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Captain Beefheart (1941-2010)

Captain Beefheart

Ainda há tempo de celebrar a memória do mestre Don Van Vliet, conhecido como Captain Beefheart, morto na sexta-feira, 17. Para tanto, recorro ao Matias, que fez um daqueles podcasts temáticos de responsa dele. Ao saber da notícia, lembrei de uma entrevista que eu fiz com o Ry Cooder para a revista Bravo! há alguns anos. A conversa seguia num tom algo protocolar sobre a atuação do guitarrista norte-americano na difusão da música cubana pelo mundo ou mesmo os trabalhos do artista junto ao cineasta alemão Wim Wenders. Bastou eu citar o nome de Beefheart para Cooder - que aparece no álbum Safe as Milk, de 1967 - abrir o sorriso e o coração. “Foi onde tive mais liberdade, onde mais aprendi sobre o meu ofício. É um dos meus maiores orgulhos ter trabalhado com Captain Beefheart".

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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu