Pular para o conteúdo principal

Dom Salvador é o máximo

Surrupiei esse maravilhoso vídeo do Dom Salvador e a Banda Abolição do blog do jornalista Ronaldo Evangelista – que apresenta, ao lado dos também colegas de ofício Paulo Terron e José Flávio Jr, o anárquico podcast Qualquer Coisa (está engraçadíssimo, rapazes!). Trata-se de uma passagem do grupo pelo programa de TV Elis Especial, comandado por Elis Regina nos anos 1970. Uma Vida é o nome da canção e Elis solta o voz com a rapaziada black power. Lindo.




Nessa toada, lembrei da última aparição de Dom Salvador no Brasil. Em junho de 2007, o mestre fez apresentações por aqui e, claro, encomendei uma matéria ao bravo repórter AD Luna. Assistimos a um show incrível, o AD fez a entrevista para o Showlivre.com e eu batuquei o textinho abaixo.

Arquiteto do samba-jazz, o pianista e compositor paulista Dom Salvador é a estrela desta edição do Mão na Massa - o programa acompanhou a concorrida apresentação feita por ele neste domingo, 17, no Sesc Pompéia, em São Paulo. Vivendo em Nova York desde 1973 e prestes a lançar um novo álbum, Dom Salvador Trio (Biscoito Fino), o músico passou quase três décadas sem se apresentar no Brasil, à exceção de uma rápida aparição no Chivas Jazz Festival de 2003. "Não me chamavam", diverte-se Salvador. "Foi culpa minha também. Fiquei muito envolvido com o meu trabalho nos Estados Unidos, mas agora pretendo voltar mais vezes", garante. Quem também se manifesta no programa é o baterista Duduka da Fonseca, parceiro constante do pianista nos EUA desde os anos 80. "Salvador é um músico fantástico. Antes de tocar com ele, matei muita aula para escutar os ensaios feitos em Ipanema nos anos 60", conta o baterista, que, ao lado de baixista Sérgio Barroso e do saxofonista norte-americano Dick Oatts, integra o trio.

Comentários

Pantha disse…
Porra, Carneiro esse video é fantástico...!
Anônimo disse…
Maravilha, né?

Postagens mais visitadas deste blog

Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu