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Mostrando postagens de agosto, 2008

Tricky na França

Tricky,Rock en Seine 2008 Temos aqui trechos da performance de Tricky no festival francês Rock en Seine, realizado entre quinta, 28, e sexta-feira, 29, no parque Saint-Cloud, na periferia de Paris. Gostaria muito de ter assistido ao show do cara. Acompanho suas estripulias desde os tempos em que ele cantava no Massive Attack e o conheci pessoalmente durante uma memorável Winter Music Conference, em Miami. É uma peça raríssima esse Tricky... Bem, o Daniel Setti testemunhou a passagem - que parece não ter sido uma das mais inspiradas - do figura pelo Rock en Seine e escreveu no G1: Já Tricky fez um show irregular, alternando momentos climáticos interessantes, nos quais transportava os presentes à Bristol chuvosa de quinze anos atrás, a jams roqueiras menos inspiradas. Enquanto isso, agitava seus dread-locks freneticamente para os lados, dançando de forma agressiva -– boa parte do tempo de costas para a platéia –- e fumando incontaveis baseados. Pena que um de seus elementos mais origina

Fumaça, fogo e liberdade

Ainda que eu não seja fumante e saiba dos malefícios do cigarro à saúde, a cruzada antitabagista me assusta um pouco. O ato de fumar, ao meu estrábico ver – a razão do uso dos meus óculos -, está no rol da liberdades individuais. E liberdade é coisa sagrada. É mais ou menos isso o que eu tentei dizer na matéria feita pela amiga Carol Thomé exibida anteontem no programa A Noite é uma Criança , da Band.

Parabéns Michael Jackson

Michael Jackson anos 70 Ok. Michael Jackson é um maluco de pedra, uma espécie de cavaleiro da triste figura do entretenimento. Mas seus serviços prestados à música pop são incalculáveis: o que era aquele mini-James Brown brilhando feito cristal à frente dos Jackson 5? O que é ele cantando Ain't No Sunshine ainda na pré-adolescência? O que é Off The Wall ? Trhiller ? O passo moonwalk? Hoje ele faz 50 anos de vida. Existência cada vez mais dividida entre o artista Michael Jackson e o “monstro” Jacko (Dr. Jekyll e Mr. Hyde na Terra do Nunca, aquele rancho na Califórnia animado pela garotada). Bom, daqui eu mando os parabéns pela data e os votos sinceros de uma maturidade serena. Michael Jackson, ou Jacko, anos 2000

Em Cuba

Gorki Aguila com a camiseta que "homenageia" a Revolução Cubana de 1959; o ano do erro, diz a estampa E o G1, via BBC, informa: As autoridades cubanas prenderam nesta semana Gorki Aguila, um dos músicos mais famosos de punk do país. Aguila, de 39 anos, é o vocalista da banda Porno Para Ricardo . De acordo com os companheiros de banda, o vocalista foi preso nesta segunda-feira (25) pela polícia em sua casa em Havana. O conjunto Porno Para Ricardo foi formado há 10 anos. Algumas das letras das canções da banda fazem críticas ao estilo de vida comunista da ilha. Periculosidade O diretor da Comissão de Direitos Humanos, Elizardo Sanchez, confirmou a prisão e disse que ninguém teve acesso ao vocalista desde que ele foi preso. A Comissão é ilegal em Cuba, mas é tolerada pelo governo. O guitarrista da banda, Ciro Diaz, disse que ouviu de autoridades cubanas que Aguila será acusado formalmente por "periculosidade". Pelo sistema penal cubano, a acusação de periculosidade é u

Festinha

A faceta DJ do querido Francisco Cesar Filho , diretor de Augustas , se manifesta nesta segunda-feira no Bar B, às 23h. Festinha oficial do 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo. A dançar.

“Call me Snake”

É o que vive dizendo o personagem vivido por Kurt Russell no sensacional Escape from New York (Fuga de Nova York) , longa-metragem de 1981 escrito e dirigido por John Carpenter. Adoro esse filme. Muito antes de Jack Bauer, Snake Plissken tem 24 horas para resgatar o presidente dos Estados Unidos da ilha de Manhattan. Na história, a cidade de Nova York é uma prisão futurista de segurança máxima e o dirigente norte-americano acaba caindo lá por acidente. O ano é 1997. Além de Russel, Lee Van Cleef, Ernest Borgnine, Donald Pleasence, Isaac Hayes e Harry Dean Stanton são outros dos que brilham intensamente na trama.

Sobre jazz e governantes

"O jazz já não é tão popular como antes, porque isso não interessa a quem está no poder. Os governantes são contra a liberdade, querem manter todos silenciosos e inertes, mas não podem controlar o jazz. O jazz é uma música completamente livre e política" Do saxofonista Sonny Rollins, 77 anos, em entrevista publicada hoje na Folha de S.Paulo

Lições do Kid

Capa do livro que Kid Vinil lança hoje em São Paulo Kid Vinil é uma dessas figuras a quem os roqueiros brasileiros devem pedir a benção. O cara foi o primeiro a difundir por estas plagas o punk e a new wave via rádio, apresentou programas musicais na TV Cultura e na MTV, dirigiu de modo apaixonado a Brasil 2000 FM, trabalhou em gravadoras, escreveu artigos para jornais e revistas, milita como DJ, entre muitas outras. Contextualização feita, o mestre lança hoje, na FNAC Paulista (Avenida Paulista, 901), às 19h, o livro Almanaque do Rock com direito a sessão de autógrafos e pocket show de sua banda Xperience. A benção, Kid.

Matei Grace Slick

A cantora Grace Slick em retrato feito neste ano de 2008 Cometi a indelicadeza de assassinar Grace Slick durante animada conversa nesta madrugada. Afirmei lá pelas tantas que a ex-vocalista do grandioso Jefferson Airplane, que depois se transmutaria nos caidaços Jefferson Starship e Starship, estava no rol dos roqueiros falecidos. Não estava muito certo da afirmativa, é verdade, mas mesmo assim apostei no não mais existir da cantora. Que coisa horrorosa! Grace Slick continua vivíssima. Em 2006, inclusive, enfrentou sérios problemas de saúde – diverticulite, colapso durante operação seguida de traqueotomia e coma induzido por dois meses -, mas, como na canção de Paulo Vanzolini, imortalizada por Noite Ilustrada, "levantou, sacodiu a poeira e deu a volta por cima". Para me redimir da mancada segue um Jefferson Airplane no auge da psicodelia. Mil desculpas, Grace.

Pastiche Nagô

Já ouviram falar de Kiko Dinucci e BandoAfroMacarrônico , né? O primeiro disco da turma foi lançado pelo selo brasileiro Desmonta em parceria com o selo norte-americano One Cell Records, que editou também nos EUA o mais recente EP do amigo Maurício Takara , Ocupado como Gado com Nada pra Fazer . Pois o Pastiche Nagô , título do álbum de Dinucci , é um raro mergulho paulistano nas tradições africanas. Toda a quarta-feira eles se apresentam no Ó do Borogodó, Rua Horácio Lane, 21, às 22h30. Estive lá há alguns meses e a sensação – de transe - foi das melhores possíveis.

Um brinde a Dorival Caymmi

O meu brinde a um dos gigantes da música feita no Brasil. Faleceu na manhã de sábado aos 94 anos, em casa, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, e será enterrado neste domingo no cemitério São João Batista, na Zona Sul carioca.

