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Power to the people

Um dos cartazes expostos na mostra Emory Douglas: Black Panther

Mais uma da série “Quisera eu”: está em cartaz no New Museum, em Nova York, a exposição Emory Douglas: Black Panther. Douglas, vocês sabem, é o responsável pela forte identidade visual do Black Panther Party. Ainda que o partido radical negro norte-americano tenha implodido no início dos anos 1980 e, passadas quatro décadas das primeiras ações em 1967, algumas de suas plataformas políticas sejam questionáveis sob o olhar dos estranhos anos 2000, a arte revolucionária de Emory Douglas segue conquistando corações e mentes. Poder para o povo, já diziam os panteras.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu