Em pleno voo doméstico, o herói desestabiliza-se e cai. Bate violentamente nas laterais dos edifícios, deixa as marcas do corpo esguio nos outdoors, tem o uniforme rasgado enquanto leva consigo os toldos, toda a gente surpreende-se, horrorizada, das janelas. Nas calçadas. O herói finalmente estatela-se ao modo de uma fruta madura, a intensidade da queda é tanta que ele atravessa o chão, exatamente o chão que não tinha, vai ao subsolo, perfura as três camadas terrestres, matéria do ginásio. Desorientado, chega ao Japão, do outro lado do planeta azul - saberá mais tarde que perdera para sempre os poderes -, já viu dias melhores e pergunta ao primeiro transeunte: “Amizade, é longe daqui o Monte Fuji?”
Samplers literários, produções próprias, citações de terceiros e quartos, autopromoção desavergonhada, convites irrecusáveis, beijos roubados, blablablás, terrorismo esporte fino e outros delírios num blog de Rodrigo Carneiro, seu criado