Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2009

Ops!

Enganchou ali. Acontece, né? Vi na seção DOs & DON'Ts da Vice gringa.

Enquanto isso, em 1988

OsGemeos por Camila

Uma das obras d'OsGemeos. Foto: Camila Miranda Vocês sabem que desde o último domingo o Museu de Arte Brasileira da FAAP abriga a exposição Vertigem , com pinturas, instalações, esculturas e outros bichos dos fabulosos OsGemeos. O negócio é sério. Seríssimo. Por conta da matéria para a revista Serafina , a minha querida Camila Miranda esteve com o duo de artistas e registrou a montagem vertiginosa. Os retratos estão aqui e a exposição é, claro, obrigatória.

Cartinha

Em 1969, Mick Jagger enviou a carta acima a Andy Warhol. Queria formalizar o convite para que o artista plástico fizesse a capa do disco que os Rolling Stones lançariam em 1971, o ótimo Sticky Fingers . Como todos sabem, Warhol aceitou a proposta de Jagger e assinou um dos projetos gráficos mais bacanas e provocantes da história: a reprodução da pélvis do ator fetiche Joe Dallesandro, personagem de vários filmes do Warhol, de Je t'aime moi non plus , película de Serge Gainsbourg de 1976, e uma das figuras do submundo novaiorquino citadas em “Take a walk on the wild side”, canção de Lou Reed, “Little Joe never once gave it away/everybody had to pay and pay/.../I said, Hey Joe, Take a walk on the wild side”. Além de ter um zíper de verdade, guardar músicas como "Wild Horses", "Sister Morphine" e "Brown Sugar" – e a imagem da cueca branca do ator na parte interna -, a capa, no caso, a contracapa, também serviu para que a famosa língua do logo dos Stones,

Enquanto isso, em 1991

quando encontrei a doublé da Estrela enquanto as portas do elevador se abriam e eu estava saindo enquanto ela estava entrando às 4 da manhã e eu vi que ela estava radicalmente chapada perguntei pra ela de quê ela disse 6 Valium e Vinho Branco porque este era o nosso último dia de filmagem então ela pensou em celebrar com alguém da equipe e se divertir já que esta era sua cidade natal e ela ia ficar bem aqui enquanto íamos embora e a agonia de ser apenas uma doublé local deixada para trás numa cidade da qual ela adoraria saltar fora estava realmente lhe baixando o astral e subitamente isso me fez ficar re-envergonhado de ser um ator num filme e tudo mais e provocar tais ilusões estúpidas então levei-a para o meu quarto sem desejar seu corpo nem nada e ela ficou desesperadamente desapontada tentou se atirar da minha janela eu disse olhe, não vale a pena é só um filme idiota ela disse não tão idiota quanto a vida 1/11/81 Seattle, Washington Esse texto é do Sam Shepard e está no incrível

Lamento

Rapidinha: vocês estão acompanhando a lamentável história do incêndio que acabou com milhares de obras do Hélio Oiticica no Rio de Janeiro, né? Muito triste.

Poesia e música para o sábado

O amigo Marcelo Montenegro , que é um craque, avisa: Sábado agora, 17/10, às 18h30, apresento minhas “Tranqueiras Líricas” na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, dentro do projeto Outubro Independente. Desde 2003 venho fazendo isso. Falar meus poemas com música. Unir a palavra escrita ao rock, ao jazz e ao blues. Para tanto estarei mais uma vez acompanhado pelos comparsas e grandes músicos Fabio Brum (guitarra), Fabio Pagoto (baixo) e Rick Vecchione (bateria). De acordo com o libreto “Literatura Independente”, produzido pela Rayban e encartado nas revistas TRIP e TPM (dez/2007) com “12 dos literatos mais consistentes cujo trabalho ganhou projeção nos últimos 10 anos”, “não é raro pegar pessoas se debulhando de risos ou de lágrimas nas apresentações de Marcelo, um legítimo show de blues”. Espalhem, divulguem e, claro, apareçam. Seria legal para caramba ter vocês por lá. O espetáculo é gratuito e a Biblioteca fica na Rua Henrique Schaumann, 777, Pinheiros, SP, em frente à praça Benedito Ca

De novo no Living Colour

William Calhoun (bateria), Corey Glover (voz), Doug Wimbish (baixo), Vernon Reid (guitrra): feras É raro eu escutar os álbuns do Living Colour nos dias que correm. Mas o trabalho do quarteto novaiorquino me é caro por questões ligadas ao papel do negro na cultura pop. É caro também pela memória afetiva. Afinal, houve um episódio tragicômico no Hollywood Rock de 1992, no Estádio do Pacaembu, quando da primeira vinda dos músicos ao Brasil, envolvendo a mim, uma ex-namorada e uma amiga, bom, deixa pra lá... O fato é que ainda que não eu frequente os discos com a regularidade de outrora, sempre procuro assistir às feras ao vivo. O que é uma experiência que eu recomendo com veemência. Tocaram ontem lá no Via Funchal, em São Paulo, como se não houvesse amanhã. Quase três horas de pancada virtuose, metálica, funkeada, jazzy, punk rocker. Repertório antigo mesclado àquele que faz parte do mais recente álbum deles, The Chair In The Doorway (2009) – a balada, que eu adoro, "Love Rears Its

Canções de "Glitter and Doom Live" disponíveis

E as canções de Glitter and Doom Live , álbum do grande Tom Waits , que chega às lojas em novembro, hein?

Retratos

Livros de fotografia são a minha perdição, entre tantas outras. Ainda mais se for algo do naipe de Born in the Bronx, A Visual Record of the Early Days of Hip Hop , do afiadíssimo Joe Conzo, sujeito que registra a movimentação da música negra e latina de Nova York desde os anos 1970. Sugiro um passeio pelo sítio do cara .

As 100 maiores músicas brasileiras, segundo a Rolling Stone

O cantor e compositor Chico Buarque Deu "Construção", canção título do álbum lançado por Chico Buarque em 1971, no topo do ranking da lista As 100 melhores músicas brasileiras publicada na edição de terceiro aniversário da Rolling Stone Brasil que acaba de chegar às bancas. Fiz parte do júri que elegeu a composição, narrativa da vida besta e a morte que atrapalha o tráfego de um trabalhador da construção civil. Era, como diz o texto de Paulo Cavalcanti, o artista, com Rogério Duprat assinando o arranjo sinfônico, pronto para o confronto e explicitando isso em meio ao "Milagre Brasileiro". Concordo. Ia até publicar a minha lista pessoal de canções aqui no blog, mas ela foi batucada na máquina do trabalho e estou em casa, em pleno feriado de Nossa Senhora Aparecida. Se bem que lista é um troço complicado, né? Lembro que assim que enviei a dita cuja para a valorosa redação da RS, outros títulos e configurações surgiram na cachola. Fosse agora, mais deles surgiriam. M

Uma canção, duas vozes

A dupla arrasadora Eddie Floyd e Booker T compôs “Consider me” nos anos 1960. Floyd gravou. Anos mais tarde, a canção, bonita de doer, foi revisitada por Mark Lanegan. Ambos registros estão acima. Soul.

Les Nubians e as estonteantes

Hélène e Célia Faussart, Les Nubians Duas coisas que eu achei formidáveis no show das irmãs franco-camaronenses Les Nubians ontem no Auditório Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Primeiro, o domínio de palco. Hélène e Célia Faussart são de uma expressividade exuberante. Mesclam militância racial, consciência social, política do corpo e sensualidade. Foram das canções do álbum de estreia, Les Princesses Nubiennes (1998), ao mais recente, Presents Echos Chapter One (2005), passando por composições que farão parte do disco que será editado no ano que vem, Liberté . Acompanhadas por uma banda formada por brasileiros e franceses, falaram em português, citaram Barack Obama, Lula, as questões da imigração européia, cantaram Fela Kuti (“Upside down”) e Serge Gainsbourg (“Couleur café”, essa a cappella ). Foi uma festa. Hoje é aniversário de Hélène, inclusive. Já a segunda coisa se refere ao público presente. Já no hall de entrada, uma pergunta se fez aos meus botões e acompanhou-m

O som que vem das burcas

Foi a amiga Carol Bella quem me falou da afegã Burka Band . Integrantes da primeira banda feminina do Afeganistão, as garotas interpretam "Kabul, Kabul", em referência a "New York, New York", aquela mesma imortalizada por Frank Sinatra. Adorei.

Quadrinhos e política

No blog Lazer Guided Melodies , o amigo Gilberto Custódio comenta a admiração pelos quadrinhos de Guy Deslile . Gosto muito também.

Hoje e amanhã

Skate aqui e lá

Trecho do livro The Disposable Skateboard Bible Leio no Desculpe a Poeira que o Wall Street Journal traz imagens supimpas de The Disposable Skateboard Bible , registro das cinco décadas de artes gráficas nos decks dos carrinhos dos EUA. Quem assina a edição do livro é o artista Sean Cliver. É o mesmo assunto tratado pelo documentário RE:BOARD Brasil Skate Art And Deck Research , aquele do qual eu fiz a narração inicial. O universo do skate na ordem do dia. Bacana.