Pular para o conteúdo principal

Canal Brasil exibe "O Cinema dos Meus Olhos"


O glorioso Canal Brasil exibe neste sábado, às 21h, o documentário O Cinema dos Meus Olhos, de Evaldo Mocarzel. Mais um dos acertos do premiado Evaldaço, meu antigo editor-chefe nos tempos do Estadão (já batuquei sobre aqui), o registro dá voz a jornalistas, críticos e realizadores. O assunto é a paixão obsessiva desses seres pelo cinema, e os primeiros filmes que deflagraram tal amor. Como bem informa a sinopse, trata-se de "uma afetuosa investigação minimalista, com lentes macro em hiper-plano-detalhe dos olhos" dos entrevistados. Captado durante a 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2006, o filme – que estreou na mesma mostra, só que na edição do ano passado - tem os dizeres surpreendentes de gente com os jornalistas Luiz Zannin Oricchio, Inácio Araújo, Maria do Rosário Caetano, Luiz Carlos Merten e Neusa Barbosa, entre outros, além dos cineastas Arnaldo Jabor, Ivan Cardoso, Kátia Lund, Cao Hamburger, Lírio Ferreira, Tata Amaral e Walter Salles, o diretor de fotografia Walter Carvalho e o alemão Wolfgang Becker. Tem até eu falando, vejam só. Comento que, por mais estranho que possa parecer, a produção que me fez um cinéfilo foi o horrendo épico católico Marcelino Pão e Vinho (1955), de Ladislao Vajda. Fui aluno de colégio de freiras e a exibição do filme, a narrativa de um órfão criado por monges e que conversa, e é correspondido, com uma empoeirada estátua de Jesus crucificado abandonada no sótão do mosteiro, foi determinante para que eu compreendesse a magia que estava ali diante dos meus quatro olhos – sempre usei óculos. Marcelino Pão e Vinho é pavoroso, mas tem grande importância para formação do meu, parco, repertório audiovisual. Bom, amanhã, domingão, O Cinema dos Meus Olhos também será exibido pelo canal por assinatura às 14h. Recomendo muito.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ah, "Picardias estudantis"

Phoebe Cates: intérprete, entre outras, da inesquecível sequência da piscina Noite dessas, eu revi Picardias estudantis (1982), cujo título original, só pra constar, é Fast times at Ridgemont High . Não assistia ao filme, escrito por Cameron Crowe e dirigido por Amy Heckerling, há muitos anos e tive, claro, ótimos momentos diante da tela. Sobretudo por ter a produção um daqueles, como diria o rei Roberto, meus amores da televisão: a atriz Phoebe Cates. No papel da sensualíssima Linda Barrett, Cates, à beira da piscina, em seu biquíni vermelho, é uma das imagens mais encantadoras já produzidas em toda a história do cinema. Feito aqui o registro, voltemos à nossa programação normal.

Executivo e produtor, Marcos Maynard fala de rock, indústria fonográfica, processos e cores

O empresário Marcos Maynard durante encontro de mídias sociais em São Paulo. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra Em 2011, fui sondado por uma revista para ser o redator de uma entrevista já feita por outro jornalista. Havia o registro de uma longa conversa entre o repórter e Marcos Maynard, ex-presidente de grandes gravadoras entre os anos 1980 e 2000 e, atualmente, dono do passe do Restart, do CW7, entre outras. Aceitei a encomenda. Entrei em contato com o colega de ofício, sujeito de quem sempre admirei o trato com as palavras, e combinamos dele me enviar o arquivo por e-mail. Ao chegar na minha caixa de mensagens, o link do dito cujo só apresentava os dois primeiros minutos de diálogo. Novo envio, mesmo erro. Tentamos outro desses serviços estrangeiros de compartilhamento. Nada. Fui à casa do jornalista – início de noite agradável, temos diversos amigos em comum, mas não nos conhecíamos pessoalmente. Ele salvou e me deu o material em pen-drive. Mas, de novo, lá estavam só os mesmos dois...