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Mostrando postagens de novembro, 2017

Lendo Hilda Hilst

A cineasta Gabriela Greeb está finalizando "Hilda Hilst pede Contato", um longa-metragem, híbrido de documentário e ficção, sobre as experiências de uma das maiores escritoras brasileiras no campo da transcomunicação instrumental (grosso modo, o diálogo entre vivos e mortos através de aparelhos eletrônicos). A diretora convidou algumas pessoas para interpretações de trechos da robusta produção de Hilda. O registro das vozes surgirá em determinados momentos do filme. Tenho o privilégio de ser um dos convidados. Entre outros escritos que tive a oportunidade - e o deleite - de narrar está “Ama-me”, poema maravilhoso que não me sai da cabeça desde então. "AMA-ME Aos amantes é lícito a voz desvanecida. Quando acordares, um só murmúrio sobre o teu ouvido: Ama-me. Alguém dentro de mim dirá: não é tempo, senhora, Recolhe tuas papoulas, teus narcisos. Não vês Que sobre o muro dos mortos a garganta do mundo Ronda escurecida? Não é tempo, senhora. Ave, moinho e vento Num

Logo mais , Black Poetry

Que elenco, hein?

Sobre vampirismo e cansaço

Tendo o baixista André Satoshi, el maestro, nos violões e o gaitista Ed Junior (The Charts) como destaques, “A tired vampire” fala de um vampiro que, exausto da eternidade, convida a amada imortal para uma tarde de sol, queijos e vinhos. Atender ao convite pode – e irá - custar-lhes a vida. Eles sabem disso. E pretendem ficar juntos para todo o sempre. Mas de um modo distinto: longe da escuridão. Eu emprestei a frase que encerra a narrativa de um belo drama dirigido por Jim Jarmusch, “Only lovers left alive” (2013). Gosto muito do resultado final dessa faixa. Sobre ela, Nathan Leigh, do site americano Afropunk, escreveu: "But closer 'A Tired Vampire' surprises with an earnest acoustic blues number, Carneiro’s voice hitting the bottom of his range to add danger to the song’s seduction. The closing incantation 'only lovers left alive' hovers in the air like a threat, you can cut the ambiguity with a knife". Citações, bastidores e inspirações para as demais letra

Enquanto isso, em 1966