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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Semana Mário Bortolotto no Pé na Porta e os automotores

Como os senhores bem sabem, a Semana Mário Bortolotto está em curso no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo. Encomendei um Pé na Porta sobre o evento que começou nesta quarta-feira e vai até domingo. Grandioso Mário. Eu iria ontem, mas ao invés de acompanhar o debate sobre HQ e Literatura, fui obrigado a voltar para casa na companhia do motorista do caminhão-guincho da minha seguradora. Gente finíssima o motora, aliás. Já me socorreu em outra ocasião e ficamos lembrando da ocorrência. Ontem, o carro, comprado há apenas seis meses, me deixou na mão na avenida Heitor Penteado. Estava eu, feliz da vida, a caminho do Itaú. É nessas horas que eu penso: odeio tudo ligado aos automotores. Condutor medíocre, dirijo por obrigação e comodidade. Só tirei carteira de motorista aos 24 anos – antes disso, só tênis, skate, coturno, bota de bico fino e carona. Muita carona. Passo mal ao menor sinal de engarrafamento. Nunca assisti a uma corrida de fórmula 1. Apanho para trocar pneu. E como o ódio a

Tabu

Um terremoto destruiu o México esta manhã Eu fui promovido Eu estou impaciente com a Grande Complicação e com o saco cheio de ouvidos ouvindo os meus demônios intestinos Não é um milagre ainda estarmos vivos? É um milagre ainda estarmos vivos Hoje eu ouvi sua voz honrada ao telefone Casmurro, careca, e escreveu um livro Ele tá velho demais pra virar um mito Eu também tô sonhando sozinho Não é um milagre ainda estarmos vivos? É um milagre ainda estarmos vivos É um milagre Uma imagem apagada, um tabu que um leve tremor pode destruir para então não haver mais nada em que pensar antes de dormir antes da acordar Não é um milagre ainda estarmos vivos? Letra de "Tabu", oitava faixa do disco Fellini só vive 2 vezes (1986).

Enquanto isso, em 1992

Deu no NME

Érico Birds, Ricardo Mix, André Satoshi, Rodrigo Carneiro e Ed Jr., CCJ, Novembro de 2009. Foto: Juliana Ferracini Nem sei como isso foi acontecer, mas imagens dos Mickey Junkies postadas no YouTube foram parar na seção de vídeos do site do semanário britânico New Musical Express , o NME . Foi uma amiga quem avisou. Estava exultante quando me contou da descoberta. Fiquei bastante comovido com a alegria da moça. Como é bela e esperançosa a juventude, pensei. Contudo, tive que dizer a ela que não se trata do início da nossa dominação tardia do mercado da Grã-Bretanha, nem de Londres nos chamando, como naquele disco do The Clash. Somos apenas nós num centro cultural da Zona Norte paulistana, o CCJ, tocando um blues osasquense. O querido gaitista Ed Junior está conosco no palco. O que já está de ótimo tamanho.

Sítio histórico

E para acabar de vez com as especulações sobre Abbey Road, a Reuters informa: O estúdio de gravação Abbey Road, celebrizado pelos Beatles, foi classificado pelo governo britânico hoje como sítio histórico, visando proteger o santuário da música pop contra quaisquer planos de modificações radicais no imóvel. Leia a íntegra da matéria .

A (não) venda de Abbey Road

O produtor George Martin e os Beatles no Abbey Road nos anos 1960 O G1 tinha adiantado ontem, mas a EMI acaba de emitir um comunicado oficial dizendo que os estúdios de gravação Abbey Road, em Londres, não serão vendidos. Os senhores sabem. Na semana passada, um artigo do jornal britânico Financial Times sugeria que o local, notório por ter sido habitat dos Beatles e nome de um dos discos mais bacanas dos fab four, poderia ser vendido como tentativa de quitar as dívidas da companhia. A notícia caiu como uma bomba. Comoção geral. Num momento espírito de porco, brinquei com um amigo beatlemaníaco. Disse a ele que a Igreja Universal do Reino de Deus iria comprar o estúdio. “Foi anunciado, xará. O estúdio vai virar templo”, menti. O barbado, já bastante abalado com os rumores, caiu no choro. Desculpa, amigaço. Não vai ser agora que a gente vai ver uma tragédia pop dessas proporções. Leiam o comunicado da EMI: A EMI comemora a divulgada aceleração nos planos da English Heritage em relação

Just Kids

Robert Mapplethorpe e Patti Smith no quarto que ocupavam no lendário Chelsea Hotel, 1970. Foto: Judy Linn Just kids é o nome do livro de memórias que Patti Smith acaba de lançar. A relação dela com o fotógrafo Robert Mapplethorpe dá o tom. Tô querendo.

Diversitrônica e Madensuyu

Estive ontem no Pompeia.Beat, braço paulistano do festival pernambucano Rec.Beat em cartaz no Sesc Pompeia, e fiquei pasmo com o que vi. A noite começou com as texturas instrumentais do sexteto Diversitrônica . Trata-se do projeto eletrônico liderado pelos produtores musicais Leo D, William P e Missionário José – esse último, uma das lendas da cena recifense/olindense. Para dançar e acompanhar as imagens no telão produzidas na hora por Izabella. Terminada a apresentação empolgante dos nordestinos, foi a vez dos belgas Stjin Ylode de Gezelle (guitarra, voz e synths) e PJ Vervondel (bateria e voz), o duo Madensuyu , entrarem em cena. O negócio dos caras é rock minimalista, esquisitice, riffs mantricos, vocal gritado e paranóico. Coisas que eu adoro. Em dado momento, o baterista disse que uma das palavras que ele aprendera falar em português foi drama. Tá certo. Eis um vídeo do Madensuyu para que os senhores tenham uma ideia do que se passou na noite de sexta-feira.

O blog do Thurston

Thurston Moore, do Sonic Youth, que acaba de criar um blog Vi no Matias que Thurston Moore acaba de criar um blog. Chama Flowers & Cream e nele o fundador do Sonic Youth já comentou o amor pelo álbum Raw Power , de Iggy and The Stooges, publicou fotos dele, Kim Gordon e Yoko Ono tocando ao vivo, da Marianne Faithfull, cartazes do Black Flag e do Youth Brigade, poemas escritos nos anos 1970 e manuscritos de John Coltrane. Vou acompanhar evidentemente.

Senhoras e senhores, o jovem Leonard Cohen

Dizem que o homem vem ao Brasil em 2011. Segundo fontes fidedignas, representantes do magnânimo artista canadense circularam por espaços destinados a shows e teriam adorado o Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Porém, questões ligadas à política de venda de ingressos a preços populares do auditório brecaram as negociações. Mas outras casas estão no páreo. Torço muito. Por enquanto, eis aqui o documentário Ladies and Gentlemen... Mr. Leonard Cohen , assinado por Donald Brittain e Don Owen em 1965. À época, Cohen era "apenas" um jovem poeta de muita moral no circuito literário. Disco mesmo, só em 1967.

Angeli

Máscara negra

(Zé Kéti e Pereira Matos) Tanto riso, oh quanta alegria Mais de mil palhaços no salão Arlequim está chorando pelo amor da Colombina No meio da multidão Foi bom te ver outra vez Tá fazendo um ano Foi no carnaval que passou Eu sou aquele pierrô Que te abraçou Que te beijou, meu amor A mesma máscara negra Que esconde o teu rosto Eu quero matar a saudade Vou beijar-te agora Não me leve a mal Hoje é carnaval

Laerte

Notícias da Argentina

Rhady Nascimento: como eu disse a ela, mantenha-se viva "Torsos desnudos são imagens recorrentes no meu imaginário. Sempre fiz a linha desencanada, mas a verdade é que depois que virei os 30, só penso em sexo. É isso mesmo, meninas: chega uma hora na vida de uma mulher em que, francamente, foda-se o romance: o lance é fazer um estoque de camisinhas organizado por data de validade e sair dando adoidado. Mas sou mina, e esse é todo um tema: conseguir sexo casual resulta em toda uma negociação." Essas são palavras da amiga Rhady Nascimento. Mulher, como ela própria diz, que tem dois lados. Nenhum dos dois é Ofélia, e um deles é Lady Macbeth. Via blog, ela manda notícias de Buenos Aires, Argentina, onde estuda cinema e trabalha em um sushi bar. O texto do qual surrupiei o trecho acima é do post intitulado "Garçonete-roteirista assassinada e servida com molho tonkatsu em restaurante de sushi" e dá conta de uma história vivida por ela que envolve sexo e morte. Leiam .

