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Ainda sobre Bo

"Eu abri portas para muita gente", disse Bo certa vez. "Mas daí todos entraram e me deixaram segurando a maçaneta."

Em 1993, numa viagem de Los Angeles a Nova York, tive a sorte de sentar ao lado de Bo Diddley. Ele foi simpático, mas estava cansado e não tirou o chapéu nem para dormir. Na chegada, me deu uma foto e assinou um autógrafo que, 15 anos depois, serve como um epitáfio perfeito para o homem: "Bo Diddley -Rock On!".


Trechos do escrito certeiro do Barcinski publicado hoje na Ilustrada, da Folha de S.Paulo.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu