De Londres, mestre Thomas Pappon tem postado registros ao vivo do Fellini no Youtube. São vídeos de performances da banda no Madame Satã, na boate Off, em Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras praças. Uma maravilha. Assistindo às imagens, lembrei de uma entrevista que fiz com eles – Pappon e Cadão Volpato - para a Trama.com, quando do lançamento de Amanhã é tarde, de 2002. Tá aqui
Desde a conversa, Pappon lançou mais um dos discos do The Gilbertos, Deite-se ao meu lado (2004), e voltou aos trabalhos com o Smack – saiu um EP, Smack 3, no ano passado. Já Volpato editou outro livro, Questionário, estreou como artista solo, com o álbum Tudo que eu quero dizer tem de ser no ouvido, ambos de 2005, e tem publicado belos textos por aí.
Entre a conversa e os dias que correm, o Fellini também teve canções incluídas em duas compilações internacionais a respeito do pós-punk brasileiro, Não Wave - Brazilian Post Punk 1982-1988 e The Sexual Life of the Savages - Underground Post-Punk from Brazil – batuquei uma matéria para a Ilustrada, da Folha de S. Paulo, na ocasião. O link está aqui, mas quem não for assinante do jornal pode ler abaixo. Ainda na toada felliniana, houve uma ameaça de tributo à banda, mas, ao que parece, o projeto morreu antes de chegar na praia. Bom, salve Fellini.
São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2005
MÚSICA
Selos europeus lançam discos de pós-punk brasileiro
Fellini, Mercenárias e Akira S & as Garotas que Erraram estão nos álbuns que saem na Alemanha e no Reino Unido
RODRIGO CARNEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Duas décadas após ter passado desapercebido pelo grande público, o pós-punk brasileiro é tema de duas compilações internacionais: "Não Wave - Brazilian Post Punk 1982-1988", que acaba de ser lançada na Alemanha pelo selo Man Recordings, e "The Sexual Life of the Savages - Underground Post-Punk from Brazil", da gravadora inglesa Soul Jazz, que chega às lojas do Reino Unido no dia 9.
A gravadora preparou ainda uma edição limitada em vinil de sete polegadas com "Pânico", das Mercenárias, e "Rock Europeu", do Fellini. Em julho, as Mercenárias farão o show oficial de lançamento do álbum na Inglaterra.
"Fui correndo comprar o sete polegadas. Foi a realização de um sonho antigo, o de ter um disco lançado na Inglaterra", diz Thomas Pappon, 44, integrante do Fellini, do Voluntários da Pátria e do Smack, que vive em Londres desde meados da década de 90.
Os discos têm diferenças sutis entre si. "Não Wave", por exemplo, traz em seu repertório uma música inédita do Ira!, "Lá Fora Pode até Morrer"; o punk funk dos cariocas do Black Future; "Prince no Deserto Vermelho", da "superbanda underground" AKT, formada por integrantes dos grupos De Falla (Porto Alegre), R. Mutt (Belo Horizonte), Mercenárias e Bruhaha Babélico (SP); e "Agentss", do Agentss.
"The Sexual Life of the Savages" é mais paulistana e tem a dissonância dark do Smack; "Madame Oráculo", do Nau, que revelou Vange Leonel; o groove inventivo do Gueto; dois momentos robustos da Patife Band; a new wave tropical da Gang 90 & Absurdettes; Cabine C, de Ciro Pessoa, um dissidente dos Titãs; e a eletrônica santista do Harry. Akira S & as Garotas que Erraram, Fellini, Mercenárias, Chance e Muzak são onipresentes nos dois registros.
"Selecionamos músicas de que gostamos. É lógico que muita coisa legal ficou de fora", diz Bruno Verner, 33, do Tetine, que assina, ao lado de Eliete Mejorado, a curadoria do projeto.
A idéia surgiu em 2004, depois de um especial das Mercenárias feito no programa de rádio Slum Dunk, que o Tetine mantém na Resonance FM de Londres. Segundo Verner, a gravadora adorou as composições, entrou em contato, e as conversas resultaram no álbum que tem como título uma das frases da canção "Nosso Louco Amor", de Júlio Barroso e Herman Torres.
"Escolhemos "The Sexual Life of the Savages" [a vida sexual dos selvagens] primeiro para homenagear o Júlio, pois o começo dessa história no Brasil se deve muito a ele e à Gang 90. Segundo, porque queríamos brincar com a imagem selvagem que o Brasil tem para o mundo com ironia e ao mesmo tempo celebratória", diz Verner.
O produtor inglês Andy Comming, 40, seis anos de Brasil, foi o responsável pela concepção de "Não Wave". Na seleção, teve o auxílio de dois importantes personagens da cena: o jornalista, músico e escritor Alex Antunes, do Akira S, e o guitarrista Miguel Barrella, do Agentss, Voluntários da Pátria e Gang 90. "Reunimos o material que foi masterizado em Berlim", diz Comming.
Segundo o produtor, o lançamento já está repercutindo. "DJs têm tocado as faixas, críticos como [o britânico] Simon Reynolds [autor do livro "Rip It Up And Start Again: Post-Punk 1978-1984'] ficaram surpresos, e a revista alemã De-Bug publicou uma resenha bem positiva."
Para Alex Antunes, 45, as revisões internacionais servem de alento psicológico aos envolvidos. "Achávamos que toda aquela intensidade iria se perpetuar, mas de certo modo o movimento se perdeu. Isso deixou uma sensação esquisita em muitos de nós. Os álbuns permitem que a cena, que foi enterrada viva, dê uma respirada", diz Antunes.
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Não Wave
Artistas: vários
Gravadora: Man Recordings
Quanto: 15,99 (R$ 51,55)
Onde encontrar: www.othermusic.com
The Sexual Life of the Savages
Artistas: vários
Gravadora: Soul Jazz
Quanto: 11,99 libras (R$ 56,77) ;vinil: 13,99 libras (R$ 66, 24)
Onde encontrar: www.amazon.co.uk
O post ficou enorme, mas eis a entrevista de julho de 2002 para Trama.com
O último adeus de Fellini
por Rodrigo Carneiro
Um dos mais inventivos grupos nacionais lança disco inédito após hiato de 13 anos. Eterno retorno?
Onde o Fellini esteve nesses últimos 12, 13 anos? Longe? Talvez nem tanto. Corte para o plano de memória: eles acabaram em 1990, reapareceram em festejados shows no Rio, Pernambuco e São Paulo em 1998, tiveram o quarto e (até então) último disco, Amor Louco, editado em CD em 2000. Nesse meio tempo, o multiinstrumentista Thomas Pappon concebeu Os Eurosambas 1992-1998, com o familiar The Gilbertos, e o letrista e cantor Cadão Volpato pôde finalmente enveredar pelos caminhos da literatura e lançou dois livros de contos. Houve ainda o urgente projeto Funziona Senza Vapore que existiu tempo suficiente - quase um ano - para que o fã Chico Science prestasse uma homenagem com a versão de Criança de Domingo no álbum Afrociberdelia - o disco do Funziona Senza Vapore será editado ainda esse mês. Passada mais de uma década, o núcleo criativo do cultuado grupo paulista reencontrou-se em Londres, mais precisamente, na sala de estar de Thomas Pappon, e produziu o belo Amanhã é Tarde, recém-lançado pelo selo carioca Midsummer Madness. No entanto, não se trata da volta do Fellini, a banda acabou, é o que informa Cadão Volpato. Emprestamos então o título irônico do disco de estréia de 1985, para dizer que Amanhã é Tarde é O Adeus de Fellini. Parece confuso ? O Fellini explica na entrevista abaixo.
1- Mesmo que a letra de As Peles sugira não olhar para trás, é impossível começar a conversa sem perguntar sobre o início do Fellini e a escolha do nome. Digam lá.
Cadão Volpato - O Fellini nasceu em 1984. Idéia do Thomas: ele queria tocar baixo numa banda (era baterista de duas outras - e baterista, você sabe, sempre fica com o trabalho mais pesado). Ele me propôs, sei lá por quê, que cantasse e fizesse todas as letras. O Jair (guitarra) veio depois e, na sequência, o Ricardo Salvagni (bateria primeiro, depois teclados etc. etc.). Vale dizer que, para o Thomas e para mim, o Fellini sempre será esse aí, com esses dois
grandes praças. O nome foi a primeira coisa que apareceu na cabeça do Thomas. Fechamos: com o tempo, acho que caiu bem e ficou menos pretensioso.
Mas, naquela época, pretensão era água benta, numa boa.
Thomas Pappon - Foi o melhor nome que pintou numa conversa de bar. Havia um álbum dos Stranglers que nós ouvíamos bastante, o Feline, que ajudou na escolha.
2- Por que já no primeiro disco havia referência ao final do grupo ?
Cadão - Era uma brincadeira intencional (claro) com "começos promissores". A banda começa se despedindo - é legal, não? Também tinha a ver com um grupo que a gente admirava, Durutti Column, e um de seus discos, The Return of Durutti Column.
Thomas - No começo, a precariedade dos instrumentos vagabundos, a falta de técnica e a consciência de nossas limitações como ''músicos'', davam ao grupo o ar de que podia acabar a qualquer momento.
3 - Assim como o álbum mais recente, Fellini Só Vive 2 Vezes também foi gravado em 4 canais, apenas por vocês dois e após um recesso, não ? Há alguma outra similaridade entre ele e Amanhã é Tarde ?
Cadão - Não sei dizer. O clima de harmonia da dupla foi o mesmo. Nós nos entendemos muito bem, embora sejamos muito diferentes.
Thomas - O esquema foi bem parecido mesmo. Só os dois, gravando em casa. Mas lembrei outro dia que o Só Vive 2 Vezes foi mixado num estúdio profissional, no Vice Versa, depois de ter sido gravado num porta-estúdio. O Amanhã é Tarde não teve isso, foi todo gravado e mixado na sala de estar.
4 - Estabelecendo um exercício de distanciamento, o que lhes parece o Amanhã é Tarde após 13 anos ?
Thomas - É bem Fellini, apesar do tempo que passou. Cheio de idéias legais.
Cadão - A mim parece uma continuidade do que fomos, uma estranha continuidade não maculada pelos anos. Curioso é que esta sensação deve ter atingido também as pessoas que gostavam da gente. Acho que elas se surpreenderam, porque a inquietação continua ali. Continuamos meio destrambelhados, e essa foi sempre a nossa chave. Continuamos livres.
5 - De alguma forma vocês esperavam mais do que o posto de banda cult ? Essa possível expectativa teve algo a ver com o final do Fellini em 1990 ?
Cadão - O Fellini acabou porque fazemos esse tipo de música no Brasil. Em outro lugar haveria espaço pra gente. Na época, o Thomas estava de mudança pra Europa, não havia uma carreira possível. Aliás, graças a Deus. Nada pior do que envelhecer sem dignidade. Amanhã é Tarde não é a volta do Fellini. O Fellini acabou mesmo.
Thomas - Nunca esperei nada além do status de cult. Mas confesso que seria ótimo poder viver exclusivamente de fazer discos do Fellini.
6 - Falem um pouco da relação conflituosa que vocês acabaram tendo com a música Rock Europeu. Ela foi um hit underground realmente incômodo ?
Thomas - Incômodo? Por quê ? Gosto da música, tenho orgulho dela.
Cadão - Foi um hit incômodo porque mudamos radicalmente de curso (aliás, muitas vezes, você sabe). Mas grudou na gente, fazer o quê? Engraçado uma canção como essa ter virado hit: ela é irônica e dolorida até não poder mais. A gente vivia de ouvir o rock europeu.
7 - O Thomas disse numa entrevista que Amanhã é Tarde mostra o Fellini à vontade na praia da MPB. O que para vocês quer dizer esse termo e dentro dele quem vocês poderiam destacar como pares ou referências para o Fellini, fora o Chico Buarque é claro.
Cadão - Acho que apenas continuamos à vontade nessa praia. Se você pega o Amor Louco, lá estão as referências ao Adoniran Barbosa ("Joga as cascas pra lá"), o Noite Alta, Céu Risonho, os sambas, isso tudo numa linha evolutiva a partir do Fellini Só Vive 2 Vezes. Mas eu não vejo pares - nem mesmo o Chico Buarque. Acho que a MPB, hoje, vive de medalhões estacionados no tempo. Não há nada que eu ouça que me mostre um grande caminho. São todos
muito chatos. De qualquer maneira, nunca li versos tão poderosos quanto os de Folhas Secas, escritos pelo Guilherme de Brito. Ou então os de Três Apitos, do Noel Rosa.
Thomas - Quando penso em MPB penso no passado, nos anos 60 e 70. Penso em Caetano, Gil, Chico, Milton, Taiguara, Vandré, João Bosco, Os Ipanemas, Walter Franco, Nilo Amaro & Os Cantores de Ébano, Quinteto Armorial, Elizeth Cardoso, novelas da Globo e tudo o que tem a ver com samba, bossa nova, baião, com minha infância, adolescência e os tempos da USP. No Brasil, ninguém faz nada parecido com o que o Fellini faz. O mais próximo, talvez, em termos de filosofia de criação, é o Max de Castro. Essa onda de buscar algo novo a partir do passado glorioso da MPB é a ligação.
8 - É claro que vocês devem preferir Amanhã é Tarde, mas, para muitos, 3 Lugares Diferentes é o melhor disco do Fellini (rivalizando com Amor Louco). Ele tem uma série de samplers e vozes do rádio ( de John Peel a Osmar Santos passando por Sugar Blue e uma participação de vocês no extinto Matéria Prima da TV Cultura). Como eles foram escolhidos para fazer parte do disco ?
Thomas - Usamos tapes de gravações, por razões diferentes. Não lembro mais exatamente por quê.
Cadão - Fazia parte da nossa idéia de fazer coisas meio perturbadoras. Mas Amanhã é Tarde está cheio de samplers também.
9 - E por falar em Amor Louco, como foi a sua concepção ?
Thomas - É um discaço. Tínhamos um repertório maduro, bem definido, de sambas e rocks com a ''cara'' do Fellini. Gravamos em 16 canais, com ajuda de um produtor, o Jacky [R.H. Jackson]. Enfim , é um disco que dá uma boa idéia do que o grupo é capaz operando em condições profissionais.
Cadão - Queríamos gravar um disco com melhores condições técnicas. E conseguimos. Ainda é o meu favorito. O título vem do surrealismo.
10 - O Funziona Senza Vapore terá seu único álbum lançado esse mês pela Outros Discos. O que foi o Funziona Senza Vapore ?
Cadão - O "Funziona" nasceu e morreu em 1992. Éramos eu, Ricardo, Jair e Stela Campos. Eis aí um disco que eu não canso de ouvir. Todas as músicas, menos duas, são minhas (as outras são parcerias com o Ricardo). Ninguém, até agora, queria saber dele. Não sei se tem algo do Fellini - deve ter, mas é bonito. E pop, na medida do possível. A gente não tem como se apresentar.
Vamos fazer uma festa e, se conseguirmos acabar um clip, vamos exibi-lo.
Thomas - É algo mais pop que o Fellini ou The Gilbertos, minha outra banda [em parceria com a esposa e musa, Karla Pappon]. Tenho inveja de Camaradas. Queria ter feito essa música.
11 - Como foi o encontro de vocês com Chico Science e como se deu a gravação de Criança de Domingo do Funziona Senza Vapore. O que vocês acham da versão presente em Afrociberdelia ?
Thomas - Não tenho nada a ver com essa história. E acho Criança de Domingo a música mais fraca do "Funziona". Encontrei-me com o Chico Science em Londres, se não me engano no final de 96, ou início de 97. Jantamos e tomamos umas cervas.
Cadão - Conheci o Chico em São Paulo, mas ele já conhecia nosso trabalho graças à Stela, que morou em Recife e levou uma fita do Funziona com ela. Os dois fizeram um show com covers do Fellini, por sinal. Ele resolveu gravar, me ligou do estúdio Nas Nuvens para passar a letra, sempre foi de uma simpatia e uma modéstia enormes. A versão dele é bacana e bem diferente: agora vai ser possível comparar as duas.
12 - Como anda o The Gilbertos ? Nenhuma outra ameaça de contrato com o Luaka Bop ?
Thomas - O Gilbertos deve voltar à ativa ainda neste ano. Em 8 canais, se tudo correr conforme os planos. Mas vai continuar sendo no esquema independente.
13- Há a possibilidade de shows no Brasil ?
Thomas - Não creio.
14 - Algumas pessoas (lembro, por exemplo, das farpas lançadas pelo Ira e pelos Titãs) atacavam o Fellini pelo fato de vocês estarem ligados intimamente ao jornalismo cultural, o que é um contra-senso, pois o grupo nunca foi um fenômeno de mídia. Resumindo, o ganha-pão atrapalhou a atividade paralela de vocês ?
Thomas - Não que eu saiba. Na época, havia uma rixa dessas bandas com a Bizz, por causa dessa historia de nós recebermos espaço, mesmo não sendo famosos. Isso passou. Todos os integrantes do Ira! são amigos próximos. Tenho grande respeito pelos Titãs, principalmente pelo Charles, que está fazendo um trabalho sensacional remasterizando e remixando um monte de pérolas da MPB (tenho inveja dele, queria estar fazendo isso).
Cadão - Sem o ganha-pão não tinha atividade paralela. É a vida. Você sabe da história da Bizz? A votação em que fomos colocados ao lado dos Titãs em primeiro lugar foi uma fraude. Nós tínhamos a maior pontuação dos críticos do país inteiro. Ou seja, nós fomos realmente os prejudicados pelo fato de o Thomas trabalhar na revista e, diga-se de passagem, não ter votado no próprio grupo. Que culpa temos se estudamos?
15 - Falando nisso, quais são as atuais atividades profissionais ?
Cadão - Sou editor de Cultura da revista Época e apresento um programa para adolescentes na TV a cabo. O Thomas é professor de balé em Londres e passa as horas vagas fazendo macramê.
Thomas - Sou Desk Editor da BBC Brasil. Produzo programas de rádio e gosto do meu emprego. Aliás, adoro a BBC. Pronto, falei.
16 - O lançamento de seus dois livros, Ronda Noturna e Dezembro de um Verão Maravilhoso, ajudou nos conflitos entre musica pop e pretensões literárias ? Li que por um certo período você renegou o Fellini por conta disso, é verdade ? Fale um pouco dos livros e da repercussão deles.
Cadão - Olha, tudo o que eu faço não tem grande repercussão. Escrever é um fardo, e só faço isso porque sou disciplinado e quero descobrir coisas novas. Nada mal você poder criar universos alternativos ao alcance da própria caneta (escrevo a caneta mesmo).
17 - O que vocês têm ouvido ultimamente
Thomas - Deixa eu ver aqui...P.J.Harvey novo, Talking Heads antigo, montes de Brian Eno dos anos 70, Nancy Sinatra, Roy Harper, Dntel, o novo Sonic Youth, Crosby & Nash, Elliott Smith, o House of the Holy do Led Zeppelin e a trilha de The Fearless Vampire Killers do Polanski, composta pelo Krzysztof Komeda, meu disco preferido no momento.
Cadão - Ultimamente tenho ouvido jazz (com limite determinado: nada que vá além da eletrificação boiola do Miles Davis). Sei que parece meio pernóstico, mas é um direito que reservo à minha velhice e aposentadoria.
26/07/2002
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