São Paulo is Burning!

A convite do selo francês Tazart Music, o brodaço Rodrigo Brandão reuniu alguns comparsas de um certo hip hop paulistano e fez surgir a compilação São Paulo is burning! . Est un d'excellentes nouvelles. Sugiro o download .

Os amigos e o hardcore

Três amigos envolvidos com o hardcore mandam notícias. O primeiro deles é Alexandre “Sesper” Cruz, o Farofa, que acaba de lançar belo DVD/CD ao vivo de sua banda, o Garage Fuzz, e concede entrevista ao site da revista Trip . Como os senhores sabem, entre outras, trabalhamos juntos no documentário que ele dirigiu sobre skate, o RE:BOARD Brasil Skate Art And Deck Research . Os outros amigos são o casal Graziella Ribeiro e André Beck. Os dois avisam que a banda da qual são respectivamente vocalista e guitarrista, o Suco Gástrico – não confundir com o homônimo gaúcho -, estreou um blog em janeiro. Além do grupo, a dupla administra o Beck Tattoo Atelier . Conheço o André desde os anos 1980. Década conturbada em que nos ligamos nesse negócio de música rápida e agressiva. Continuamos ligados, vale lembrar.

Enquanto isso, em 1977

Ocupação Chico Science no Pé na Porta

Encomendei um Pé na Porta sobre a Ocupação Chico Science, exposição que segue em cartaz até o dia 4 de abril no Itaú Cultural, em São Paulo. A matéria foi gravada durante a cerimônia de abertura para convidados no último dia 3. Sugiro que os senhores assistam aos vídeos e compareçam à mostra. Saudades do caranguejo com cérebro. Lembrei agora de um domingo agradabilíssimo de 1996. Ao final da tarde, fomos em bando assistir ao filme Clockers , do Spike Lee, e depois rumamos para o estúdio onde os Los Sea Dux ensaiavam. Chico tinha acabado de trazer uma câmera digital dos EUA e registrava (e tomava parte d)a jam session funk/punk/latina/surf/jamaicana/psicodélica com aquele talento absurdo dele....

Eu menti pra você

Já que eu estou ouvindo sem parar o novo álbum de Karina Buhr, Eu menti pra você , lembremos da aparição da moça no Estúdio Showlivre de março de 2009. Na ocasião, ela apresentou, creio, pela primeira vez, o que seria o repertório do álbum robusto que acaba de sair.

Jequitibá e Avenca

"A música é muito grande. Clássica e popular. Só de samba existem mil espécies, como o de roda da Bahia e o cosmopolita de Noel Rosa. Todas essas manifestações são válidas e, dentro de cada uma, há um material de primeira ordem. Admito tudo, desde recolher folclore até fazer música eletrônica. Só não gosto quando qualquer forma de música é usada para agredir alguém. Autenticidade? Autênticos são o jequitibá e a avenca. Mas não é autêntico o jequitibá ser avenca e vice-versa." Foi o Ronaldo quem achou essa declaração do grandioso Tom Jobim. Trata-se do trecho de uma entrevista do homem concedida à revista Fatos & Fotos . Edição de final de 1964.
tá na hora do paulistano começar a aplaudir a chuva do fim do dia. Muito mais chique e moderno do que aplaudir o pôr do sol em Ipanema, como faz o carioca na sua rotina praiera (Xico Sá)

Um filme

Trailer de The Trip (1967), dirigido por Roger Corman, escrito por Jack Nicholson, estrelado por Peter Fonda, com Dennis Hopper, Susan Strasberg e Bruce Dern como coadjuvantes. Psicodelia brava.

Gil Scott-Heron no Guardian

Capa do álbum "I´m new here", que chega às lojas no próximo dia 8 Falávamos de Gil Scott-Heron dia desses, lembram ? Pois bem, o sítio do The Guardian promove nesta terça-feira uma audição do disco que marca o retorno aos trabalhos fonográficos do mestre.