Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2017

Ainda sobre Black Poetry

Olvécio estava lá avisa que disponibilizou o áudio da primeira noite do nosso Black Poetry no Mixcloud. Após duas semanas do ocorrido, o que fizemos, com todo amor e esmero, ainda reverbera na memória das testemunhas. Pra mim, algo deveras comovente. Ouça abaixo. Sesc Pompeia (SP), novembro de 2017. Foto: Jorge Lepesteur

Um final

E assim terminamos a última das duas grandes noites de Black Poetry no Sesc Pompeia. Registro de 01 de dezembro.

Lendo Hilda Hilst

A cineasta Gabriela Greeb está finalizando "Hilda Hilst pede Contato", um longa-metragem, híbrido de documentário e ficção, sobre as experiências de uma das maiores escritoras brasileiras no campo da transcomunicação instrumental (grosso modo, o diálogo entre vivos e mortos através de aparelhos eletrônicos). A diretora convidou algumas pessoas para interpretações de trechos da robusta produção de Hilda. O registro das vozes surgirá em determinados momentos do filme. Tenho o privilégio de ser um dos convidados. Entre outros escritos que tive a oportunidade - e o deleite - de narrar está “Ama-me”, poema maravilhoso que não me sai da cabeça desde então. "AMA-ME Aos amantes é lícito a voz desvanecida. Quando acordares, um só murmúrio sobre o teu ouvido: Ama-me. Alguém dentro de mim dirá: não é tempo, senhora, Recolhe tuas papoulas, teus narcisos. Não vês Que sobre o muro dos mortos a garganta do mundo Ronda escurecida? Não é tempo, senhora. Ave, moinho e vento Num

Logo mais , Black Poetry

Que elenco, hein?

Sobre vampirismo e cansaço

Tendo o baixista André Satoshi, el maestro, nos violões e o gaitista Ed Junior (The Charts) como destaques, “A tired vampire” fala de um vampiro que, exausto da eternidade, convida a amada imortal para uma tarde de sol, queijos e vinhos. Atender ao convite pode – e irá - custar-lhes a vida. Eles sabem disso. E pretendem ficar juntos para todo o sempre. Mas de um modo distinto: longe da escuridão. Eu emprestei a frase que encerra a narrativa de um belo drama dirigido por Jim Jarmusch, “Only lovers left alive” (2013). Gosto muito do resultado final dessa faixa. Sobre ela, Nathan Leigh, do site americano Afropunk, escreveu: "But closer 'A Tired Vampire' surprises with an earnest acoustic blues number, Carneiro’s voice hitting the bottom of his range to add danger to the song’s seduction. The closing incantation 'only lovers left alive' hovers in the air like a threat, you can cut the ambiguity with a knife". Citações, bastidores e inspirações para as demais letra

Enquanto isso, em 1966

Duas versões

Está no ar há mais de um mês, mas revi agora e achei tão linda quanto da primeira vez. “Heroes”, uma das melhores canções de amor já escritas por David Bowie, na versão do Depeche Mode. A recente interpretação do também saudoso Motörhead para o mesmo tema também é de chorar. É o que se pode chamar de composição da gota serena.

Enquanto isso, em 1983

Eu e Itamar

Há algumas semanas o meu amigo Jair Marcos postou o link da música “Fico louco”, de Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia. A postagem gerou uma série de likes e comentários. Afinal, trata-se de mais uma das belezas cometidas pelo saudoso artista de Tietê (SP). Lá pelas tantas, Marcos escreveu – marcando-me: “Querido Carneiro, você me lembra muito ele, e vice-versa. Há, inclusive, uma boa semelhança no timbre de voz. Abraços, man!”. Agradeci a lisonja – ah, a bondade descabida dos amigos –, apertei a opção “amei” e respondi: “Um dos meus heróis desde sempre. Estivemos juntos em três ocasiões bem especiais. Aquele abraço, querido”. Diante da resposta, o eterno guitarrista do Fellini quis saber mais: “Rodrigo, chegaram a tocar e se apresentar juntos?” Não chegamos a tocar juntos – o que seria algo, na falta de melhor definição, surreal. As tais três vezes foram cousas outras. Sempre tangenciado a música, claro. Mas cousas outras. Vejamos a primeira: fui apresentado a ele no escritó

Disponibilidade

A passagem dos Mickey Junkies pelo programa "Nasi Noite Adentro", exibido na semana passada pelo Canal Brasil, está disponível online. Ei-la aqui .

Nesta quarta, 27

Nesta quinta, 21

Os Mickey Junkies são os convidados da edição desta quinta-feira, 21, do programa “Nasi Noite Adentro”, exibido pelo Canal Brasil, à meia-noite. Segundo informações da emissora, “o grupo fala sobre o cenário independente, conta histórias de bastidores e comenta a inspiração em Dorival Caymmi no novo disco”.

Agora, as cinco peças

Depois da estreia do filme maior, para TV, da recém-lançada campanha "Querida Amstel", cuja locução é minha; agora é a vez das cinco peças de menor duração, destinadas à internet – “11 em campo”, “Galera”, “Cooler”, “Europeus” e “Distância” são elas. Adorei o resultado. Como disse anteriormente, aos novíssimos amigos da Big Foote Music + Sound, aos de sempre da Punch Audio e demais envolvidos, aquele abraço.

Uma entrevista

"Bom, nos anos 90 havia uma cena (ou ao menos a gente imaginava que existia), e hoje parecem que existem dezenas de cenas. Como era ter uma banda nos anos 90 e como é para vocês ter uma banda hoje? Exato. São mesmo dezenas de cenas. Todo mundo, parafraseando o La Carne, desconhecendo o rumo, mas indo (risos). Pra nós, ter uma banda lá nos anos 1990 era atividade lúdica em plena Idade Média. Hoje, é atividade lúdica aplicada à era da pós-verdade. Nossa contraposição à Babilônia. Irie!" É o que eu digo ao Marcelo Costa, editor do site Scream & Yell. Eis aqui a íntegra da entrevista.

Torcendo

É minha a locução da recém-lançada campanha "Querida Amstel". Aos novíssimos amigos da Big Foote Music + Sound, aos de sempre da Punch Audio e demais envolvidos, aquele abraço.

Palestrante style

Nos dias 14 e 21 de agosto, das 14h às 17h, eu ministro o ciclo de palestras “Literatura e rock’n’roll: a intensidade do diálogo entre as linguagens” no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, em São Paulo, amigos. Felicidade e responsabilidade imensas discorrer acerca das minhas obsessões. As inscrições estão abertas aqui .

Nesta quarta, 26

Nesta terça, 25

Participo do debate “Jornalistas e artistas: relações amigáveis e sua influência sobre a crítica”, que acontece amanhã, dia 25, às 19h30, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, em São Paulo. Trata-se de um dos eventos relacionados ao lançamento da publicação digital "Zumbido", onde também tenho a honra de colaborar com um escrito.

Uma imagem

Sesc Osasco (SP). Foto: Marcos Coluci

Neste sábado, 08

São raras as apresentações dos Mickey Junkies em sua cidade natal, a peculiaríssima Osasco. Portando, com o perdão da redundância, o que acontece no dia 08 de julho, um sábado, às 18h, é uma raridade muito rara (risos). Sério, na companhia dos sergipanos The Baggios, tem Let's Rock in OZ - Mickey Junkies + The Baggios no Sesc local, bebês. Caminhem. A entrada é franca.

Neste sábado, 01

O documentário "Time will burn", de Marko Panayotis e Otavio Sousa, será exibido em duas sessões especiais nos dias 01 e 04 de julho, às 21h30, no Cinesesc, em São Paulo, dentro da Mostra Sesc de Cinema 2017. As sessões são gratuitas

Um tema

No Invenção 67

“Are You Experienced?, dia 22/6 – quinta – 18h30. Músico e jornalista, Rodrigo Carneiro (Mickey Junkies) surfa em Are You Experienced?, disco em que estreou a banda Experience, de certo guitarrista canhoto chamado Jimi Hendrix”, informa o site do Centro Cultural São Paulo. Minha palestra sobre uma das criações mais importantes do século 20 é parte da esplendorosa programação Invenção 67, que compreende música, literatura, teatro e artes visuais. Muita gente bacanérrima envolvida. Estou imensamente feliz e honrado com o convite. Mais informações aqui .

