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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Angeli

Chá com Boris

Tomar o chá da tarde com o meu amigo Boris Karloff, durante as gravações de "Frankenstein", filme de James Whale, não tem preço. Estamos em 1931. Na maior curtição.
GLORINHA - "Amar não é querer o bem do outro?" CABRAL - "Não. Bobagem que eu dizia no tempo que eu era feliz: o amor é uma selvageria." Diálogo extraído de "Separações" (2002), um filme de Domingos Oliveira.

"Before the fire"

Eis aqui o novo clipe do Gallon Drunk. A direção é de Joachim Zunke.

Pôster

Proto-rolezinho oitentista

Ainda sobre a questão do rolezinho, lembro que nos anos 1980, eu, o Chininha e a Rebeca HC fomos expulsos do shopping Eldorado, em São Paulo. Nossa ideia era visitar uma amiga dela, vendedora de uma loja de discos. Na época, houve alguma confusão brava no Iguatemi, não lembro exatamente qual. Sei que estávamos os três zanzando pelo Eldorado, no inverno, todos devidamente paramentados. Em dado momento, alguns seguranças nos rodearam. Um deles, muito educado, perguntou a razão das nossas roupas e das inscrições nas jaquetas. Quando dissemos, o funcionário foi categórico: "Então, sumam daqui. Não gostamos de punk rondando as lojas. Vamos acompanhá-los até a saída". Demos uma protestada, a Rebeca citou o velho Bakunin aos berros, mas, molecadinha total, deixamos o estabelecimento.

"Meu, te amo para sempre!"

Tarde escaldante deste sábado, 11. Caminho determinado pela rua Augusta. Quero assistir à sessão das 17h30 de uma das estreias da semana nos cinemas: "Ninfomaníaca", de Lars Von Trier. Jogo com a sorte, afinal, o nome da cidade é São Paulo, e são 17h. Na calçada de uma das lojas colaborativas do quarteirão, há um sujeito de boné trucker fumando cigarro. Ao passar por ele, ouço: “Ô, Mickey Junkies!”. Em movimento, volto o olhar ao rapaz, esboço um sorriso de Monalisa e faço com as mãos aquele sinal bastante associado ao rock pesado. “Meu, te amo para sempre!”, afirma ele, na lata, sem a menor cerimônia. Não é sempre que manifestações públicas de apreço aos Mickey Junkies acontecem, mas, quando ocorrem, são de enternecer o coraçãozinho de pedra do marmanjo aqui. Diante da declaração, tímido feito um avestruz, só fiz botar a mão no peito e baixar um pouco a cabeça em reverência. Não sei o nome do cara. Pelo o que me informa a memória (que falha), também nunca o vi antes. O fato
Audrey Hepburn, "Breakfast at Tiffany's", 1961. Foto: Everett Collection/Rex Features
"A ansiedade é muito mais o outro do que eu, é muito mas muito mais uma projeção de slides de focas voadoras no planetário, ali onde sempre quis as pipocas, do lado de fora, as nuvens enjauladas do zoo, as mandalas do cérebro, a poesia dos vagalumes, quando me encantei, o caminho já estava trilhado, olhava para as estrelas no céu e sentia uma saudade, uma profunda saudade (do quê?) – e pronto." (Ciro Pessoa)

De novo

O canal Telecine Cult exibia "Annie Hall" (no Brasil, "Noivo neurótico, noiva nervosa"), 1977, no início desta madrugada. Acidentalmente, dei de cara com os primeiros minutos de fita e, claro, assisti pela enésima vez. É fascinante o poderio de uma obra de arte. Ao término da exibição, comovido, de novo, com uma série de aspectos da produção, com a utilização extremamente poética dos recursos da linguagem do cinema, fui ao exemplar de "Conversas com Woody Allen", de Eric Lax, para saber o que o diretor tinha a dizer a respeito daquilo tudo. E a alta madrugada corria. "No começo, era para "Noivo neurótico, noiva nervosa" ser uma coisa que acontecia na minha cabeça, e a história de amor com a Annie era uma parte grande, mas era só uma parte grande. Havia um milhão de outras digressões e outras cenas, outras ideias, e eu estava constantemente fazendo flashes da minha cabeça, dos meus pensamentos. Então concluímos que a história era tão forte qu