O esquema dos caras

Gustavo Mini (Conector), Alexandre Matias (Trabalho Sujo), Arnaldo Branco (Mau Humor) e Bruno Natal (Urbe) juntaram-se num empreendimento virtual de responsa, O Esquema . Matias explica: Não somos um coletivo ou uma revista. Somos quatro pessoas: Arnaldo é desenhista, cartunista, roteirista e humorista; criador do Capitão Presença e colaborador de uma série de publicações no Brasil; Mini é publicitário e escritor, mas é mais conhecido como vocalista e guitarrista da banda Walverdes (além de tocar em projetos musicais paralelos); Bruno é cineasta e jornalista, também frila para um monte de boas publicações nacionais e já filmou de perto as carreiras de Chico Buarque e Jota Quest, além de finalmente estar lançando seu documentário Dub Echoes. Eu sou editor-assistente do caderno Link do jornal O Estado de S. Paulo e, além do Sujo, tenho um podcast (o Vida Fodona) e uma festa (a Gente Bonita). Algo para se acompanhar com a máxima atenção. Boa sorte rapaziada.

Saló?

Cena surrupiada de Saló, os 120 de Sodoma . Última produção do mestre Pier Paolo Passolini lançada em 1975 e banida em tudo quanto foi lugar. Não sei bem a razão, mas acordei pensando nela hoje.

Isaac Hayes

O cantor americano Isaac Hayes, astro do soul nos anos 70, morreu aos 65 anos na madrugada deste domingo (10) em Memphis, no Tennesse. O cantor foi o primeiro artista afro-americano a ganhar um Oscar de melhor canção original pelo filme "Shaft", de Gordon Parks. Hayes foi encontrado inconsciente próximo a uma esteira ergométrica em sua casa, segundo contou à polícia o porta-voz do artista, Steve Schular. Uma equipe de paramédicos tentou reanimá-lo, mas o cantor não resistiu e morreu a caminho do hospital. Um herói que se vai. Rest in peace.

E no Vocabulário...

E fez-se mais um Vocabulário. Estive lá defendendo alguns versos e me senti imensamente acolhido com a reação da platéia nos intervalos entre eles. Abraços calorosos de alguns heróis – e novos amigos - ali presentes também me serviram de alento e incentivo. Afinal, poesia é um território arriscado e a linguagem, como diria o velho Burroughs, um vírus. Diversas coisas chamaram-me a atenção ontem no Centro Cultural B_arco Virgílio. A começar por Alice Ruiz , que sabe tudo desse troço de lirismo. Apertei-lhe as mãos de grande poeta. O deleite seguiu-se com a narração do sonho que o Ademir Assunção teve com Jack Kerouac na praia, as sempre marcantes aparições do estivador – segundo uma editora do Rio de Janeiro - Paulo Scott (perfeita a observação dele sobre ler e escrever). Teve a revolta do Marcelo Montenegro por conta da proibição do vinagrete nas ruas de São Paulo, o conto lésbico de Ivana Arruda Leite , Neuza Pinheiro cantando Paulo Lemisnki acompanhada por Tonho Penhasco e Ronal

Vocabulário Vol II neste sábado

Paulo Scott escreve sobre o Vocabulário Vol II, que acontece neste sábado, 9. Sou um dos convidados. Grandiosa honra. E cá estamos na segunda edição desse compressor de palavras, desse varal de lapsos, vírgulas, silêncios, sotaques, desse circo das sonoridades sintéticas e naturais: o Vocabulário. Sempre há um roteiro, uma divisão de blocos (embora não transpareça, ao menos não explicitamente) fechado por nós cinco (eu, Marcelo Montenegro, Marcelino Freire, Chacal e Gabriel Pinheiro) na tentativa de harmonizar as leituras, as esquetes, as trilhas sonoras, os pocket-shows, os experientes e os inexperientes. Desta vez não será de outro jeito. Sem querer estragar as surpresas, antecipo que serão os seguintes, digamos com prudência, “momentos melhor identificáveis” do Vocabulário: quatro sotaques, visita guiada, texto de outro, cena vogal, café-dj, walk-talk, carrossel-entrevista (liquidificador), projeto Ana Cristina Cesar, teatro de sombras, bandas, duplos, sessão de autógrafos. O DJ

A volta de Zé do Caixão

O lançamento de Encarnação do Demônio , retorno triunfal de José Mojica Marins ao jogo cinematográfico, é algo a se comemorar. Comemorar com a nossa melhor roupa preta, degustando o melhor dos drinks do inferno. Vocês sabem, o Mojica, que estréia nesta sexta-feira a última parte da trilogia de Zé do Caixão, iniciada com o clássico À meia-noite levarei sua alma , de 1964, é um verdadeiro gênio intuitivo (e isso não é constatação de fã, não). O cara inventou toda uma mítica de terror sem nenhum tipo de recurso e foi algoz e vítima de si próprio em episódios insólitos – leiam a biografia Maldito: a Vida e o Cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão , dos grandes André Barcinski e Ivan Finotti. Bem, aproveitando o ensejo, lembro aqui de um projeto no qual estive envolvido e que me deu extremo prazer: uma série de shows tributo ao mestre. Em 2002, o grupo audiovisual LCD (dos amigos Paulo Beto, Miguel Barella, Eloi Silvestre, Kiko Araújo), produziu o espetáculo LCD encontra Zé do Caix

Pagando de DJ

Engano como DJ hoje na festa Candy and Hot, produzida por Fábio Hataka e Adriane Pimpin, no Republic Pub (R. Delfina, 110, Vila Madalena, São Paulo Fones: +55 11 3814-5581 / 3814-7493). Devo tocar à partir das 22h45. Querendo requerar, apareçam

Chiadinho funksoulbrother

The Platters: só alegria Meu comparsa Érico Birds indica um blog supimpa: o Funky 16 Corners , mantido por um sujeito chamado Larry Grogan desde 2004. Os posts de Grogan trazem pérolas que variam entre a soul music, o funk e o R&B. Além disso, há nos arquivos o charmoso som do atrito entre agulha e vinil, o chiadinho vintage , por assim dizer. Em prazerosa audição, voto na linda I Get The Sweetest Feeling , dos Platters – um dos grupos prediletos de meu pai (salve, Ricardo Dias!) -, como trilha sonora do instante.

O sítio de Hélio Oiticica

Uma das obras mais conhecidas do artista carioca E a estréia do sítio oficial do Hélio Oiticica ? Naveguei por ali e gostei bastante. Soube que levou um ano para ser finalizado. Feita a visita, lembrei da série Cosmococa, produzida na década de 70 em parceria com o cineasta Neville d'Almeida, que trazia cocaína de verdade como material cênico da obra – vi na exposição da Galeria Fortes Vilaça há alguns anos - e da sala especial produzida em sua homenagem na Bienal de São Paulo, se não me falha a memória, de 1994. Ou 1996? Bom, salve Oiticica.

E no próximo sábado, dia 9, tem...

Falo mais a respeito no decorrer da semana. Por hora, só mesmo a alegria de ter sido convidado pelos organizadores para participar efetivamente do Vocabulário. Em meio à platéia, presenciei a estréia do projeto em maio ( como pode ser lido aqui ) e, na segunda edição do próximo sábado, estarei apresentando uns poemas no palco da embarcação. Bora lá?
Allan Sieber na Ilustrada , da Folha de S.Paulo , deste domingo. Perfeito.

As novas de Speed Freaks e Black Alien

Os jovens Speed e Gustavo Black Alien em 1998 Falei de Black Alien dia desses, lembram? Pois há uma nova canção do homem rolando por aí. É Tudo o Que Tu Qué, Mané , feita em parceria com Plínio Profeta para a trilha sonora do filme Feliz Natal , estréia na direção de Selton Mello. Outro dos quais falei há alguns posts é Speed Freaks , que publicou parte da novíssima produção em seu MySpace . Ouçam e me digam o que acham. Eu acho incrível. Os dois, vocês sabem, formavam a explosiva dupla fluminense Black Alien & Speed . Aprontaram muito juntos e aprontam agora em separado.