Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Enquanto isso, em 1956...

Contracultura e casamento aberto

Domingos Oliveira, que deve ter a contracultura como próximo tema Já escrevi sobre Domingos Oliveira aqui neste blog . É dos realizadores mais importantes do país, dono de uma lucidez e de um propósito artístico que me deixam atônito. Assistiram ao mais recente filme dele? Juventude (2008)? Com Paulo José, o próprio Domingos e Aderbal Freire Filho no elenco, a produção é uma jóia do cinema nacional contemporâneo que não teve (só pra fazer uma comparação estapafúrdia de mercado – e lamentar o gosto médio) o desempenho de um Se eu fosse você 2 , de Daniel Filho - a comédia estrelada por Glória Pires e Tony Ramos atraiu mais de 4,1 milhões de espectadores aos cinemas e o filme do Domingos, apesar da qualidade, dos quatro Kikitos conquistados no último Festival de Gramado e das críticas entusiasmadas, seduziu cerca de 12 mil interessados, talvez os interessados de sempre. Fazer o quê? Mas volto ao Domingos pois, ao xeretar no blog dele , me deparei com as seguintes considerações sobre c

Hotel Avenida

O amigo Ivan Santos, do OAEOZ , avisa que na saudosa Curitiba tem programa bacanudo hoje. Ele e outros queridos respondem agora também por Hotel Avenida . Liguem-se: Nesta quinta-feira (26/02) pós-carnavalesca tem a estreia do Hotel Avenida, nova banda de Curitiba formada por Giancarlo Rufatto (violão/voz), Ivan Santos (piano/gaita/voz), Carlos Zubek (guitarra), Rubens K (baixo) e Eduardo Patrício (bateria/piano), no James Bar, dentro das James Sessions, da produtora Maamute. James Bar - Rua Vicente Machado, 894 ingresso - R$ 8,00

Fim da folia

E já que o ano no Brasil só começa na quarta-feira de cinzas, bem-vindo 2009.
Baden Powell interpreta "Manhã de Carnaval", canção da trilha sonora de Orfeu Negro (1959), escrita por Luiz Bonfá e Antonio Maria. Bravo!

Eu quero é botar meu bloco na rua

(Sérgio Sampaio) Há quem diga que eu dormi de touca Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga Que eu caí do galho e que não vi saída Que eu morri de medo quando o pau quebrou Há quem diga que eu não sei de nada Que eu não sou de nada e não peço desculpas Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira E que Durango Kid quase me pegou Eu, por mim, queria isso e aquilo Um quilo mais daquilo, um grilo menos nisso É disso que eu preciso ou não é nada disso Eu quero todo mundo nesse carnaval... Eu quero é botar meu bloco na rua Brincar, botar pra gemer Eu quero é botar meu bloco na rua Gingar, pra dar e vender

Com a palavra, os poetas

Allen Ginsberg em ação e presente na Espelunca do Ademir Assunção Há alguns meses, mestre Ademir Assunção, que nesta quinta-feira dá uma ótima dica ginsberginiana/waitiniana em sua Espelunca , entrevistou uma série de poetas para a série de programas Pedra de Toque - A Poesia Contemporânea Brasileira . Trata-se de gente que entende do riscado celebrando a palavra. Dá para ouvir as saborosas entrevistas no site do Itaú Cultural . Recomendo muito.

De onde veio?

Numa de suas edições supimpas - de 2006, na verdade-, a fenomenal Wax Poetics fez uma genealogia da música preta brasileira setentista. Vi no Matias e achei massa. Dá pra ver o quadro inteiro clicando na imagem.

No Poploaded

Dia desses (sexta-feira 13, pra ser mais soturno, ahahah), os Mickey Junkies tiveram a honra de gravar uma das Poploaded Sessions , do programa Poploaded , apresentado pelos amigos Lúcio Ribeiro e Fabio Massari. Logo mais informo aos senhores a data de exibição. Aqui tem fotos a quem interessar possa.
Mestre Angeli dia desses.

História de verão

Não tive a oportunidade de comentar o prazer, a viagem interior, que foi participar do Rock 40 Graus, evento capitaneado pelo amigaço Clemente Nascimento, dos Inocentes e da Plebe Rude, que tem acontecido desde janeiro no SESC Santo André, em São Paulo. Quinzenalmente, o Clemente, junto a uma banda formada por Redson, do Cólera (guitarra e voz), Ari, do 365 e ex-Fogo Cruzado (guitarra e voz), Mingau, do Ultraje a Rigor e ex-Ratos de Porão (baixo), e Alonso, do Marsh Gas (bateria), recebe convidados para uma jam session roqueira. Os convidados da segunda edição, realizada no já distante dia 28 de janeiro, fomos eu, o mestre Kid Vinil e o Thunderbird. Funciona assim: cada convidado escolhe quatro músicas. Eu fui de “Do the strand”, do Roxy Music; “Viajei de trem”, do fundamental Sérgio Sampaio; “Wild Thing”, do The Wild Ones, famosa nas interpretações dos Troggs e do Hendrix; e “Eu sou terrível”, do rei Roberto. Depois ainda mandamos todos juntos canções do repertório do The Clash. No e

Attitude

Don't care what they may say we got that attitude. Don't care what they may do we got that attitude. Hey we got that PMA (positive mental attitude). Hey we got the PMA. Hey we got the PMA. E por falar nisso, estive com eles em 2008. Relembremos .

Nina de novo

Ilustrações de André Toma Nina Simone sempre aparece por aqui. Seja nas palavras de Sam Shepard ou em performances arrasadoras ao vivo . Hoje ela surge no elegante traço de André Toma , amigo deste blog, fã de jazz e do velho Morrissey. Sempre Nina.

Os 100 anos de Carmen

Como bem diz o Matias , "Carmen abriu, no facão, uma picada que em alguns anos se tornaria a bela trilha de onde a bossa nova se revelaria ao mundo e que, pouco a pouco, foi se tornando uma ampla rodovia, com espaço para brasileiros de toda espécie, do Guinga ao Bonde do Rolê". A portuguesa/brasileira/baiana/alegórica faria 100 anos hoje. Banana, amigos.

Thee Butchers' Orchestra

Os queridos Thee Butchers' Orchestra estão na cidade e vão aprontar no CB logo mais. Tô ligado que vai ser do balacobaco.

O rap do Dee Dee

Houve um tempo em que Dee Dee Ramone (1952 – 2002) mergulhou de cabeça no universo do hip hop. “Eu me sentia negro e quis fazer rap. Não sabia como, mas tentei”, argumentava o mais doidão dos Ramones. Em 1989, ele lançou, sob o pseudônimo de Dee Dee King, o álbum Standing in the Spotlight . Não é um clássico do gênero. Muito longe disso, mas há uma sinceridade bizarra nas faixas do registro. Dee Dee conhecia os guetos dos EUA e curtia de fato a música que vinha deles. Pagou para ver. Trecho do sensacional End of the century, the history of the Ramones Remix do single "Funky Man" E ainda sobre Dee Dee, recomendo a leitura de Coração Envenenado - Minha Vida Com Os Ramones , autobiografia do figura lançada há alguns anos em terra brasilis pela Editora Barracuda.

Lux Interior (1948-2009)

O já saudoso Lux Interior em ação Péssima notícia: Erick Purkhiser, batizado nas ruas como Lux Interior, homem de frente do The Cramps, morreu nesta quarta-feira, 4, aos 62 anos. Tinha coração frágil o insano Lux. Tombou por problemas com ele no Glendale Memorial Hospital, na California, EUA. Nunca assisti(rei) ao vivo, sempre amei. Que bosta.

Mirisola e os Titãs

Titãs, estrelas do belo filme de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves O grandioso Marcelo Mirisola assistiu ao documentário Titãs - A vida até parece uma festa – gostei muito, diga-se – e faz observações para lá de pertinentes sobre os anos 1980, juventude, amadurecimento, Silvio Santos, rua Augusta, entre outras, em sua coluna no Congresso em Foco . Recomendo a leitura.

Hans Beck (1930 - 2009)

Playmobeatles? Eu quero, eu quero, eu quero Fera do design instintivo, o alemão Hans Beck, de 79 anos, morreu na sexta-feira, 30, mas a má notícia só foi divulgada ontem, 2. Beck, vocês sabem, foi o criador dos brinquedos Playmobil, figurinhas de plástico que fizeram a alegria daqueles que viveram a era da inocência entre os anos 1970 e 1980 - não sei se a garotadinha da atualidade se interessa. Leio que Beck (na foto ao lado) era carpinteiro dos bons e começou a trabalhar na linha de montagem dos brinquedos do Grupo Brandstätter em 1958. O projeto dos bonequinhos o acompanhava desde então, mas só com a crise do petróleo em 1970, Beck, promovido a designer da empresa, pôde colocar as idéias em prática e lançar a primeira série. Mais de 2,2 bilhões de peças do brinquedo foram vendidas desde que chegou ao mercado em 1974. No Brasil, os personagens eram lançados pela indústria de brinquedos Trol - meus pais, tios, avós e padrinhos que o digam. Isso até 1991, quando a Trol encerrou ativida

Barão da jaca por Jotaço

Tim Maia uma vez tirou sarro de mim. Trabalhava na Folha, na Barão de Limeira, e liguei para ele por causa do boato de que o síndico tinha comprado uma emissora de rádio no Rio de Janeiro. “Você tá falando aí da Boca do Lixo, João Batista? Não é aí que vendem um monte de carro velho?. Pô, eu tô aqui no Leblon, João Batista. Coisa chata, não?”, disse ele, e deu uma gargalhada. Sim, o Tim Maia (que provavelmente hospedou-se bastante no velho Hotel Jandaia enquanto garimpava uns trocados na paulicéia) sabia exatamente de onde eu estava falando. Lembrei disso no fim de semana quando fui à Rua Santa Ifigênia comprar um carregador de bateria para minha câmera fotográfica. Na volta, com a bateria já carregada, passei pela Barão de Limeira e tive uma agradável surpresa: no meio dos escapamentos de motocicletas, carros usados com placas de liquidação, lojas de som e tapetes plásticos, lá estava a feliz jaqueira carregada de jacas. Na Boca do Lixo, como disse Tim Maia, além dos exilados da craco