Fernanda Torres em A Casa dos Budas Ditosos: sexo
Tive o prazer de assistir ontem a uma das coisas mais excitantes da paróquia: o espetáculo A Casa dos Budas Ditosos com Fernanda Torres. Acho Fernandinha (se liga na intimidade, ahaha! Pobre de mim, nem a conheço pessoalmente) uma das mulheres mais interessantes – pra não dizer logo sexies - dos nossos palcos, telinhas e telões. Acompanho-a caninamente desde, sei lá, Eu Sei Que Vou Te Amar (1986), de Arnaldo Jabor, filme pelo qual ela faturou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. A atuação dela no cinema é invejável. A lista de acertos é longa. A vi também algumas vezes no teatro, The Flash e The Crash Days (1992) e O Império das Meias Verdades (1993), ambas peças dirigidas por Gerald Thomas, ou ainda Duas Mulheres e um Cadáver (2000), de Patrícia Melo, Em suma, estou sempre ligado nas aparições dela por aí (lembrei agora de uma célebre entrevista concedida por ela à revista Trip de maio de 2000, um arraso). Posto isso, era uma falha gravíssima em meu currículo de admirador da atriz não ter testemunhado ainda a interpretação do texto sacana de João Ubaldo Ribeiro. Trata-se de um monólogo adaptado pelo mestre Domingos de Oliveira do romance A Casa do Budas Ditosos, escrito por Ubaldo para a coleção Plenos Pecados da Editora Objetiva. Nele, uma baiana fogosa de 68, moradora do Rio de Janeiro, narra as incontáveis peripécias sexuais e as estripulias químicas de modo desconcertante. Diz o autor que quando aceitou a encomenda da editora para escrever sobre luxúria, o manuscrito do testemunho ardente da mulher chegou a sua porta. Conversa! Recurso criativo do escritor. O cara inventou tudo e cometeu um livro delicioso lançado em 1999. Mas voltando ao espetáculo teatral - em curtíssima-temporada no Citibank Hall -, o que se tem ali é Fernandinha no centro do palco, com domínio de cena absurdo, seduzindo os presentes com as afirmações da baiana do Ubaldo. “A vida é foder”, diz a personagem lá pelas tantas. Eu não discordo. Não mesmo.
Tive o prazer de assistir ontem a uma das coisas mais excitantes da paróquia: o espetáculo A Casa dos Budas Ditosos com Fernanda Torres. Acho Fernandinha (se liga na intimidade, ahaha! Pobre de mim, nem a conheço pessoalmente) uma das mulheres mais interessantes – pra não dizer logo sexies - dos nossos palcos, telinhas e telões. Acompanho-a caninamente desde, sei lá, Eu Sei Que Vou Te Amar (1986), de Arnaldo Jabor, filme pelo qual ela faturou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. A atuação dela no cinema é invejável. A lista de acertos é longa. A vi também algumas vezes no teatro, The Flash e The Crash Days (1992) e O Império das Meias Verdades (1993), ambas peças dirigidas por Gerald Thomas, ou ainda Duas Mulheres e um Cadáver (2000), de Patrícia Melo, Em suma, estou sempre ligado nas aparições dela por aí (lembrei agora de uma célebre entrevista concedida por ela à revista Trip de maio de 2000, um arraso). Posto isso, era uma falha gravíssima em meu currículo de admirador da atriz não ter testemunhado ainda a interpretação do texto sacana de João Ubaldo Ribeiro. Trata-se de um monólogo adaptado pelo mestre Domingos de Oliveira do romance A Casa do Budas Ditosos, escrito por Ubaldo para a coleção Plenos Pecados da Editora Objetiva. Nele, uma baiana fogosa de 68, moradora do Rio de Janeiro, narra as incontáveis peripécias sexuais e as estripulias químicas de modo desconcertante. Diz o autor que quando aceitou a encomenda da editora para escrever sobre luxúria, o manuscrito do testemunho ardente da mulher chegou a sua porta. Conversa! Recurso criativo do escritor. O cara inventou tudo e cometeu um livro delicioso lançado em 1999. Mas voltando ao espetáculo teatral - em curtíssima-temporada no Citibank Hall -, o que se tem ali é Fernandinha no centro do palco, com domínio de cena absurdo, seduzindo os presentes com as afirmações da baiana do Ubaldo. “A vida é foder”, diz a personagem lá pelas tantas. Eu não discordo. Não mesmo.
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