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Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2009

Afro-futurismo Brasil

Há alguns dias ainda para o final de semana, mas quando ele chegar o Sesc Santana vai ser o lugar. Olhem só a turminha que se apresentará por lá: Naná Vasconcelos + Mike Ladd + Sp Underground + Mamelo Sound System + Kiko Dinucci + Juçara Marçal + Thiago França + Sergio Machado + Yellow P. + Cota Pitshu.

Laerte e a fome

Obsessão por Gainsbourg

O Matias está em pleno surto obsessivo por Serge Gainsbourg e tem feito podcasts , coletas de vídeos disponíveis no YouTube (partes 1 , 2 e 3 ) e comentários certeiros. Acompanhem e desenvolvam a obsessão também.

Hoje

Como diz o cartaz acima, sou um dos convidados para a performance do novo projeto do Júpiter , The Apple Sound, logo mais à noite no Clube Berlin. Nosso primeiro encontro ocorreu no mesmo lugar em agosto passado e foi mais ou menos assim: Bora?

Nick Cave de novo

Já escrevi aqui sobre o grandioso Nick Cave - e certa cabocla. Não tenho mais o que acrescentar. A não ser o clipe de "More News From Nowhere", com participação de pole dancers orientais e do escritor Will Self. No mais, quarta-feira monstruosa. Já, já acaba.

Enquanto isso, em 1999

Jerry Lee Lewis e o rock

Jerry Lee Lewis, The Killer Estive no Credicard Hall ontem. Jerry Lee Lewis, The Killer, fez das suas acompanhado por um quarteto. Foi bem melhor do que o show que vi em 1993. Ele próprio já afirmou que aquele ano não foi dos melhores. O que influenciou naquela controversa primeira visita ao país. Mas ontem deu tudo certo. Ladeando o piano, a banda, liderada pelo guitarrista Kenny Lovelace, comparsa de Lewis desde 1965, ataca de Little Richard e Jimmy Reed. Os integrantes alternam os vocais e se dizem todos de Memphis, Tennessee. Ao termino da quarta música, entra The Killer. Passinhos cuidadosos, curtos, até o banco. A audiência enlouquece. Pudera. Senta-se e dedilha as teclas pelos próximos 40, 45 minutos. Vai do repertório do CD/DVD mais recente, The Last Man Standing , 2008, até os clássicos da trajetória, "Down The Line", "Great Balls of Fire" e "Whole Lotta Shakin' Goin' On" e "Roll Over Beethoven", pra citar alguns. Bom, assistir

A volta do Garagem

José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e o cantor e apresentador de TV Lobão Paulo César Martin e André Barcinski. Fotos: Geraldo Arcanjo Depois de três anos de recesso, o anárquico programa de rádio Garagem acaba de voltar ao ar. Em parceria com o Showlivre e o UOL, o semanal apresentado pelos amigos André Barcinski e Paulo César Martin terá novas edições publicadas no site toda a sexta-feira. O programa de hoje tem como convidados o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e o cantor e apresentador de TV Lobão. Há também as homenagens a dois gênios que morreram durante a ausência do Garagem: Lux Interior e Les Paul, além de faixas novas de Flaming Lips, Wilco, Modest Mouse, TV On The Radio, The xx, Gaslight Anthem, Jay Reatard, raridades da caixa nova do Neil Young e raridades do Joy Division. Sou ouvinte do Garagem desde sua primeira encarnação em 1992 na rádio Gazeta FM – lembro de ter faturado um disco do Prong em uma das promoções e enchi diversas fitas cassetes com o que rol

Mostra do Leminski

Caderno com os manuscritos do livro 'Catatau' (1975) Mestre Ademir Assunção está produzindo uma grande mostra sobre o poeta Paulo Leminski. Vai ser no Itaú Cultural , em São Paulo, e a abertura acontece no próximo dia 30. Maravilha. Ele escreveu no blog Espelunca sobre o intenso trabalho de pesquisa e os tesouros que tem encontrado: Tem coisas que ainda conseguem me emocionar pra valer. Uma dessas coisas me aconteceu há mais ou menos um mês (talvez menos, não sei, ando sem muita noção de tempo ultimamente). Estive em Curitiba em julho. Eu e o cenógrafo Miguel Paladino. Fui pesquisar nos arquivos do Paulo Leminski. Áurea, filha dele, super zelosa com o acervo do pai, me deixou fuçar a vontade nas pastas que ela andou organizando. Em uma dessas pastas encontrei um caderno espiral, daqueles de estudante, com nada menos que os manuscritos do Catatau. Quando abri esse caderno e vi a letra de Paulo Leminski e comecei a ler e saquei a gênese desse que é um dos livros mais geniais da

Antonin Artaud

Le Theatre de la Cruaute, 1946 Le Totem, 1946 Desenhos de Antonin Artaud (1896/1948), o maldito entre os malditos, só pra dar uma alucinada de vez. Tem mais aqui .

Enquanto isso, em 1981

Ministro toaster

Essa eu vi no blog do Marcelo Tas . Carlos Minc (PT), ministro do Meio Ambiente, pasta que fora ocupada pela senadora ex-petista e recém filiada ao PV Marina Silva (estão dizendo que ela é o nosso Obama), em momento toaster jamaicano na Chapada dos Viadeiros (GO). Sob a batida dos maranhenses da Tribo de Jah, Minc improvisa o discurso e ganha a moçada que urra. Irie rasta, diriam na Jamaica. Faço minhas as palavras do apresentador do CQC e eterno Ernesto Varella (que, vocês sabem, era incrível): Olha, rapaziada do verde, sou rigorosamente a favor de toda pauta elencada pelo ilustre ministro (descriminalização das drogas, defesa do meio-ambiente, liberdade de expressão...) menos de uma coisa: da falta de rigor e deselegância com que ele usou o cargo de ministro para mexer a bunda em cima do palco. Nesse ponto, estou ao lado de Ulisses Guimarães, o poder requer uma liturgia que precisa ser seguida e respeitada. Elegância é uma palavra que para mim está acima de qualquer ideologia.

Deus na Antecâmara

Mereço (merecemos, meretrizes) perdão (perdoai-nos, patres conscripti) socorro (correi, valei-nos, santos perdidos) Eu quero me livrar desta poesia infecta beijar mãos sem elos sem tinturas consciências soltas pelos ventos desatando o culto das antecedências sem medo de dedos de dados de dúvidas em prontidão sangüinária (sangue e amor se aconchegando hora atrás de hora) Eu quero pensar ao apalpar eu quero dizer ao conviver eu quero partir ao repartir filho pai e fogo DE-LI-BE-RA-DA-MEN-TE abertos ao tudo inteiro maiores que o todo nosso em nós (com a gente) se dando HOMEM: ACORDA! Ana Cristina Cesar (1952/1983)

Beatles para a juventude

Vocês devem estar acompanhando a comoção em torno do lançamento hoje do Rock Band e dos 14 álbuns oficiais remasterizados digitalmente dos garotos de Liverpool, né? Um Get Back pra que ninguém se sinta excluído da festa. É o dia Beatles do novo milênio.

Sabotage, sempre

O saudoso Sabota foi assassinado em 2003. Era a renovação artística em pessoa e um sujeito de coração gigantesco. É preciso lembrar, sempre. Vejam essa entrevista concedida a Carola González, quando a querida era repórter da firma .

Índia

Não. Não é o disco lançado por uma exuberante Gal Costa em 1973, nem o país que tem a sua própria Hollywood e inspira Glória Perez a escrever a trama da novela das oito. Trata-se da atriz e apresentadora Daniele Suzuki no programa Pé no chão , que estreou nesta semana no canal Multishow. Suzuki, uma graça de menina, surge vestida apenas com as tintas de combate tribal do Xingu. Bem-vinda à selva, guerreira. Atualizando: O vídeo foi retirado do YouTube. Quem viu, viu. Eu vi.

Gil

Capa do álbum Gilberto Gil (1971) A passagem de Gilberto Gil pelo ministério da Cultura foi bastante controversa e a recente aprovação do projeto de dois shows que resultarão em um DVD do ex-ministro na Lei Rouanet - a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic) aprovou a captação de R$ 445.362,50 – causa desconforto. O diabo é que há os acertos na obra do sujeito. E não são poucos. No final de semana, por exemplo, reencontrei nos meus discos de vinil o álbum que Gil gravou em meio ao exílio em Londres. Envolvido na cena roqueira da cidade, frequentando clubes de jazz, iniciando-se na macrobiótica light e fazendo experimentações psicodélicas, o artista praticou canções lindas, coassinadas por Jorge Mautner, como "The three mushrooms" e "Babylon", ou ainda a versão para "Can't find my way home", do amigo Stevie Winwood. Ouvi hoje de manhã de novo .

Power to the people

Um dos cartazes expostos na mostra Emory Douglas: Black Panther Mais uma da série “Quisera eu”: está em cartaz no New Museum, em Nova York, a exposição Emory Douglas: Black Panther . Douglas, vocês sabem, é o responsável pela forte identidade visual do Black Panther Party . Ainda que o partido radical negro norte-americano tenha implodido no início dos anos 1980 e, passadas quatro décadas das primeiras ações em 1967, algumas de suas plataformas políticas sejam questionáveis sob o olhar dos estranhos anos 2000, a arte revolucionária de Emory Douglas segue conquistando corações e mentes. Poder para o povo, já diziam os panteras.