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Voz na Flip


Já estive na Flip - Festa Literária Internacional de Paraty algumas vezes. Seja na operação de som do espetáculo “Solidão Continental” (2011), com o saudoso e imenso escritor João Gilberto Noll, ou com os Trovadores Do Miocárdio, numa apresentação épica de 2016. Em outras ocasiões, apenas flanei – o que foi ótimo também. Não participarei da edição 2018 da feira. Não de corpo presente. Quem estará lá é a minha voz. Num dos momentos de "Hilda Hilst pede Contato“, da cineasta Gabriela Greeb, um longa-metragem, híbrido de documentário e ficção, sobre as experiências de uma das maiores escritoras brasileiras no campo da transcomunicação instrumental (grosso modo, o diálogo entre vivos e mortos através de aparelhos eletrônicos). A diretora convidou algumas pessoas para interpretações de trechos da robusta produção de Hilda. Tenho o privilégio de ser um dos convidados. Entre outros escritos que tive a oportunidade - e o deleite - de narrar está “Ama-me”, poema estupendo. A sessão inaugural da obra acontece nesta quinta-feira, 26, às 21h30, no Cinema da Praça de Paraty. A estreia em circuito comercial ocorre no dia 2 de agosto. Toda sorte ao filme. Viva Hilda Hilst.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu