Hélène e Célia Faussart, Les Nubians
Duas coisas que eu achei formidáveis no show das irmãs franco-camaronenses Les Nubians ontem no Auditório Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Primeiro, o domínio de palco. Hélène e Célia Faussart são de uma expressividade exuberante. Mesclam militância racial, consciência social, política do corpo e sensualidade. Foram das canções do álbum de estreia, Les Princesses Nubiennes (1998), ao mais recente, Presents Echos Chapter One (2005), passando por composições que farão parte do disco que será editado no ano que vem, Liberté. Acompanhadas por uma banda formada por brasileiros e franceses, falaram em português, citaram Barack Obama, Lula, as questões da imigração européia, cantaram Fela Kuti (“Upside down”) e Serge Gainsbourg (“Couleur café”, essa a cappella). Foi uma festa. Hoje é aniversário de Hélène, inclusive. Já a segunda coisa se refere ao público presente. Já no hall de entrada, uma pergunta se fez aos meus botões e acompanhou-me até o final da apresentação – e continua em delay agora: quando não há show das Les Nubians na cidade, onde se escondem aquelas estonteantes negras todas? A beleza é fundamental, já diria o Vinícius de Moraes no poema Receita de Mulher. Saravá, saravá.
Duas coisas que eu achei formidáveis no show das irmãs franco-camaronenses Les Nubians ontem no Auditório Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Primeiro, o domínio de palco. Hélène e Célia Faussart são de uma expressividade exuberante. Mesclam militância racial, consciência social, política do corpo e sensualidade. Foram das canções do álbum de estreia, Les Princesses Nubiennes (1998), ao mais recente, Presents Echos Chapter One (2005), passando por composições que farão parte do disco que será editado no ano que vem, Liberté. Acompanhadas por uma banda formada por brasileiros e franceses, falaram em português, citaram Barack Obama, Lula, as questões da imigração européia, cantaram Fela Kuti (“Upside down”) e Serge Gainsbourg (“Couleur café”, essa a cappella). Foi uma festa. Hoje é aniversário de Hélène, inclusive. Já a segunda coisa se refere ao público presente. Já no hall de entrada, uma pergunta se fez aos meus botões e acompanhou-me até o final da apresentação – e continua em delay agora: quando não há show das Les Nubians na cidade, onde se escondem aquelas estonteantes negras todas? A beleza é fundamental, já diria o Vinícius de Moraes no poema Receita de Mulher. Saravá, saravá.
Comentários
e sim, mestre, beleza é fundamental. ainda bem que somos incríveis rararara
eu estava envolvido em um monte de eventos e shows e perdi este!
uma dica: no lançamento do clube do balanço, tb no sesc pompéia, as beldades de ébano tb saíram da toca! um show à parte.