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Mostrando postagens de 2010

Canções para a virada

Bad Brains em 1978: uma das raras imagens do livro "American hardcore, a tribal history", que acaba de ser reeditado O ano dos senhores foi hardcore? O meu, sob diversos aspectos, foi. Portanto, nada é mais coerente do que encerrar o período dos últimos doze meses ao som da compilação 24 hours of hardcore . Quem responde por ela é o escritor Steven Blush, autor do livro American hardcore, a tribal history (2001), publicação que serviu de base para o documentário American hardcore: the history of american punk rock 1980-1986 (2007). Por conta da segunda edição revisada do livro surgida em novembro de 2010, deixo os senhores com essas 911 canções de amor e paz. Tenham um bom dia e um feliz 2011.

"Soon come violence"

Dia desses o amigo Luiz Gustavo Dias, um dos fundadores do mítico Pin Ups , lembrou da banda cold wave francesa Orchestre Rouge . O clipe acima é da canção "Soon come violence", extraída do álbum Yellow laughter (1981). O Martin Hannett, responsável pela sonoridade dos discos do Joy Division e sócio da Factory Records, foi quem produziu. Ótima lembrança, Luiz.

Na estrada com Bivar

O dramaturgo e escritor Antonio Bivar na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo. Foto: Luiza Sigulem O amigo Marcelo Pinheiro caiu na estrada com o mestre Antonio Bivar e relata a experiência na edição de dezembro da revista Brasileiros . Recomendo a leitura.

Laerte

Um conto natalino

Minha mãe se atrapalhou com as datas. Isso é inédito. Estava certa de que a véspera do suposto nascimento de Jesus Cristo era amanhã. Não que as coisas para a ceia estivessem por completo despreparadas. O peru congelado já havia descido do freezer para a geladeira, os demais componentes da babel gastronômica estavam à mão, assim como os presentes que rondam a árvore de Natal. Mas minha mãe trabalhava com a informação de que tinha um dia a mais para a produção do evento em família. No almoço, após retornarem do supermercado e do shopping center, o assunto veio à baila, e ela surpreendeu-se com a notícia dada placidamente por meu pai: “O dia 24 é hoje, meu bem. As lojas estavam cheias”. Eu, o desatento-mor, que nesse período do ano me vejo sempre entre um conto natalino do século 19 de Charles Dickens e o “Papai Noel Velho Batuta”, dos Garotos Podres, engrossei o coro. Incrédula, ela ainda foi à folhinha pregada na parede da cozinha. A confirmação estava lá: sexta-feira, 24 de dezemb

Enquanto isso, no domingo passado

Os irmãos e as belas dançarinas de Femi Kuti. Foto: Camila Miranda O Femi Kuti eu cumprimentei meio de longe. Acenei e o herdeiro de Fela, concentrado, respondeu com um balançar de cabeça e um sorriso discreto, enquanto soprava o saxofone e aquecia a voz. É, o nigeriano e sua trupe tocam e cantam o tempo todo, num verdadeiro pré-show nos bastidores. A aparição de 16 figuras luminosas no camarim vai ser uma imagem difícil de esquecer. Instrumentos em punho, andar dançante, saudações aos presentes, apertos de mão. Astral lá em cima, sabem? O enlevo africano. Uma sensação de suavidade que já tomava o amplo backstage do Sesc Santo André, repleto de gente querida. Gente que se emocionou com o que via ali de pertinho e o que veria em breve no palco. Tomados por aquela vibração incrível, eu, que tive o privilégio de assistir ao primeiro show da big band afrobeat no Brasil em 2000 e estava lá a presenciá-los novamente, e meus irmãos Rodrigo Brandão, responsável pelo festival Batuque - Conex

Soul!

Foi o amigo Gian Paolo La Barbera quem me falou do site que tem disponibilizado edições do televisivo Soul!, programa norte-americano de cultura negra veiculado nas décadas de 1960 e 1970. Um assombro. Vejam .

Captain Beefheart (1941-2010)

Captain Beefheart Ainda há tempo de celebrar a memória do mestre Don Van Vliet, conhecido como Captain Beefheart, morto na sexta-feira, 17. Para tanto, recorro ao Matias , que fez um daqueles podcasts temáticos de responsa dele. Ao saber da notícia, lembrei de uma entrevista que eu fiz com o Ry Cooder para a revista Bravo! há alguns anos. A conversa seguia num tom algo protocolar sobre a atuação do guitarrista norte-americano na difusão da música cubana pelo mundo ou mesmo os trabalhos do artista junto ao cineasta alemão Wim Wenders. Bastou eu citar o nome de Beefheart para Cooder - que aparece no álbum Safe as Milk , de 1967 - abrir o sorriso e o coração. “Foi onde tive mais liberdade, onde mais aprendi sobre o meu ofício. É um dos meus maiores orgulhos ter trabalhado com Captain Beefheart".
Férias intranqüilas e momentos sublimes, como o de domingo, frente a frente com a big band de Femi Kuti em Santo André. Imagens daqui .

Neste final de semana

A estreia da Spray Galeria

O amigo Didiu Rio Branco me lembra da abertura dos trabalhos de um novo espaço destinado à cultura urbana em São Paulo, a Spray Galeria. Uma mostra coletiva fará as honras nesta quinta-feira, das 17h às 21h, e Rio Branco responde por duas das produções expostas.

"Você Nem Imagina"

Capa do álbum do Fellini que será lançado em breve O querido Jair Marcos avisa da disponibilidade de parte do novo disco do Fellini, Você Nem Imagina (BRSounds). O álbum, gravado em agosto de 2009 em comemoração aos 25 anos da valorosa banda, revê canções importantes na trajetória felliniana. Chega às lojas, via Tratore, mui brevemente , diz o Jair. Ouçam . E já que o tema é lembrança, eis um post batucado por mim em janeiro de 2009 sobre eles. Me ocorre também que encomendei um Pé na Porta, programa lá da firma , a respeito dos shows do Fellini em julho último. Você Nem Imagina e um encantado tributo são alguns dos tópicos da entrevista.

"It's Not Human, It's Human Trash"

Human Trash: álbum de estreia Ao me presentear com um exemplar do álbum It's Not Human, It's Human Trash , do Human Trash , a amiga Marianne Crestani - guitarrista e vocalista da banda, que ali responde pelo codinome de Sister Mari Trash - comentou da felicidade com o resultado das gravações. Como acompanho o trio desde o início, eu já tinha lá as minhas suspeitas acerca da qualidade do registro. Após sucessivas audições, a feliz comprovação: trata-se de um discaço. Isso sem contar que o presente me foi dado nos bastidores da apresentação de despedida do cantor e compositor australiano Hugo Race, ladeado pelos brothers Marco Butcher (bateria) e Luis Tissot (baixo), no Caffeine Sound Studio, no último sábado. Durante animada turnê, os rapazes percorreram diversas cidades brasileiras, uruguaias e argentinas. Até a volta, mister Race.

E neste domingo

Enquanto isso, em 1980

Enquanto isso, em 1965

Stevie Wonder e Marvin Gaye divertiam-se ao microfone no estúdio da Motown, em Detroit. Foto: Gilles Petard/Redferns Eis aqui uma matéria bacana, de onde surrupiei a foto, sobre a Motown.

Black Alien, a ver

Uma das produções que eu mais quero assistir em 2011 é Mr. Niterói - A Lírica Bereta , documentário dirigido por Ton Gadioli sobre o alienigena fluminense Black Alien. O trailer está acima, e ao ver as imagens na telinha do YouTube lembrei de como eu conheci o Gustavo em pleno Rio Babilônia dos anos 1990. O horário não permite a narrativa da aventura, mas garanto aos senhores que foi um episódio pra lá de insólito. Somos amigos desde então. Aproveito também para postar o que o figura disse sobre rap e cultura brasileira em trecho extraído do documentário L.A.P.A. (2007), de Caví Borges e Emílio Domingos.

É nesta sexta

Enquanto isso, em 1970

Jimi Hendrix, que teria feito 68 anos no último dia 27 de novembro, e Arthur Lee, saudoso patrão do Love, entravam no Olympic Sound Studios, em Londres, para gravar alguns temas. Entre eles, "The Everlasting First", escrita por Lee e arranjada por ambos; "Easy Rider", de Hendrix; e a instrumental "Loon". Coisa evidentemente fina.

Salve, Ornette

Final de semana presenciando Ornette Coleman e sua trupe ao vivo. Duas vezes consecutivas no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Com direito à queda de energia neste domingo, e os músicos tocando no escuro, sem amplificação. Só os acordes acolhendo a plateia - que urrava, aplaudia. Momentos depois, a luz voltou e o show seguiu garboso. Não é que as coisas às vezes dão certo?

Claudia Wonder (1955 - 2010)

Em tempos de homofobia braba em diversos pontos do país, morre uma das lideranças da militância GLBT brasileira: Claudia Wonder - quem informa é o Mix Brasil . Escrevi sobre Wonder em algumas ocasiões e manifesto aqui o meu pesar. Um minuto de barulho. Pois, em se tratando dela, o silêncio pode ficar para depois.

E na sexta-feira que vem

os Mickey Junkies voltam à Barra Funda. Nos vemos lá? A propósito, os preços são R$ 15 (na porta) e R$ 10 (na lista)

Perversa cortesia

Sempre perspicaz, o amigo Márcio Cruz escreve sobre uma aberração bem brasileira: a área vip em frente aos palcos dos grandes eventos musicais. Sugiro a leitura do texto Perversa cortesia , publicado no blog que o Cruz toca, o Atlantic Road.

Hallogallo 2010 em São Paulo e o documentário da BBC

Como eu suspeitava, a apresentação do Hallogallo 2010, projeto capitaneado pelo lendário multi-instrumentista Michael Rother, fundador do Neu!, integrante do Harmonia e ex-Kraftwerk, que conta também com o baterista do Sonic Youth, Steve Shelley, e o guitarrista Aaron Muller, do Tall Firs, no SESC Vila Mariana, nesta terça-feira, 23, foi primorosa. Um dos principais personagens do krautrock estava lá no palco do teatro com seus apetrechos e sonoridade que flerta com música atonal, rock’n’roll, eletrônica, free jazz, entre outros bichos. Por falar nisso, a BBC, sempre a BBC, tem um ótimo documentário sobre a valorosa cena alemã dos anos 1960 e 1970. Ei-lo abaixo.

Quisera

Se eu não tivesse a obrigação existencial de assistir ao show do Hallogallo 2010 no SESC Vila Mariana, em São Paulo, logo mais à noite, negociaria a ubiqüidade com o Altíssimo (pode?) e estaria tanto no lançamento do livro da Luana Vignon , Os tiros vêm do paraíso - publicação que inaugura os trabalhos editoriais da Panelinha Books – quanto na abertura da exposição "Adicto", nova mostra do Alexandre "Sesper" Cruz , o Farofa. Na impossibilidade de estar em vários lugares ao mesmo tempo, desejo da tribuna delirante toda a sorte aos amigos.

Lições do Sir

Veja trechos do show de Paul McCartney em SP Sir Paul McCartney e os outros garotos de Liverpool fizeram o que fizeram ainda na casa dos 20 anos. Ao final dos Beatles tiveram que dormir com o próprio barulho. Como sobreviver à revolução da qual se é responsável? Em meio a 64 mil pessoas, tive algumas pistas ontem no gramado do Estádio do Morumbi, em São Paulo. Lições que vou levar para o resto da vida. E tudo o que eu disser a respeito aqui vai estar de braços dados com a obviedade. Repertório? "Venus and Mars / Rock Show" "Jet" "All My Loving" "Letting Go" "Drive My Car" "Highway" "Let Me Roll It / Foxy Lady (Jimi Hendrix cover)" "The Long and Winding Road" "Nineteen Hundred and Eighty-Five" "Let 'Em In" "My Love" "I've Just Seen A Face" "And I Love Her" "Blackbird" "Here Today" "Dance Tonight" "Mrs Vandebilt"

Sobre água e cigarros

Jack Nicholson , né? Vi no Matias .

Enquanto isso, em 1980

Massive Attack: show redentor em São Paulo

3D (Robert Del Naja) e Daddy G (Grant Marshall) em São Paulo O cantor jamaicano Horace Andy: dádiva Martina Topley-Bird. Fotos surrupiadas do celular da querida Camila Miranda Meu único lamento com relação ao show do Massive Attack em São Paulo, ocorrido na noite de terça-feira, 16, no HSBC Brasil, foi ter perdido a atração de abertura. Enquanto eu me dirigia à casa de espetáculos, por volta das 21h30, Martina Topley-Bird entoava canções de The blue god (2008) e do recente Some place simple . Nem sabia ao certo que a cantora o faria. Bom, uma pena. Ao menos a vi interpretando lindezas como “Teardrop” e “Psyche” amparada pelo Massive Attack. Que show, senhores. Testemunhei as três passagens da banda britânica pelo Brasil e posso afirmar que o que se viu ontem foi a melhor delas. Ainda bem, pois as aparições anteriores tinham deixado, por assim dizer, uma má-impressão. Não que a primeira visita tenha sido ruim, mas escalá-los para tocar depois do rolo compressor que foi a apresentação

Amor

(Cruz e Souza) Nas largas mutações perpétuas do universo O amor é sempre o vinho enérgico, irritante... Um lago de luar nervoso e palpitante... Um sol dentro de tudo altivamente imerso. Não há para o amor ridículos preâmbulos, Nem mesmo as convenções as mais superiores; E vamos pela vida assim como os noctâmbulos à fresca exalação salúbrica das flores... E somos uns completos, célebres artistas Na obra racional do amor -- na heroicidade, Com essa intrepidez dos sábios transformistas. Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige E amamos com vigor e com vitalidade, A cor, os tons, a luz que a natureza exige!... Encarnação (Cruz e Souza) Carnais, sejam carnais tantos desejos, carnais, sejam carnais tantos anseios, palpitações e frêmitos e enleios, das harpas da emoção tantos arpejos... Sonhos, que vão, por trêmulos adejos, à noite, ao luar, intumescer os seios láteos, de finos e azulados veios de virgindade, de pudor, de pejos... Sejam carnais todos os sonhos brumos de estranhos, vagos, estr

Magrão na seleção

Ricardo Magrão, brodaço de milianos – esse termo, milianos, é ótimo, né? Eu gosto –, tem produzido umas mixtapes invocadas com pérolas da música jamaicana. Jah bless. Soulfire vol 1 by Ricardo Magrão Soulfire2 by Ricardo Magrão

Hoje

Sem Gil

Um comunicado oficial deve surgir nas próximas horas, mas tudo indica que as apresentações de Gil Scott-Heron (foto) no Brasil, dentro da Mostra SESC de Artes 2010 , nos dias 26, 27 e 28 deste mês, foram canceladas. Pessoas ligadas à produção do evento lamentam profundamente a informação dada pela assessoria do músico: mestre Heron estaria com um problema na perna. Considerando o histórico autodestrutivo do fabuloso artista, torço para que a razão da possível desistência seja essa mesma. Bom, lembremos de um post a respeito do homem batucado por mim no início do ano. Ei-lo aqui . Atualizando: na terça-feira, 9, foi anunciado o cancelamento dos shows do artista no Brasil.

Jobim Jamaica

Dia desses, a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana esteve lá na firma e apresentou, entre outras, uma versão aprazível de "Águas de março", de Antonio Carlos Jobim. Gostei muito.

Butcher avisa

O querido Marco Butcher avisa da turnê brasileira que fará com o australiano Hugo Race, sujeito que, ao lado de Nick Cave, é um dos sócios-fundadores do Birthday Party e do Bad Seeds, além de responder há duas décadas pelo projeto Hugo Race & The True Spirit , as datas estão acima. Butcher me diz que estará na bateria e Mr. Alabama no contrabaixo. Ah, a dupla de brodaços também está de banda nova, a Jesus and The Groupies . A ver e ouvir.

Laerte

Se no Rio de Janeiro

eu estivesse, iria ao Irajá neste domingo, 31.

Padre hipster por Arnaldo Branco

Surrupiado daqui .

Chica Chica Bum

Inspiradas pela pequena notável Carmem Miranda, as amigas Juliana Salty e Prila Paiva avisam da Chica Chica Bum , festança que promovem no Tapas Club, em São Paulo. Nesta quinta-feira, 28, estarão lá na rua Augusta, com uma série de discos de vinil, as moças.

Enquanto isso, em 1989

Gregory Isaacs (1951 - 2010)

Sempre curti pacas a música de Gregory Isaacs. Posso dizer que conheço os discos, o assisti ao vivo em duas ocasiões e nas últimas semanas voltei aos registros, até por conta da reportagem sobre ele, o cool ruler, na mais recente Waxpoetics - falei disso há uns posts . Leio nesta manhã na BBC que Isaacs morreu aos 59 anos, vítima de câncer. Foda. Meu pesar.

Hoje

Enquanto isso, em 1979

O reggae

A edição mais recente da invejável Waxpoetics trata de música jamaicana. Augustus Pablo e Gregory Isaacs estampam as capas e, além dos artigos sobre os figuraças, há escritos sobre Alton Ellis, Sugar Minott e Chris Blackwell. É incrível, nunca erra a mão esse povo da revista.

Uma imagem

para o dia.

Hoje

Solomon Burke (1940 - 2010)

Durante voo para a Holanda, onde faria show na próxima terça-feira, morreu neste domingo, 10, o cantor Solomon Burke, considerado o rei do soul. A realeza, no entanto, não é o mais importante aqui. E sim as canções. Ah, as canções.

Hoje

Nei Lisboa apresenta-se no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, às 21h.

Mickey Junkies e a construção do independente na Noize

Eu prateado e Keila Alaver de Mulher Maravilha: trilha sonora ao vivo dos Mickey Junkies no desfile da Ad Libitum no Hell's Club, do Columbia, em São Paulo, n'alguma manhã estranha de 1994 Tem foto (não, não é a postada acima) dos Mickey Junkies em meio à bela matéria A construção do independente , publicada na edição 37 da revista Noize . “Se você entende o independente nacional como uma mera transposição do indie rock gringo para a realidade brasileira, está enganado – ao menos em parte. Indie não é estética, não são óculos favoritos cujo modelo muda de acordo com o hype, nem “guitarrinhas” que você ama hoje e detesta amanhã”, informa o trecho inicial do batuque. Para contextualizar a movimentação brasuca, o escrito vai dos primeiros gritos punk à vanguarda do Lira Paulistana, passando pelos outsiders do rock tapuia dos anos 1980 e 1990, selos, zines e a nova era dos festivais. Na página que nos cabe, dividimos holofotes com Luiz Calanca, mestre absoluto e fundador da Barato

Coleção de discos

por André Dahmer .

Enquanto isso, em 1974

Diga lá, Questions

Questions: banda comenta o lançamento do shape - 1/3 Questions: banda fala das turnês europeias - 2/3 Questions: banda comenta os 10 anos de hardcore - 3/3 Grande banda é o Questions. Dia desses, falei com os rapazes.

Tony Curtis (1925 - 2010)

Tony Curtis, vestido de mulher, e Marilyn Monroe em 1959 durante as gravações de Quanto mais quente melhor (Some Like It Hot) O ator morreu nesta quarta-feira, 30, aos 82 anos. Sempre fui fã.

Notícia boa

essa da turnê que Nei Lisboa faz pelo Brasil. Começou ontem em Curitiba. Por falar nisso, quando Lisboa fez 50 anos, em 2009, encomendei uma matéria com o cara à repórter Nathalia Birkholz. Olha ela aí.

Primórdios da Mad Rats no Skateboarding Militant

Já que a Mad Rats é o assunto, eis a capa da primeira edição da revista Yeah!, de março de 1986, com o skatista Álvaro Porquê em ação usando um par do tênis Nos anos 1980, dinheiro para comprar um Mad Rats estava fora de questão. Eu não tinha. E, em verdade, um tênis de skate como aquele não era bem visto pelos meus companheiros de gangue punk/hardcore, ainda que a maioria deles quisesse ter um par. Eram as contradições das chamadas tribos urbanas oitentistas. Nessa toada, fui algumas vezes à loja da marca - inspirada pela norte-americana Vans - em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Era um lugar onde se podia namorar os pares expostos na vitrine, ouvir o que de mais radical e novo estava se fazendo em matéria de música no período, esbarrar com talentos do esporte e saber das últimas dos incipientes campeonatos do Brasil. Lembrei disso ao ler o post do blog Skateboarding Militant , capitaneado por Guto Jimenez, indicado a mim pelo amigo e uma das figuras mais lendárias das quatro rodi

Homem-Aranha por Moebius

É, aconteceu.
"Como é que a gente nunca dormiu na minha casa?" Do "The New Yorker", vi no Lombardi .

O que faz de um tango um tango

MARIO SABINO* O QUE FAZ de um tango um tango não são as letras lamuriosas. O que faz de um tango um tango não é o Gardel morto que canta cada vez melhor. O que faz de um tango um tango não são os passos ensaiados na tradição. O que faz de um tango um tango não é a orquestra com o ar cansado de quem tudo já viu. O que faz de um tango um tango não são as pernas altas da dançarina, calçadas em meias pretas. Não é seu cabelo preso ora com flor, ora com fita. O que faz de um tango um tango não é o chapéu antigo do dançarino. Não são os seus sapatos lustrosos. Não é o seu terno de risca-de-giz. Não é o seu lenço dobrado no bolso da lapela. O que faz de um tango um tango não é Buenos Aires. Não é qualquer geo-grafia. O tango não está no mundo das latitudes, das longitudes, das cartografias, dos guias turísticos. O que faz de um tango um tango é a atração e a repulsa. É a tentação e o medo. É o afeto e a raiva. O que faz de um tango um tango é ela seguindo na mesma direção dele, e ele seguindo

Enquanto isso, em 1968

Hendrix - morto há exatos 40 anos -, os rapazes do Experience e duas amigas posavam para o fotógrafo Michael Ochs no Hawaii.