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Mostrando postagens com o rótulo Vladímir Maiakóvski

E então, que quereis?...

(Vladímir Maiakóvski) Fiz ranger as folhas de jornal abrindo-lhes as pálpebras piscantes. E logo de cada fronteira distante subiu um cheiro de pólvora perseguindo-me até em casa. Nestes últimos vinte anos nada de novo há no rugir das tempestades. Não estamos alegres, é certo, mas também por que razão haveríamos de ficar tristes? O mar da história é agitado. As ameaças e as guerras havemos de atravessá-las, rompê-las ao meio, cortando-as como uma quilha corta as ondas. Poema de 1927, presente no livro Maiakóvski — Antologia Poética , Editora Max Limonad, 1987, tradução de E. Carrera Guerra. Eu adoro. É um de meus mantras. Funciona para mim, sobretudo na ausência de luz, como uma oração, uma oração laica. Me ocorre que João Bosco também gosta. Tanto que recita a maravilha no disco Bosco (1989) antes da execução de "Corsário", e no Acústico (1992). Ponto pra ele. A ilustração do post é de Luiz Trimano .