Fiz algo de bom a minha pessoa ontem. Testemunhei O Natimorto – Um Musical Silencioso, texto de Lourenço Mutarelli, adaptado e dirigido pelo mestre Mário Bortolloto, com a assistência da Fernanda D’Umbra. Coisa séria. Portanto, se o caro leitor quiser proporcionar algo de bom a si mesmo, vá ao Espaço Parlapatões e presencie as atuações estupendas de Nilton Bicudo, Maria Manoella e Martha Nowill numa história de solidão conjugada, fumo desenfreado, bipolaridade e tomates que ferem a alma. Algo que me fez um bem danado. Tem até música do grandioso La Carne pra conduzir a platéia à rua.
Isso sem contar que na saída do espetáculo, ao tentar me recompor da experiência sob a brisa da praça Roosevelt – lugar que freqüentei tanto, onde aprontei tanto, nos tempos imemoriais do Cais, Hoellisch e Der Tempel -, encontrei o milenar Gilsão trajando uma camiseta do Hezbollah e tive agradável conversa com o escritor Marcelo Mirisola. Entre outras, o homem me contou que em março lança novo livro. Vai se chamar Proibidão, uma coletânea de textos dele que foram censurados por editores de revistas, jornais e por departamentos jurídicos de portais da internet. "O lançamento vai ser aqui mesmo na praça", avisou. É, Mirisola está armado. Vem chumbo grosso por aí.
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Abraço, e até breve,
M.M