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Entenda o mod



No ano passado eu batuquei o release do meu amigo Edgard Scandurra. Tinha esquecido de postar aqui no blog.

Com novos show e banda, Edgard Scandurra prepara-se para o lançamento do primeiro DVD da carreira solo

Por Rodrigo Carneiro

Edgard Scandurra está novamente nas ruas. Sim, nas ruas, onde, como já afirmou em canção presente no clássico Vivendo e não aprendendo, lançado pelo Ira! em 1986, se sente bem. Percorre os palcos do Brasil com seu mais recente show: uma combinação irresistível de peças extraídas do repertório dos álbuns solo Amigos invisíveis (1989), Dream pop (2003) e Amor incondicional (2006); composições conhecidas e obscuras do Ira! e produções inéditas.

E por falar em Amigos invisíveis, vale lembrar que trata-se de um álbum gravado exclusivamente pelo músico paulistano da classe de 1962. “Passei um mês no estúdio gravando tudo sozinho. Toquei até instrumentos que eu não sabia. Violino e piano, por exemplo”, diz Scandurra, que enumera a estética mod, a fiel tradução de seus anseios artísticos no final da década de 1980 e a sinceridade algo juvenil como principais características daquele conjunto de 12 composições. Algo que lhe é muito caro.

Tanto que em 2009, o músico revisitou o trabalho e produziu o DVD Amigos invisíveis, 20 anos. Gravado no Teatro Fecap, em São Paulo, o registro audiovisual deve ser lançado em 2010 e contou com uma série de participações especiais. Nele, é possível ver Fernanda Takai, do Pato Fu, cantando "Tolices"; Guilherme Arantes em cena com "Meu mundo e nada mais"; Jorge Du Peixe, da Nação Zumbi, interpretando "Você não sabe quem eu sou" e Bárbara Eugênia ronronando "Culto de amor". Isso sem contar a versão para “Our love was", de Pete Townshend, do The Who, na voz da holandesa Charlie Crooijman e "Abraços e brigas", em dueto com Zélia Duncan.

Os músicos Dustan Gallas (teclado), Felipe Maia (bateria) e – o bebê eternizado na contracapa de Amigos invisíveis – Daniel Scandurra (baixo) integram a banda que acompanha Scandurra nessa nova fase. “São ótimos músicos de uma nova geração que invadiu o underground paulistano”, diz ele sobre os companheiros, lembrando ainda que, em determinadas ocasiões, as cantoras Juliana R. e Marisa Brito assumem os backing vocals das apresentações.

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