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Diversitrônica e Madensuyu

Estive ontem no Pompeia.Beat, braço paulistano do festival pernambucano Rec.Beat em cartaz no Sesc Pompeia, e fiquei pasmo com o que vi. A noite começou com as texturas instrumentais do sexteto Diversitrônica. Trata-se do projeto eletrônico liderado pelos produtores musicais Leo D, William P e Missionário José – esse último, uma das lendas da cena recifense/olindense. Para dançar e acompanhar as imagens no telão produzidas na hora por Izabella. Terminada a apresentação empolgante dos nordestinos, foi a vez dos belgas Stjin Ylode de Gezelle (guitarra, voz e synths) e PJ Vervondel (bateria e voz), o duo Madensuyu, entrarem em cena. O negócio dos caras é rock minimalista, esquisitice, riffs mantricos, vocal gritado e paranóico. Coisas que eu adoro. Em dado momento, o baterista disse que uma das palavras que ele aprendera falar em português foi drama. Tá certo. Eis um vídeo do Madensuyu para que os senhores tenham uma ideia do que se passou na noite de sexta-feira.

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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu