Estrada
Um automóvel de segunda mão,
a estrada.
Eu & meu terno,
amassados de ontem,
voltando para casa sozinhos.
A essa altura da manhã,
os raios solares têm a determinação
dos jogadores de rugby,
explodem inclementes no pára-brisa.
Os óculos escuros avariados,
cigarro pendendo no canto do lábio,
o sono comprometido por devaneios infundados,
dama de copas (você) na imaginação
& à frente
só informações turvas
nas placas de sinalização.
Súplica de verão*
Deixa a regata do Kiss
Um suvenir sentimental
Quando tudo mais ruir
É onde eu vou me agarrar
Arde o sol d’O Estrangeiro
Tua epiderme vai queimar - é um alerta
Já incompleto por inteiro
Eu suplico: amor, não vá
* pode ser de inverno também. aliás, em que estação do ano estamos mesmo?
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