Pular para o conteúdo principal

Fidel e o cansaço



Após governar Cuba por quase meio século, Fidel Castro, renunciou ao poder nesta terça-feira, 19. Por meio de uma carta publicada no Granma, periódico do Partido Comunista Cubano, "El comandante" se despede oficialmente do jogo político - algo que vem acontecendo desde de julho de 2006, quando, pós-operado do intestino, transmitiu a direção da ilha ao irmão, Raúl. Estou tentando me lembrar de outro ditador que tenha colocado o cargo à disposição. Normalmente, eles são depostos, morrem assassinados ou dão fim às próprias vidas. Renunciar, ainda que no limite das forças, é prova da sagacidade do líder. Soa até como um ato democrático do controverso ícone esquerdista.

Comentários

E o que dizer sobre esse blusão da Adidas ostentado por "El ex-Comandante"?
Anônimo disse…
Demais né? Controverso é pouco. Está quase um rapper. ahaha. Muitíssimo bem observado.
Anônimo disse…
Uma piadinha:
Fidel Castro morreu, e foi pro céu. Chegando lá, pôs as malas no chão e foi ter com o Criador, que, ao vê-lo, foi logo sentenciando:
-"Sinto muito, meu filho. Mas foste um comunista ateu em vida. Por isso, seu lugar não é aqui..."

Sendo assim, Fidel foi despachado para as profundezas do inferno. Lá chegando, foi calorosamente recepcionado pelo coisa-ruim:
-"Fidééél! Como vai, comandante? Eu estava louco pra recebê-lo, conversar contigo...aquelas execuções hein? Que beleza..."
Fidel respondeu:
-"Sí senhor Diablo, pero...squeci mi malas en el paraísso..."
-"Ora, sem problemas comandante!" -disse o Diabo, e chamou dois demoninhos que por lá estavam: "Ei vocês, dêem um pulo lá no céu, e peguem as malas do Comandante!"
Eles foram. Chegando no céu, os portões estavam fechados. Avistaram as malas do lado de dentro, e disseram: "bem, vamos pular logo o muro pra pegar as tais malas...Faz escadinha aí pra eu subir..."

Quando os dois demônios tentavam escalar os portões do céu, o anjo Gabriel comentou com São Pedro:
-"Não falei, Pedrão? Não faz nem cinco minutos que o cara chegou no inferno, e já pintaram esses dois dissidentes..."
Anônimo disse…
ahaah. boa essa.
Anônimo disse…
Úia, achei vossa pessoa aqui! Poizé Seo Carneiro, disse bem, difícil lembrar de um deles que tenha "saído" sem ser morto, suicidado ou deposto. O mais legal foi o comentário do Bush, lá em visita nas arábia: "Agora é torcer pra uma transição democrática.. etc. etc...". E dizendo isso lá onde mulher nem vota. Parem o mundo que eu quero descer. Grande abraço meu velho. Aparece lá no chicão pra umas cerva com a classe trabalhadora. Um brinde!
Anônimo disse…
Para o mundão mesmo, mestre. ahaha. Grande presença. Brindemos no chicão. Vão pegar estrada no final de semana, né? Mandem brasa lá. Abs
Pantha disse…
O Fidel tá de Roupa Nova e foi numa festa , gela e cuba livre e na vitrola ... ( musica cubana é claro!)
Agora cuba vai faze bomba e eu quero ve cubalança... heheheh!!!

Saravá amigo!

Postagens mais visitadas deste blog

Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu