
Sim. Há controvérsias quanto ao título de Rei do Rock. Negro, gay, escandaloso, metido em roupas absurdas, o reverendo Little Richard sempre chamou para si a responsa. Com tantos atributos, não tenho como discordar da tia - é Rei e Rainha ao mesmo tempo. E tem outros na disputa. Acontece que Elvis Presley, figura a quem venderam manto e coroa, serviu também para empacotar toda uma estética rocker e fazê-la chegar ao grande público. Notemos que eram os anos 1950. Ainda assim o homem era um arraso. Independente das questões da indústria fonográfica e do racismo entertainment, tinha voz, presença de palco, cabelos pretos tingidos – fã de Roy Orbison e do ator Tony Curtins - e apelo sexual irresistíveis. Caminhoneiro e desprovido de formação, conhecia e respeitava a cultura musical da negrada. Não por acaso, tornou-se um dos grandes mitos do século passado e continua a gerar dividendos – e paixões – nos dias que correm. Faria 75 anos hoje. Um brinde à memória do artista.
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