Nesta quarta, 31

All power to the people

“As identidades e experiências negras são locais e translocais. Alimentam-se tanto de referências políticas quanto de estéticas que não obedecem às fronteiras dos estados nacionais. As geografias e comunidades de pertencimento podem ser imaginadas e constantemente alargadas. A história dos Panteras Negras não se encerra nos Estados Unidos. Compõe um capítulo importante nas lutas políticas transnacionais desenvolvidas por pessoas negras oprimidas em toda a diáspora em busca de liberdade, poder e autodeterminação. Por isso, permanece viva e presente.” (Raquel Barreto, trecho final do artigo “Os Panteras Negras e o Brasil: notas sobre uma história da diáspora”. O belo texto da pesquisadora integra o catálogo da estupenda mostra “Todo poder ao povo! Emory Douglas e os Panteras Negras”, em cartaz no Sesc Pinheiros, em São Paulo, até o dia 4 de junho)

Aniversário

Há exatos 35 anos, uma das trilhas sonoras da minha juventude transviada era lançada. Parabéns aos envolvidos.

Neste sábado, 20

Depois da entrevista, as dicas

Sugestão

Eu já adorava o filme que deu origem à série. Agora, terminada a maratona (realizada em dois turnos) de "Cara Gente Branca" – "Dear White People" -, me arrisco a dizer que houve uma superação do longa-metragem de 2014. Ou melhor, um aprofundamento de questão. E não só pela carga horária. Sugiro a ida.

Turnê trovadora

Atração do Circuito Sesc de Artes 2017, os Trovadores Do Miocárdio iniciam a turnê literomusical pelo Estado de São Paulo nesta sexta, 28. No esquema de revezamento, o elenco contará comigo, Fausto Fawcett, Carolina Meinerz, Junio Barreto, Pélico, Mário Bortolotto e Jean-Paul Beumondo. Pego a estrada na próxima semana e dou as caras nas cidades de Adamantina, Assis e Presidente Venceslau. As performances são gratuitas. Em contraponto à barbárie, poesia. Esse é o nosso negócio.

Com os Meninos da Podrera

Nesta quarta, 19

Com a palavra, Belchior

No ano passado eu participei do Invocação Belchior, um show debate organizado pelo Jotabê Medeiros, no Centro Cultural b_arco, em São Paulo. Na agradável ocasião, Jotaço – que em setembro lança a biografia do cantor e compositor cearense – exibiu trechos do programa "MPB Especial" com o artista. Fiquei curiosíssimo. E, após assistir, satisfeitíssimo. Eis a íntegra. É muita sapiência.

Shiva Las Vegas

O Shiva Las Vegas foi o mais maluco projeto musical no qual eu estive envolvido – e olha que na minha, digamos, biografia artística há muita coisa fora da curva. Maluco e honroso. De grupo performático sadomasoquista como convidado especial do nosso show de estreia a ritual xamânico disfarçado de gravação de videoclipe , passando por apresentações no Abril Pro Rock e no Festival de Inverno de Garanhuns – onde, detalhe, fui salvo pelo meu herói Miguel Barella, que, com sua visão além do alcance, detectou um caco de vidro no meu prato. Sim, um caco de vidro na minha prosaica refeição. Uma sorte imensa ter o Miguel ao meu lado durante o almoço no restaurante do hotel – e nem era um estabelecimento, se não me falha a memória, de quinta categoria (consumimos até um sofisticado fondue na noite de chegada. Afinal, era a estação mais fria do ano e estávamos na chamada “Suíça pernambucana"). Enfim, aventuras diversas. “Prenda na minha” (YB) é o EP lançado em 1999. Há algumas semanas, o Ale

“Agora é pra quem sofreu, velho”

“Agora é pra quem sofreu, velho”, diz, da plateia, o amado Xico Sá. Eu, então, interpreto “Black Trombone”, de Serge Gainsbourg, luxuosamente acompanhado dos amigos e ídolos Edgard Scandurra et Les Provocateurs. Era 2011 e estávamos todos no palco do Centro de Cultura Judaica – atualmente, Unibes Cultural -, em São Paulo. Ontem, domingo, 2, Gainsbourg faria 89 anos. Segue o culto.

Enquanto isso, em 1969

Um encontro

Chuck Berry e Michael Jackson, 1979. Foto: Brad Elterman

Nesta sexta, 17

Caneca em punho

Quando a publicidade chama, eu vou – aliás, com muito gosto. Eis aqui a nova campanha do café Pilão, onde eu canto a música-tema e cruzo a cidade com uma caneca em punho. Meus mais sinceros agradecimentos a todos envolvidos – a lista é enorme. O set de filmagem foi um barato. E o resultado final, maravilha ultra.

Alex Cecci (1970 – 2017)

O infarto fulminante que abateu Alex Cecci, o Don KB, no sábado, 4, na praia de Maresias, em São Paulo, é mais uma das provas do despautério, da sacanagem, do inconcebível que é a morte. Resta a nós que aqui ficamos a perplexidade envolta em saudade, e o não saber exatamente o que dizer ou fazer. Que as inúmeras manifestações de pesar sejam, em alguma medida, auxiliadoras no aplacar da dor dos familiares. E, pô, dona morte, francamente, que papelão, hein?!

Brazilian Alt Rock Legends, baby

Founded in 1991, Mickey Junkies have become recognized as one of the pioneers of Brazillian alt-rock. Their sound remains rooted in the alt-metal and post-hardcore sounds of the early 90's, singer Rodrigo Carneiro's low baritone rings out over the band's slow sludgy riffs. Their latest record, the primarily English language Since You've Been Gone, adds NWOBHM influences to the sound and goes all in on the genre's blues influence with the odd harmonica lick. Opener “Nothing to Say” rides out one of the band's best riffs, while Carneiro belts out sounding something like the child of Danzig and Jim Morrison. Highlights like “Tryin' to Resist,” “Since You've Been Gone,” and “Big Bad Wolves” add unexpected elements into the mix, while remaining true to the stripped down sound the band has spent 25 years honing. But closer “A Tired Vampire” surprises with an earnest acoustic blues number, Carneiro's voice hitting the bottom of his range to add danger to th

Nesta quarta, 22

Enquanto isso, em 1922

Amanhã, dia 17, no Theatro Municipal de São Paulo. Só que em 1922.

Amor eterno

“Think I’m always sad/ I think I’m always gonna be sad/ Cause you’re the best I’ve ever had”, nos dizem, entre outras, os irmãos Reid, acompanhados da cantora Bernadette Denning, em “Always Sad”, segundo single de “Damage and Joy”, álbum que será lançado em março. Bom, trata-se amor eterno.

Hoje

E assim foi

Nesta quinta, 02

Um tema

Nesta quarta, 25

Um duo

"Sala de Visitas"

Não tinha postado aqui a minha recente passagem pelo programa "Sala de Visitas", da TV Câmara Osasco. A produção, apresentada por Elsa Oliveira, foi exibida em meados de dezembro último. Ei-la.

"Light my fire", um clipe

Ainda sob a égide do cinquentenário do disco homônimo de estreia de, como dizia o finado Júpiter Maçã, Os Portas – o álbum chegou às lojas no dia 4 de janeiro de 1967 -, é oportuno visitar um peculiar clipe de “Light my fire”. Produzida especialmente para o programa televisivo “Malibu U”, a peça tem casa pegando fogo, gatinhas sorridentes a bordo de um caminhão de bombeiros à beira-mar e dublê ocasional de Jim Morrison. O cantor não apareceu no set de filmagem. Diante da falta, o guitarrista e autor da canção, Robby Krieger, escalou o irmão, Ron, para postar-se de costas para a câmera e emular os passos do autointitulado Rei Lagarto. Morrison foi convencido a participar só no dia seguinte. A equipe de produção levou-o ao topo de um edifício, deu-lhe a mesma camiseta listrada usada por Ron e captou a dublagem. O material foi editado às pressas para ir ao ar naquela noite. É uma pérola do sufoco. Um grande momento da história do audiovisual (risos). Entre outras, a cena do fósforo aceso

Um tema