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Os 75 anos de Elvis Presley

Elvis Presley em ação: Shake, Rattle and Roll

Sim. Há controvérsias quanto ao título de Rei do Rock. Negro, gay, escandaloso, metido em roupas absurdas, o reverendo Little Richard sempre chamou para si a responsa. Com tantos atributos, não tenho como discordar da tia - é Rei e Rainha ao mesmo tempo. E tem outros na disputa. Acontece que Elvis Presley, figura a quem venderam manto e coroa, serviu também para empacotar toda uma estética rocker e fazê-la chegar ao grande público. Notemos que eram os anos 1950. Ainda assim o homem era um arraso. Independente das questões da indústria fonográfica e do racismo entertainment, tinha voz, presença de palco, cabelos pretos tingidos – fã de Roy Orbison e do ator Tony Curtins - e apelo sexual irresistíveis. Caminhoneiro e desprovido de formação, conhecia e respeitava a cultura musical da negrada. Não por acaso, tornou-se um dos grandes mitos do século passado e continua a gerar dividendos – e paixões – nos dias que correm. Faria 75 anos hoje. Um brinde à memória do artista.

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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu