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Jackson e a nossa peculiar forma de orar



Comemoramos o aniversário do Brandão ontem sob o impacto da notícia da morte de Michael Jackson. Antes do show intimista do Mamelo Sound System no espaço cultural Rio Verde – lugal muito bacana, por sinal -, banda e platéia, repleta de amigos, trocaram impressões sobre o papel fundamental do homem no universo pop, os serviços prestados à expressão corporal, as incríveis canções escritas, os processos judiciais, a excentricidade. Em suma, o privilégio de ter acompanhado o desenvolvimento de um dos artistas - trágicos - mais importantes do século XX. Terminada a apresentação, Brandão anunciou uma surpresa motivada pelas circunstâncas: a querida Mônica, professora de dança com especialização em street dance, requebrou ao som de Billie Jean, beat certeiro disparado pelo DJ PG. Hipnotizados pelos passos jacksonianos precisos da Mônica, todos ali presentes bateram palmas e cantaram juntos versos como She was more like a beauty queen from a movie scene/I said don’t mind, but what do you mean I am the one/Who will dance on the floor in the round/She said I am the one who will dance on the floor in the round… Foi uma peculiar forma de oração. Arrisco a dizer que o rei do pop aprovaria.

Lembrei do meu humilde voto de parabéns quando dos 50 anos dele.

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