Tarde escaldante deste sábado, 11. Caminho determinado pela rua Augusta. Quero assistir à sessão das 17h30 de uma das estreias da semana nos cinemas: "Ninfomaníaca", de Lars Von Trier. Jogo com a sorte, afinal, o nome da cidade é São Paulo, e são 17h. Na calçada de uma das lojas colaborativas do quarteirão, há um sujeito de boné trucker fumando cigarro. Ao passar por ele, ouço: “Ô, Mickey Junkies!”. Em movimento, volto o olhar ao rapaz, esboço um sorriso de Monalisa e faço com as mãos aquele sinal bastante associado ao rock pesado. “Meu, te amo para sempre!”, afirma ele, na lata, sem a menor cerimônia. Não é sempre que manifestações públicas de apreço aos Mickey Junkies acontecem, mas, quando ocorrem, são de enternecer o coraçãozinho de pedra do marmanjo aqui. Diante da declaração, tímido feito um avestruz, só fiz botar a mão no peito e baixar um pouco a cabeça em reverência. Não sei o nome do cara. Pelo o que me informa a memória (que falha), também nunca o vi antes. O fato é que a espontaneidade do fumante barbado já é algo inesquecível. Na emoção contida, agradeço. E muito. Muito mesmo. A vida não se explica. No cinema, uma fila imensa. Sessão das 17h30 perdida. Ganhei o dia.
Tarde escaldante deste sábado, 11. Caminho determinado pela rua Augusta. Quero assistir à sessão das 17h30 de uma das estreias da semana nos cinemas: "Ninfomaníaca", de Lars Von Trier. Jogo com a sorte, afinal, o nome da cidade é São Paulo, e são 17h. Na calçada de uma das lojas colaborativas do quarteirão, há um sujeito de boné trucker fumando cigarro. Ao passar por ele, ouço: “Ô, Mickey Junkies!”. Em movimento, volto o olhar ao rapaz, esboço um sorriso de Monalisa e faço com as mãos aquele sinal bastante associado ao rock pesado. “Meu, te amo para sempre!”, afirma ele, na lata, sem a menor cerimônia. Não é sempre que manifestações públicas de apreço aos Mickey Junkies acontecem, mas, quando ocorrem, são de enternecer o coraçãozinho de pedra do marmanjo aqui. Diante da declaração, tímido feito um avestruz, só fiz botar a mão no peito e baixar um pouco a cabeça em reverência. Não sei o nome do cara. Pelo o que me informa a memória (que falha), também nunca o vi antes. O fato é que a espontaneidade do fumante barbado já é algo inesquecível. Na emoção contida, agradeço. E muito. Muito mesmo. A vida não se explica. No cinema, uma fila imensa. Sessão das 17h30 perdida. Ganhei o dia.
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