Em 2001 eu flanava por Nova York. Ao modo explorador, partia do lendário apartamento divido por Edu Mussi e Dennis Bold, em Greenpoint, no Brooklyn, sem rumo certo. Eram longas e aprazíveis aquelas tardes de verão pré-11 de setembro. Numa delas, soube, talvez pelo "Village Voice", que Joe Strummer (1952 - 2002) estaria na cidade. Por conta do lançamento de “Global a go-go”, segundo álbum dele em parceria com os Mescaleros, um pocket show, seguido de sessão de autógrafos, aconteceria num dos andares da finada Virgin Megastore, na Union Square, em Manhattan. Evidentemente, me dirigi ao local. Esperava uma multidão indócil. Para minha surpresa, havia uma plateia, digamos, reduzida. O sujeito e seus comparsas executaram uma série de canções diante de nós. Isso com aquela paixão que eu via nos clipes do Clash. Ao término da apresentação intimista, boquiaberto, me aproximei do Strummer. Ele me saudou com uma expressão tipicamente jamaicana. Retribui, informando-o, na sequencia, d...