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Semana Mário Bortolotto no Pé na Porta e os automotores



Como os senhores bem sabem, a Semana Mário Bortolotto está em curso no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo. Encomendei um Pé na Porta sobre o evento que começou nesta quarta-feira e vai até domingo. Grandioso Mário. Eu iria ontem, mas ao invés de acompanhar o debate sobre HQ e Literatura, fui obrigado a voltar para casa na companhia do motorista do caminhão-guincho da minha seguradora. Gente finíssima o motora, aliás. Já me socorreu em outra ocasião e ficamos lembrando da ocorrência. Ontem, o carro, comprado há apenas seis meses, me deixou na mão na avenida Heitor Penteado. Estava eu, feliz da vida, a caminho do Itaú. É nessas horas que eu penso: odeio tudo ligado aos automotores. Condutor medíocre, dirijo por obrigação e comodidade. Só tirei carteira de motorista aos 24 anos – antes disso, só tênis, skate, coturno, bota de bico fino e carona. Muita carona. Passo mal ao menor sinal de engarrafamento. Nunca assisti a uma corrida de fórmula 1. Apanho para trocar pneu. E como o ódio anda de mãos dadas com a ignorância, não sei nada de mecânica. Faço a manutenção básica de um veículo só para não ter problema, de modo burocrático. Se algum profissional do ramo disser que duendes existem e moram nas engrenagens do motor ou que nascem margaridas na bomba de gasolina, eu acreditarei. Meu carro está no mecânico agora. Vejamos a fábula que vão me contar. Detesto isso tudo.

Comentários

Helena Hutz disse…
lembrei de um "tio patinhas" que o donald encontra "pistões" falantes, de outro planeta, dentro do seu carro (q tem um número certo, mas não lembro, 301? 311? 313?)... sei lá, lembrei disso.
rodrigo carneiro disse…
Legal, Helena. Pistões falantes seriam bem úteis para motoristas como eu.

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