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Mostrando postagens de junho, 2008

Segundas intenções da Suseli

A querida Suseli Honório avisa que segunda-feira é dia de "Segundas Intenções", o projeto litero-musical que ela conspira. Trechos do e-mail: Dando sequência ao projeto “Segundas Intenções”, que acontecem todas as noites de segundas-feiras no Jegu´es Núcleo Cultural, o mês de julho reserva uma programação especial para amantes da literatura e música brasileira. O projeto “Segundas Intenções” que contará com a participação de instrumentistas, escritores, atores e jornalistas especialmente convidados, tem o objetivo de resgatar obras de íncones da literatura e música como: Augusto dos Anjos, Cartola, Drummond, Luiz Gonzaga, entre outros. Quem chegar ao espaço pode participar diretamente do evento assim como assistir e encontrar pessoas interessantes para um agradável bate papo cultural e descontraído. Acompanhe a programação: 30 de junho – Augusto dos Anjos (textos, poemas, intervenções teatrais e músicas que marcaram a época) 7 de julho – Cartola ( vídeos, textos e muitas i

A astúcia de Jay-Z

Além de entender do riscado, ser milionário e acordar ao lado da Beyoncé todos os dias, o rapper Jay-Z é um astuto tirador de onda. Vocês sabem que a escalação de seu nome como headliner de uma das noites do Festival Glastonbury, reserva moral do calendário da música alternativa, causou celeuma. Ortodoxos criticaram a inclusão do rap numa programação que conta (contava) com John Cale, The Gossip, Martina Topley Bird, Leonard Cohen, Edwyn Collins, Amy Winehouse, Spiritualized, The Verve, entre outros bambas – o evento começou nesta sexta, 27, e vai até hoje, 29, em Worth Farm, na Inglaterra. Em meio ao chororô, Jay-Z disse. "Eu estou muito animado para tocar em Glastonbury. Eu me sinto como um artista iniciante novamente, me apresentando para um público que não me conhece, como alguém que ainda precisa ser aprovado". E ainda. "Eu só quero que a platéia me assista com a mente aberta. Não me julguem até me assistirem. Não derrubem o poder do hip hop." Um dos maiores

Culpa moderna de Beck

Cara que reconheceu-se como perdedor a sugerir a própria morte ( Soy un perdedor/I’m a loser baby, so why don’t you kill me?) , Beck lança novo álbum, chamado Modern Guilt , no próximo dia 8 de julho. A produção ficou a cargo de Danger Mouse e dá pra ouvir a prévia aqui . Curto Beck.

La Carne in the city

Como dizia aquela canção do De Falla , sou de Osasco. Caminha. O La Carne , que é uma das minhas bandas prediletas desde o século passado, também. Ao lado do Seamus, o quarteto toca hoje na Cidade Trabalho.

ESG para agora e sempre

As amigas do blog Hasta Luego Baby!!! indicam o amado ESG nesta quinta-feira. Estou com as moças. Baixem por lá que a coisa é fina.

Barroso, Berry e Mirisola

Julio Barroso em ação, foto surrupiada do blog do Jotaço Há alguns posts atrás falávamos de uma das músicas da Gang 90, Jack Kerouac , do grande Julio Barroso (1954/1984) em parceria com Alice Pink Pank, lembram? Pois o queridaço Jotabê Medeiros , que também reconhece o brilhantismo do cara, postou ontem trechos de escritos do Barroso sobre Chuck Berry. Coisas muito apropriadas a respeito do guitarrista que esteve no Brasil na semana passada. Dêem um lida. as gravadoras brasileiras estão marcando bobeira: o genial guitarrista chuck berry, cuja música foi enviada ao espaço na nave norte-americana explorer (como uma mostra do som do planeta Terra para os alienígenas), não tem nenhum disco em catálogo por aqui. já era tempo de editarem alguma coisa – nem que fosse um the best of. afinal, carinhas como john lennon e keith richards não cansam de dizer ao mundo que devem tudo o que sabem de música ao genial guitarrista black dos anos 50. (texto publicado na Revista Pop, 1979) é bom saber

Makes Me Wanna Die

É mesmo uma belíssima canção, né? O clipe assinado por Floria Sigismondi também não deixa por menos. É do disco Pre-Millenium Tension , que o Tricky lançou em 1996, e cantada lindamente pela Martina Topley-Bird . Mestre Rubens K lembrou dela dia desses.

Canta Canta, Minha Gente

Disritmia* Martinho da Vila Eu quero Me esconder debaixo Dessa sua saia Pra fugir do mundo Pretendo Também me embrenhar No emaranhado Desses seus cabelos Preciso transfundir seu sangue Pro meu coração que é tão vagabundo Me deixa Te trazer num dengo Pra num cafuné Fazer os meus apelos Eu quero Ser exorcizado Pela água benta Desse olhar infindo Que bom é ser fotografado Mas pelas retinas Desses olhos lindos Me deixe hipnotizado Pra acabar de vez Com essa disritmia Vem logo Vem curar seu nego Que chegou de porre Lá da boemia *Segunda faixa de Canta Canta, Minha Gente , álbum lançado pelo Martinho da Vila em 1974. O registro - que tem ainda Renascer das Cinzas, Dente por Dente, Calango Vascaíno , entre outras - foi tema do programa O Som do Vinil , exibido pelo Canal Brasil toda a sexta-feira, às 21h30, cuja reprise assisti hoje. Como deixou claro o semanal - repleto de depoimentos do autor e de seus parceiros -, um escândalo de disco. E o que é essa letra?

Um salve ao doutor

Acabo de voltar de uma daquelas entrevistas que salvam o dia, limpam a alma. Conversei sobre jazz, soul, R&B e turbantes com Dr. Lonnie Smith – a matéria vai ao ar na próxima semana no Showlivre.com e nos nossos valorosos parceiros de conteúdo YouTube e MySpace. O inacreditável organista norte-americano apresenta-se hoje no Bridgestone Music Festival, em São Paulo. Bom, deixo o segundo álbum que ele fez para Blue Note, Think! , de 1968, a quem interessar possa.

"Its gotta be rock and roll music, If you want to dance with me"*

Há os que se assustam com as rugas dos Rolling Stones. Afinal, em primeira leitura, o rock é território dos verdes anos: o som da juventude. Acontece que o gênero tem cinco décadas sobre a Terra e oferece ao mesmo tempo a idéia da juvenilia sem fim e a possibilidade de espreitar o amadurecimento de seus personagens – e seguidores. Os velhos Stones, e outros maduros, maduríssimos, rockers, aprenderam tudo com o jovem octogenário que se apresentou ontem no HSBC Brasil, em São Paulo. Chuck Berry em cena é uma miríade de significados. Está lá o homem que cruzou limites raciais ao ter a sua frente platéias mistas em uma América segregada. O homem que não levou desaforos pra casa e, certa vez, quebrou a cara de Jerry Lee Lewis – outro casca grossa. O homem de Johnny B. Good - eleita pela Rolling Stone norte-americana como a melhor canção para guitarra de todos os tempos - e Rock and Roll Music . O letrista eficaz e onomatopéico. O homem que tocou seus clássicos e, a exemplo da passagem pelo

Clipe do 3 na Massa

Está pela rede o primeiro clipe do 3 na Massa , amigos. A faixa escolhida é Tatuí , música do Rodrigo Amarante interpretada pela Karine Carvalho. Dirigido por Michel Tikhomiroff e Pedro Amorim, o vídeo tem a participação do ator João Miguel e da própria Karine. Pupillo, Dengue e Rica Amabis bancam vilões de rua. Metidos em estilosos abrigos vintage , é claro.

A mãe de Amy Winehouse

Com a propriedade de quem teve o tímpano direito e o olho esquerdo comprometidos pós-embate com a polícia carioca há alguns anos, Angela Ro Ro afirmou: "Sou a mãe biônica da Amy Winehouse". Essa foi apenas uma das observações da cantora no show que ela fez no sábado, 14, no Teatro do Sesc Pompéia, em São Paulo. A aparição se deu dentro do projeto Do Coração ao Cotovelo , onde, acompanhada do maestro Ricardo MacCord, Ro Ro desfilou das suas e se mostrou uma sobrevivente. Longe de encrencas, a artista de 59 anos está em ótima fase. E ferina nos comentários. "Só não me cortaram a língua", dizia.

Sexta-feira 13

Gonzo em julho

Os amigos já devem saber que o trailer de Gonzo: The Life and Work of Dr. Hunter S. Thompson está disponível para olhadelas. Dirigido por Alex Gibney, vencedor na categoria de melhor documentário no Oscar desse ano, o filme é narrado por Johnny Depp, que viveu o malucaço na versão cinematográfica de Fear and Loathing in Las Vegas . Estréia em julho nos EUA.

Marião e as Flores Partidas

"Fiquei pensando no quanto as relações naturalmente se deterioram, mas cheguei à conclusão de que as pessoas não. As pessoas se mantêm íntegras e dignas. Então entendi que as relações, tal como as idealizamos, podem até acabar, como inevitavelmente acabam, mas o amor pelas pessoas não acaba nunca. Se for de verdade, é pra sempre." É o que escreve o Mário Bortolotto na Trip que acaba de chegar às bancas. Inspirada no filme Flores Partidas , do Jim Jarmusch e estrelado pelo Bill Murray, a revista encomendou uma narrativa de reencontros com as ex-mulheres dele. Leitura pra lá de recomendável. Deleitem-se com as palavras do Marião.

Cláudio Júlio Tognolli sem frescura

Deus, corrupção da linguagem, jornalismo eucêntrico, encomenda de aspas e outros bichos cabeludos dão o tom desta imperdível conversa entre Cláudio Júlio Tognolli e Paulo César Pereio. O encontro se deu por conta do programa do Pereio no Canal Brasil, Sem Frescura . Tive o privilégio de ser aluno do Tognolli na faculdade. Aulas das mais anárquicas e reveladoras que eu presenciei na vidinha. O cara é foda.
O jazz é um exu africano (Roberto Piva)

Sonhei que eu era Jack Kerouac

Jack Kerouac (Alice Pink Pank e Julio Barroso) Ontem à noite eu sonhei que eu era Jack Kerouac Eu subi no terraço, Rua Houston, e vi as duas torres gêmeas brilhando O cabelo louro da menina, as tranças negras do crioulo A sua guitarra, a sua angústia calma Eu desci, peguei a minha lata de spray e saí pela rua Pintei dois olhos verdes nas paredes Falei: Nina, snooke! Ontem à noite eu sonhei que conversava com Jack Kerouac Ele chegava e me dizia: Hey man, eu renasci black, agora eu sou um tocador de piston E seu sopro de som era tão alto que despertou o mundo inteiro Eu acordei e saí mandando brasa nas estradas do mundo. Hey Jack, bar! Letra da última faixa de Essa tal de Gang 90 & As Absurdettes (1983), primeiro álbum da Gang 90. Gosto muito desse disco, e do sonho.

Grito da Rua, Thronn, documentário e as quatro rodinhas

O Grito da Rua foi um marco. Exibido pela TV Gazeta em meados dos anos 80, o programa – junto às revistas Overall e Yeah! - registrou o primeiro boom da cultura skater no Brasil. Ceremony , do New Order, era o tema de abertura, Flowers By The Doors , do TSOL, o de encerramento, e as músicas do Suicidal Tendencies serviam de trilha sonora para 10 entre 10 matérias do semanal. Para se ter uma idéia, a primeira imagem em movimento dos Dead Kennedys que eu vi na vida foi graças ao programa. Dia desses eu esbarrei com essa matéria hilária com o meu amigo Thronn. O cara é uma verdadeira lenda das quatro rodinhas. Surgiu como skatista de free style (modalidade que acabou sendo incorporada ao street ) e desenvolveu uma forma toda particular de skate de rua. Hoje mora num trailer nos EUA. Figuraça. Salve Thronn. E como o skate é o tema do post, o grande Alexandre Farofa, vocalista do Garage Fuzz e artista gráfico fodão (sabe o Sesper ?), está produzindo um documentário chamado Reboard: Brazi

Von Victor

Foi o Bressane quem deu a dica do site do Von Victor . Aí eu lembrei que já conhecia o trabalho por conta da parceria gráfica entre ele, Tor e os Zumbis do Espaço . Fui ao sítio e gravitei por um universo sexy, raro e insano. Há uma filiação cooperniana , mas a produção do artista de Taubaté anda com as próprias pernas. Trampo incrível o do Von Victor.

Ainda sobre Bo

"Eu abri portas para muita gente", disse Bo certa vez. "Mas daí todos entraram e me deixaram segurando a maçaneta." Em 1993, numa viagem de Los Angeles a Nova York, tive a sorte de sentar ao lado de Bo Diddley. Ele foi simpático, mas estava cansado e não tirou o chapéu nem para dormir. Na chegada, me deu uma foto e assinou um autógrafo que, 15 anos depois, serve como um epitáfio perfeito para o homem: "Bo Diddley -Rock On!". Trechos do escrito certeiro do Barcinski publicado hoje na Ilustrada , da Folha de S.Paulo .

Verdade mimeografada

O amigaço Eduardo Beu avisa que hoje tem a última mesa de debates do ciclo VIDA LOUCA, VIDA INTENSA: UMA VIAGEM PELA CONTRACULTURA. O evento, vocês sabem, acontece no Sesc Pompéia (Avenida Clélia, 93, São Paulo), às 19h30. Compromisso previamente marcado e carro na oficina impedem a besta aqui de testemunhar in loco . Se liguem na pauta e nos debatedores. A VERDADE MIMEOGRAFADA: IMPRENSA E LITERATURA ALTERNATIVAS A contracultura de certa forma subverteu as funções mais ortodoxas da arte e do jornalismo, trazendo por exemplo uma poesia instantânea, de intervenção, e um jornalismo carregado de subjetividade. Ao mesmo tempo, as publicações se beneficiaram de uma nova urgência e informalidade, criando a chamada poesia de mimeografo e uma miríade de publicações alternativas, que precederam experiências das décadas seguintes, como os fanzines e os blogs. CONVIDADOS: - Chacal (poeta, escritor e performance) RJ - Sergio Cohn (escritor e editor da Azougue) RJ - Xico Sá (escritor e jornalista) S

Bo Diddley (1928 - 2008)

O pioneiro do rock 'n' roll Bo Diddley, que influenciou roqueiros de Buddy Holly ao U2, morreu na segunda-feira aos 79 anos. Diddley morreu de falência cardíaca em sua casa em Archer, Flórida, disse em comunicado à imprensa a agência que o empresariava, a Talent Consultants International. "Um dos pais fundadores do rock'n'roll deixou o edifício que ajudou a construir", disse o comunicado. Bo Diddley sofreu um acidente vascular cerebral durante um show no Iowa em maio do ano passado e foi hospitalizado em Omaha, Nebraska. Em agosto do ano passado, sofreu um ataque cardíaco na Flórida. Em uma carreira que cobriu mais de cinco décadas, ele compôs um conjunto substancial de clássicos do rock, incluindo "Who Do You Love", "Bo Diddley", "Bo Diddley's a Gunslinger", "Before You Accuse Me", "Mona", "I'm a Man" e "Pretty Thing". Ele os tocava em uma guitarra retangular que era sua marca regis

"I Can't Stand Myself"

Assisti a um show do James Chance em Nova York há alguns anos. Saudades, saudades... Bom, fiquemos com I Can't Stand Myself , do homem e seus The Contortions, como trilha sonora da segunda-feira um tanto estranha.

So What e Juke Joint

E já que a leitura do domingo gélido é Kind of Blue - A História da Obra-prima de Miles Davis , de Ashley Kahn, lançado no Brasil pela editora Barracuda, vamos de So What - o tema mais conhecido e campeão de versões do disco de 1959. O álbum tem, além de Miles no trompete e nas rédeas, Julian "Cannonball" Adderley no sax alto, John Coltrane no tenor, Bill Evans e Wynton Kelly revezando-se no piano, Paul Chambers no baixo e Jimmy Cobb na bateria. Juke Joint R.I.P. E aconteceu nesta madrugada o último suspiro - que deve ter sido em alto e bom som - do Juke Joint. Minha intenção era ir jogar flores na sepultura e ver os meus amigos tocando. Porém, a correia dentada partida, me informa o mecânico de autos Ary, pôs fim aos meus planos de sábado à noite. Voltei de guincho para casa. Programão. E aos que lá estiveram, a minha mais sincera inveja.