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Mostrando postagens de outubro, 2013

Christopher Lee e Vincent Price

Lou Reed (1942 - 2013)

Arte: Kiko Dinucci
"Heidegger ao sol?", perguntava eu ontem aos meus botões, temperatura na casa dos 28°. Agora, ao modo nubladinho, breve tempestade veranil hesitante em dar as caras, a ideia não me parece assim tão estapafúrdia. A leitura segue.

"Carta"

(Leonard Cohen) O modo como assassinaste a tua família nada significa para mim enquanto a tua boca percorre o meu corpo Eu conheço os teus sonhos de cidades arrasadas e cavalos em fúria do sol demasiado perto e da noite sem fim Mas isso nada significa para mim ante o teu corpo Sei que lá fora uma guerra ruge que tu transmite ordens e bebês são afogados e generais degolados Mas o sangue nada significa para mim pois não altera a tua carne Que a tua língua saiba a sangue não me surpreende enquanto os meus braços crescem no teu cabelo Não penses que não compreendo o que acontece depois de as tropas serem massacradas e as putas passadas à espada Escrevo isto só para te roubar o prazer quando uma manhã a minha cabeça estiver dependurada com a dos generais do portão da tua casa Só para que saibas que previ tudo e que isto nada significa para mim. Poema extraído do livro "Filhos da neve – Antologia poética" (Assírio & Alvim), 1985.

Os 20 álbuns do hardcore nórdico eleitos

Capa do EP "Totaalinen Kaaos" (1982), do Kaaos O site Swedish Punk Fanzines enumera os 20 álbuns essenciais do hardcore cometido nos países nórdicos dos anos 1980. Ei-los aqui .

"Logo mais tem mais, até"

"Mondo Massari - Entrevistas, Resenhas, Divagações & ETC", o quarto livro de Fabio Massari, chega às lojas em novembro deste ano. A publicação é da Editora Ideal. A ler.

Adão Iturrusgarai

"Hardcore will never die, but you will"

Essa singela mensagem, extraída de um álbum do Mogwai, está numa das paredes da Casa do Mancha, em São Paulo. Achei ótima. Nessa toada, semana dessas, tive o privilégio de ser entrevistado por Marcelo Fonseca e George Ferreira, diretores do documentário "Hardcore 90 - Uma história oral". A vida segue, garotada, rapidinho.

Prazer e angústia

Está em produção um livro que trará relatos acerca dos dez álbuns mais importantes das vidas de uma série de convidados. Tenho o prazer de ser um deles. Digo, o prazer e a angústia. Afinal, confesso, sofro de uma dificuldade tremenda para restringir em apenas uma dezena os, como diria o reverendo Fabio Massari, prediletos da casa. É um inferno. Na cachola, os títulos ficam mudando a todo momento. Uns se impõem aos outros, para depois serem subjulgados por terceiros. Aí a memória afetiva vem com um novo dado irrefutável. E o prazo final para o envio da lista e dos dizeres se avizinha rapidamente. Socializei toda a minha aflição (olha o drama, Rodrigo! Ahaha) nas redes socias, e a rapaziada, compadecida, se manifestou. Agradecido.

Angeli

"Vida passada a limpo"

Tenho uma série de parcerias musicais com Érico Birds, meu querido comparsa de Mickey Junkies – lá se vão duas décadas de fundação da banda. Além de guitarrista e compositor de fino trato, o sujeito é um artista gráfico robusto e, agora, a gente acaba de produzir juntos uma das coisas que eu mais me orgulho nesta vida estranha: a capa do novo livro do meu pai, "Vida passada a limpo". É o que se chama de família, né?