Pular para o conteúdo principal

A (não) venda de Abbey Road

O produtor George Martin e os Beatles no Abbey Road nos anos 1960

O G1 tinha adiantado ontem, mas a EMI acaba de emitir um comunicado oficial dizendo que os estúdios de gravação Abbey Road, em Londres, não serão vendidos. Os senhores sabem. Na semana passada, um artigo do jornal britânico Financial Times sugeria que o local, notório por ter sido habitat dos Beatles e nome de um dos discos mais bacanas dos fab four, poderia ser vendido como tentativa de quitar as dívidas da companhia. A notícia caiu como uma bomba. Comoção geral. Num momento espírito de porco, brinquei com um amigo beatlemaníaco. Disse a ele que a Igreja Universal do Reino de Deus iria comprar o estúdio. “Foi anunciado, xará. O estúdio vai virar templo”, menti. O barbado, já bastante abalado com os rumores, caiu no choro. Desculpa, amigaço. Não vai ser agora que a gente vai ver uma tragédia pop dessas proporções.

Leiam o comunicado da EMI:

A EMI comemora a divulgada aceleração nos planos da English Heritage em relação ao estúdio a Abbey Road, por julgar ser essa a maneira apropriada de proteger o mais famoso estúdio de gravação da nossa história, que carrega nossa herança musical. Em resposta à recente especulação da imprensa, a EMI confirma que está promovendo discussões preliminares com terceiros, para a revitalização da Abbey Road.

Quando a Terra Firma adquiriu a EMI, em 2007, fez da preservação de Abbey Road uma prioridade. Ao longo dos anos, o estúdio vem perdendo dinheiro, fato que nos fez a desenvolver planos para revitalizá-lo, que envolvem injeção substancial de capital.

Desde novembro de 2009, a EMI vem conduzindo discussões com vários parceiros em potencial, capazes de financiar e manter esta casa única em atividade. Em todas as ocasiões, os planos mantêm foco em fornecer acesso a artistas e, quando possível, ao público. Na metade do ano passado, recebemos uma oferta para vender a Abbey Road por mais de 30 milhões de libras, mas ela foi rejeitada, já que acreditamos que o estúdio deve ficar sob a gerência da EMI.

Comentários

Birds disse…
Barry,
Estou começando a ficar preocupado...
Bombada na história do rock! Abs. Birds
rodrigo carneiro disse…
Novos e estranhos tempos...

Postagens mais visitadas deste blog

Simpatia e Gente Fina

Eu já disse aqui que "não há o que discutir, Redator & Jornalista é o melhor nome de dupla sertaneja de todos os tempos". Porém, na manhã de hoje, soube da existência do duo Simpatia e Gente Fina. Impactado pela descoberta, por muito pouco não mudei de opinião. Agora, passado o impacto inicial, pós-seríssima reflexão, ainda continuo achando Redator & Jornalista um nome imbatível. No entanto, Simpatia e Gente Fina já figura em destaque no meu Olimpo particular das denominações. Capa mais linda.

Ah, "Picardias estudantis"

Phoebe Cates: intérprete, entre outras, da inesquecível sequência da piscina Noite dessas, eu revi Picardias estudantis (1982), cujo título original, só pra constar, é Fast times at Ridgemont High . Não assistia ao filme, escrito por Cameron Crowe e dirigido por Amy Heckerling, há muitos anos e tive, claro, ótimos momentos diante da tela. Sobretudo por ter a produção um daqueles, como diria o rei Roberto, meus amores da televisão: a atriz Phoebe Cates. No papel da sensualíssima Linda Barrett, Cates, à beira da piscina, em seu biquíni vermelho, é uma das imagens mais encantadoras já produzidas em toda a história do cinema. Feito aqui o registro, voltemos à nossa programação normal.