Sou fã do Ademir Assunção e ontem pude vê-lo em ação. O poeta paulista apresentou o espetáculo lírico & musical Rebelião na Zona Fantasma , na Biblioteca Alceu Amoroso Lima. Entre segunda e quarta-feira ele ministrou por lá o curso Poesia na Idade Mídia (quisera eu ter feito) e, para arrematar, acompanhou-se de Renato Oliveira (guitarra), Ricardo Garcia (percussão), Reinaldo Chulapa (baixo) e Madan (violão e vocais) num spoken word febril no auditório. No repertório, muito do disco Rebelião na Zona Fantasma (2005) e um dos poemas proferidos é daqueles que batem sem dó, O Coisa Ruim – do livro Zona Branca (Altana), de 2001, presente do amigaço Jotabê Medeiros . O Coisa Ruim me querem manso cordeiro imaculado sangrado no festim dos canibais me querem escravo ordeiro serviçal salário apertado no bolso cego mudo e boçal me querem rato acuado rabo entre as pernas medroso um verme, pegajoso mas eu sou osso duro de roer caroço faca no pescoço maremoto tufão furacão mas eu sou cão ladro ...
Samplers literários, produções próprias, citações de terceiros e quartos, autopromoção desavergonhada, convites irrecusáveis, beijos roubados, blablablás, terrorismo esporte fino e outros delírios num blog de Rodrigo Carneiro, seu criado