Pular para o conteúdo principal

"Rock'n'roll? O que é isso, Carlos?"


Ilustração extraída de O Caricato

Acompanhado da mãe, garotinho de uns seis, sete anos passa por mim e, no final do discurso que faz aos quatro ventos, solta um "rock’n’roll". A mãe, que o traz pela mão e segue pela calçada a passos firmes, pára, de súbito. "Rock’n’roll? O que é isso, Carlos?", indaga ela, surpresa e grave, ao menino. Como o ângulo de visão de nossos trajetos já tinha sido comprometido – àquela altura eu estava de costas para eles -, e a algazarra da região central da cidade inundava o ar, foi impossível ouvir a resposta do moleque. O que, curioso e dado a obsessões que sou, lamento profundamente. Desde o ocorrido, não consigo parar de pensar no que teria dito a criança a respeito da expressão proferida. Ou ainda: qual a bronca da mãe com o gênero musical criado pela negrada norte-americana. Eis mais uma das dúvidas que se acumulam na minha lista de incertezas. Mais uma das sentenças sem resposta que levarei comigo até o último dos dias.

Comentários

Anônimo disse…
black is beautiful, man.
Anônimo disse…
tem algumas pergunta(s) que precisam ficar sem resposta(s)...por isso eu vou dar uma salve p/ esse "voodoo child"!
rodrigo carneiro disse…
muito voodoo child. e que venham as próximas questões.

Postagens mais visitadas deste blog

Simpatia e Gente Fina

Eu já disse aqui que "não há o que discutir, Redator & Jornalista é o melhor nome de dupla sertaneja de todos os tempos". Porém, na manhã de hoje, soube da existência do duo Simpatia e Gente Fina. Impactado pela descoberta, por muito pouco não mudei de opinião. Agora, passado o impacto inicial, pós-seríssima reflexão, ainda continuo achando Redator & Jornalista um nome imbatível. No entanto, Simpatia e Gente Fina já figura em destaque no meu Olimpo particular das denominações. Capa mais linda.

Ah, "Picardias estudantis"

Phoebe Cates: intérprete, entre outras, da inesquecível sequência da piscina Noite dessas, eu revi Picardias estudantis (1982), cujo título original, só pra constar, é Fast times at Ridgemont High . Não assistia ao filme, escrito por Cameron Crowe e dirigido por Amy Heckerling, há muitos anos e tive, claro, ótimos momentos diante da tela. Sobretudo por ter a produção um daqueles, como diria o rei Roberto, meus amores da televisão: a atriz Phoebe Cates. No papel da sensualíssima Linda Barrett, Cates, à beira da piscina, em seu biquíni vermelho, é uma das imagens mais encantadoras já produzidas em toda a história do cinema. Feito aqui o registro, voltemos à nossa programação normal.