbacado, o meu “Barítono” (editora Terreno Estranho) na companhia de “Hawk Moon: Short Stories, Poems, Monologues” (1973) e “Motel Chronicles” (1982). Fiquei muitíssimo sensibilizado com as imagens. O momento é terrível, porém episódios como esse são contrapontos eficazes ao horror. A delicadeza é um baita antídoto. Na companhia de Hafiz, Mary Oliver, Richard Blanco, Robert Mapplethorpe, Arthur Rimbaud, Sam Shepard, Ross Gay, Raymond Carver, entre outras e outros, na prateleira maravilha. Columbia Gorge (EUA). Foto: Carolina Pfister

"Mercedes e Ricardo" no In-Edit TV

Após exibições nos festivais cinematográficos MADRIFF e VALÈIFF, ambos na Espanha, Guarnicê, em São Luís, no Maranhão (MA), e Mostra [Em] Curtas, “Mercedes e Ricardo” (2020) - documentário dirigido por mim e Otavio Sousa, cujas estrelas são meus pais, Mercedes de Souza e Ricardo Aparecido Dias – acaba de estrear no fino catálogo do In-Edit TV, a plataforma de streaming do adorável Festival Internacional do Documentário Musical. Eis o link .

No Instagram

  Há alguns dias estou também no Instagram. Que modernão sou eu, hein. Nos vemos lá: @rodrigocarneiro_rc

"Eles mataram o meu filho porque ele era negro"

"Que vergonha! Meu filho que amava o Brasil. Por que eles mataram o meu filho? Moïse tinha todos os amigos brasileiros. Aí vêm os brasileiros e matam o meu filho. Olha a foto do meu filho, meu bebezinho. Era um menino bom. Era um menino bom. Era um menino bom. Eles quebraram o meu filho. Bateram nas costas, no rosto. Ó, meu Deus. Ele não merecia isso. Eles pegaram uma linha (uma corda), colocaram o meu filho no chão, o puxaram com uma corda. Por quê? Por que ele era pretinho? Negro? Eles mataram o meu filho porque ele era negro, porque era africano. A gente vem para cá achando que todo mundo vai viver junto. Que é todo mundo igual, mas não. Eu só quero justiça. E peço: por favor, me ajudem. Eu não tenho nada. Não tenho parente nenhum aqui. Eu não sei o que vai acontecer. Não sei aonde vamos parar", diz Ivana Lay, mãe do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, brutalmente assassinado na segunda-feira passada, 24, no quiosque Tropicália, no posto 8 da Barra da Tijuca (RJ), onde traba