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Vocabulário e a Mulher-Gato

Adoro quando minhas suspeitas se confirmam. A primeira edição do Vocabulário, trama literária concebida por Marcelo Montenegro, Paulo Scott, Chacal e Marcelino Freire, realizada ontem no Centro Cultural B_arco Virgílio, foi, de fato, algo lindo de se ver e ouvir. Gente talentosa, convidada pelo quarteto – que também se manifestou forte, apresentando suas produções a uma platéia que não arredou o pé do auditório da embarcação. A palavra em destaque. Um show de prosa e poesia, essa inutilidade que nos é vital, como bradava um dos escribas. Longa vida ao Vocabulário. Já nasceu chutando.


E o que tem a ver a Mulher-Gato e a poesia? Tudo. A passagem de Kelly Key, em trajes da vilã, munida de chicotinho e tudo, pelo programa infanto-juvenil A Turma do Didi não me deixa mentir. Imagem das mais líricas deste domingo fetiche. É sério! Aconteceu há alguns minutos. Essas vilãs dos quadrinhos...

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu