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Mostrando postagens de abril, 2019

“DIZ-ME, POETA...

Diz-me, poeta, o que fazes? — Eu canto. Porém a morte e todo o desencanto, como os suportas e aceitas? — Eu canto. O inominado e o anônimo, no entanto, como os consegues nomear? — Eu canto. Que direito te faz, em qualquer canto, máscara ou veste, ser veraz? — Eu canto. Como o silêncio dos astros e o espanto dos raios te conhecem?: — Porque eu canto.” (Rainer Maria Rilke, poema extraído do livro “Coisas e Anjos de Rilke”, 2013, cujas traduções e a organização são de Augusto de Campos. Ele, aliás, dedica “Diz-me, poeta...” ao irmão, Haroldo)