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Surfar o caos

Timothy Leary, criador do mantra: "ligue-se, sintonize-se e caia fora"

"Viver é surfar o caos. Você não pode modificá-lo, mas pode aprender a lidar com ele surfando seus limites. Tem mais, meu caro: ninguém é realmente místico por mais de cinco minutos. Não está contente ainda? Te digo uma coisa que aprendi na minha vida, aprendi muito profundamente: toda a realidade que nos cerca não passa de uma opinião". Foi o que disse, no leito de morte, Timothy Leary (1920 - 1996), a Claudio Tognolli – de quem eu tive o privilégio de ser aluno na faculdade de jornalismo. É o primeiro parágrafo de uma bela reportagem publicada em uma edição de 2008 da revista Galileu. A saber: o Leary foi co-orientador de mestrado do Tognolli, que por sua vez é autor do prefácio da autobiografia do papa da lisergia, Flashbacks - Surfando no Caos (Editora Beca).

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu