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Mostrando postagens de novembro, 2012

Neste final de semana

Com a palavra, Edu K

Tesouros da Música

É de chorar a coleção Tesouros da Música, da Editora Lafonte. No decorrer de 2012, foram editados no Brasil “Tesouros do Led Zeppelin”, de Chris Welch, citado por mim na matéria "Espírito do Led Zeppelin retorna em shows e filme" , publicada em outubro passado no "Valor Econômico"; e “40 Anos de Queen”, de Harry Doherty, com prefácio assinado pelo guitarrista Brian May e pelo baterista Roger Taylor, acompanhado de um CD com uma entrevista da banda em 1977. Agora, neste mês de novembro, é a vez dos dois títulos que encerram o primeiro ciclo da coleção: “Tesouros dos Beatles”, de Terence Burrows, e “Tesouros do Nirvana”, de Gillian G. Gaar. Os livros vêm em caixas robustas muitíssimo caprichadas. Do conteúdo, brotam narrativas, registros fotográficos, dados biográficos e toda a série de reproduções fac-similes de itens raros, como flyers, contratos, pôsteres, ingressos, credenciais e set lists. Fetichista rocker e emotivo que sou, recomendo vivamente. Set list de um

Eu, um vida loka

Região central de Osasco. Início dos anos 2000. Mano Brown, dos Racionais MC's, e comparsas são os convidados da festa que comemora o aniversário de duas amigas minhas. Horas tantas, estamos todos na mesma roda. Um obscuro tema do funk setentista e o primeiro show do Public Enemy no Brasil, em 1991, vêm à baila. Eu conheço o tema. E, coincidentemente, estava na plateia da histórica apresentação dos norte-americanos na pista de atletismo do paulistano Ibirapuera – um dos números de abertura fora justamente o grupo de Brown, em rápida aparição pública. Dou algum tipo de informação pontual. Austera, a rapaziada surpreende-se. Um dos membros daquela confraria racional saúda o meu relato, acrescenta outros detalhes e diz: - Ô, mano! Deixa eu te falar um bagulho. A gente nunca trocou ideia, mas te trombo há milianos nas baladas do rap. Sempre com essas roupas pretas, de botas. Um visual doido e pá. Qual que é o seu rolê? Você é punk? Roqueiro? Curte um rap? Esboço a formulação

"Push the Sky Away"

Eis o nome e a capa do álbum de Nick Cave & The Bad Seeds a ser lançado em 18 de fevereiro de 2013.

Fotos

Diretamente de seu incrível acervo de imagens, o grandioso fotógrafo Ignácio Aronovich me envia recortes dos anos 1990. Fotos de um editorial, cujo tema eram chapéus, publicado na extinta revista "Venice". Aliás, o retrato impresso na publicação foi o segundo, já que o primeiro revela todo o meu estrabismo.

Enquanto isso, em 1970

Duo

"Back2Black discute cultura negra no Brasil e no mundo"

Entrevistei os músicos Hugh Masekela (foto), Martinho da Vila e Emicida, o cineasta Jeferson De, o escritor Marcelo Mirisola, o sociólogo Demétrio Magnoli e o pesquisador Renato Meirelles para batucar “Back2Black discute cultura negra no Brasil e no mundo”, texto publicado na edição desta quinta-feira, 22, do jornal “Valor Econômico”. Ei-lo aqui .
é difícil ter "consciência negra" ao lado desse cara > é difícil ter qualquer tipo de consciência ao lado dele > ao lado desse homem eu não sei mais nada > eu só sei uma coisa: é amor > agora, enquanto ele dorme, faço seu café > quando ele acordar, vou abrir um sorriso imenso > então sentaremos ali na cozinha a dar risada e eu me esquecerei a causa desse feriado assim que ele me enlaçar com os braços mais lindos que eu já vi em toda minha vida. (Fernanda D´Umbra)

"Me chama o Ronnie aí, por favor"

Enquanto isso, em 1992

"Jesus numa moto", uma versão

O amigo Reinaldo Bruxxo, do projeto Escola Brasileira de Música Contemporânea, avisa da homenagem prestada a Zé Rodrix (1947- 2009): a versão de "Jesus numa moto".

Com a palavra, Ferlinghetti

"Quando alguém escreve para valer é, em essência, um ativista. É importante agir. Não dá para ficar sentado em casa. Não fique sentado aí, seu estúpido, o mundo está em chamas (risos)." "Recusei o prêmio do PEN Club da Hungria depois de descobrir que parte do dinheiro vinha do governo daquele país, que hoje é um dos mais autoritários da Europa e cujo primeiro-ministro andou homenageando um nazista. Foi difícil negar o prêmio, porque € 50 mil é mais do que eu ganhei com poesia durante toda a minha vida, mas não tive escolha." "Eu me associei aos beats mais por ter sido editor deles. Mas minha poética é diferente. Minha poesia foi influenciada por franceses como Apollinaire, Jacques Prévert e outros voltados para a cultura europeia. Os beats não iam por esta linha. Havia outra diferença. Sou heterossexual. Metade dos beats era gay." (Lawrence Ferlinghetti, trechos da ótima entrevista concedida a Cassiano Elek Machado, publicada neste sábado, 17, no cad

Enquanto isso, em 1969

Aretha Franklin confere, e aprova, a cópia do álbum 'Aretha Franklin - Soul ‘69', nos estúdios da Atlantic Records, em Nova York. Fotos: Michael Ochs

Paciência

pa.ci.ên.cia sf (lat patientia) 1 Qualidade de paciente. 2 Virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta. 3 Qualidade de quem espera com calma o que tarda. 4 Perseverança em continuar um trabalho, apesar de suas dificuldades e demora. 5 Nome que se dá a vários entretenimentos com cartas de baralho ou com peças recortadas em diversos feitios e tamanhos, que se devem justapor para formar uma determinada estampa. 6 Bot Planta poligonácea (Rumex patientia); labaça. Paciência!: interjeição com que se exorta a essa virtude. Paciência de Jó: grande paciência, como a desse patriarca bíblico.

"Sombras nada más acariciando mis manos/ sombras nada más en el temblor de mi voz"

Nesta quinta-feira, 8

"I Charleston SP by Blubell"

Mesmo antes de conhecê-la pessoalmente, eu sempre gostei pacas do trabalho da cantora e compositora Blubell, com quem já dividi o palco em três agradabilíssimas ocasiões. Na foto acima, por exemplo, estamos no camarim do Bourbon Street Music Club, em São Paulo, onde participamos do show “A Brincadeira Favorita – Tributo a Leonard Cohen”, no último dia 24 de outubro. Pois bem, Blubell está envolvida em projeto colaborativo muito bacana chamado “I Charleston SP by Blubell”, uma homenagem videoclíptica à Paulicéia Desvairada. Para a viabilização do intento, que mistura dança e música, uma ação de crowfounding está em curso. E aqui há mais informações a respeito.

E por falar em São Paulo

Esses últimos dias não foram nada engraçados. Amigos foram assaltados com facas nas costas; um outro, refém, com arma na cabeça. Policiais nervosos desfilavam com metralhadoras em meio aos carros e motoristas apavorados enquanto os mortos d as madrugadas viravam manchetes. Esses últimos dias, ainda mais se somados aos últimos meses -e anos-, foram tristes. Mas não são apenas as ruas. Não é só culpa do tráfico ou das periferias. As nossas relações interpessoais estão mais violentas e mais mesquinhas do que nunca. Percebo, sobre a minha área de trabalho, na competição avacalhada, a ânsia em se dar bem a qualquer custo. Sinto o mesmo na conta do restaurante, em discussões nas mídias sociais, na guerra do trânsito. São Paulo está doente. E essa doença se espalha velozmente, como uma bala perdida, sem destino certo. Ano passado, viajando pela capital do Camboja, notei que, apesar das ruas não terem semáforos -mesmo em cruzamentos largos e complicados- não havia acidentes. Pergun

Rogério Duprat

Para a elaboração da matéria "Homem de Invenção", publicada no domingo, 4, no Caderno B, suplemento cultural do jornal "Gazeta de Alagoas", o repórter Luís Gustavo Melo me pediu um depoimento sobre o genial Rogério Duprat. E eu disse o segu inte: "O trabalho de Rogério Duprat fez toda a diferença na modernização da música popular brasileira. O maestro, que já havia assinado arranjos para bossanovistas de primeira hora, vinha do movimento vanguardista Música Nova e de estudos, na Europa, com Pierre Boulez e Karleinz Stockhausen, ofereceu uma inestimável e anárquica contribuição erudita ao tropicalismo, que por sua vez retomou os preceitos do antropofagia modernista de 1922. Uma retomada em plena revolução comportamental, política e estética dos anos 1960. A ideia de juntar Os Mutantes e Gilberto Gil na defesa de "Domingo no Parque", no III Festival de MPB da TV Record, em 1967, foi dele. Aliás, por esse arranjo Duprat sagrou-se o melhor da categoria n

"Pra quem a carapuça caiba"

Black Alien manda lembranças, senhoras e senhores: "Pra quem a carapuça caiba", rima nova.

"4'33"

Eu só conhecia "4'33", de John Cage, ao piano solo. Com orquestra, a composição fica ainda mais, digamos, poderosa.

Enquanto isso, em 1986