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Voz na Flip


Já estive na Flip - Festa Literária Internacional de Paraty algumas vezes. Seja na operação de som do espetáculo “Solidão Continental” (2011), com o saudoso e imenso escritor João Gilberto Noll, ou com os Trovadores Do Miocárdio, numa apresentação épica de 2016. Em outras ocasiões, apenas flanei – o que foi ótimo também. Não participarei da edição 2018 da feira. Não de corpo presente. Quem estará lá é a minha voz. Num dos momentos de "Hilda Hilst pede Contato“, da cineasta Gabriela Greeb, um longa-metragem, híbrido de documentário e ficção, sobre as experiências de uma das maiores escritoras brasileiras no campo da transcomunicação instrumental (grosso modo, o diálogo entre vivos e mortos através de aparelhos eletrônicos). A diretora convidou algumas pessoas para interpretações de trechos da robusta produção de Hilda. Tenho o privilégio de ser um dos convidados. Entre outros escritos que tive a oportunidade - e o deleite - de narrar está “Ama-me”, poema estupendo. A sessão inaugural da obra acontece nesta quinta-feira, 26, às 21h30, no Cinema da Praça de Paraty. A estreia em circuito comercial ocorre no dia 2 de agosto. Toda sorte ao filme. Viva Hilda Hilst.

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