Eu, ela, o cão e o affair redivivo - Rodrigo Carneiro

De Londres, mestre Thomas Pappon tem postado registros ao vivo do Fellini no Youtube. São vídeos de performances da banda no Madame Satã, na boate Off, em Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras praças. Uma maravilha. Assistindo às imagens, lembrei de uma entrevista que fiz com eles – Pappon e Cadão Volpato - para a Trama.com, quando do lançamento de Amanhã é tarde , de 2002. Tá aqui Desde a conversa, Pappon lançou mais um dos discos do The Gilbertos, Deite-se ao meu lado (2004), e voltou aos trabalhos com o Smack – saiu um EP, Smack 3 , no ano passado. Já Volpato editou outro livro, Questionário , estreou como artista solo, com o álbum Tudo que eu quero dizer tem de ser no ouvido , ambos de 2005, e tem publicado belos textos por aí. Entre a conversa e os dias que correm, o Fellini também teve canções incluídas em duas compilações internacionais a respeito do pós-punk brasileiro, Não Wave - Brazilian Post Punk 1982-1988 e The Sexual Life of the Savages - Underground Post-Punk fr...

O amigo Edu Beu informa: A ruivíssima Laura Wrona e seu acordeão azulado interpretarão belas e estranhas canções ao vivo. Seu estilo é inclassificável, mas podemos chamar de folk onírico. Já o dramaturgo, escritor e compositor carioca Fausto Fawcett, é o convidado especialíssimo para um set de discotecagem. Ele promete um set magnético, dançante, obscuro-obsceno, da cena alternativa dos anos 60 até o início do post-punk. O Berlin, vocês sabem, fica na Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 85, Barra Funda, São Paulo. (11) 3392-4594

O verão é notório não só pelo calor que muitas vezes passa dos 40 graus, mas também pela alegria de viver e aquelas famosas rodas musicais em volta de uma mesa de bar, que se espalham por todo país. Assim, nos meses de janeiro e fevereiro, a cada quinze dias e sempre às quintas-feiras, uma banda de rock especialmente formada e liderada pelo guitarrista, vocalista, e aqui também apresentador Clemente do Inocentes e Plebe Rude, acompanhado por Redson, do Cólera (guitarra e voz), Ari, do 365 (guitarra e voz), Mingau, do Ultraje a Rigor (Baixo) e Alonso, do Marsh Gas (Bateria), recebe convidados para um bate-papo recheado por uma jam session de rock'n'roll. O segundo encontro da série traz três figuras carismáticas da cena do rock: o veterano Kid Vinil, Rodrigo Carneiro e o ex-VJ Thunderbird. Na Lanchonete. SESC Santo André Rua Tamarutaca, 302, Santo André,SP Tel.: 11 - 4469-1200 Dia(s) 29/01 Quinta, às 20h. Grátis

“Quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha. Avacalha e se esculhamba”, trecho de O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla

Minha madrugada foi extremamente rocker e adorável. Eram duas da madrugada quando os Mickey Junkies deram os primeiros acordes no palco do Vegas. O máximo respeito e muito amor a quem nos acompanhou alta noite adentro.

Publico com atraso um post em homenagem ao aniversário de 455 anos de São Paulo, comemorado neste domingo. Estive na bucólica Paraty, Rio de Janeiro, no final de semana e prometi a mim mesmo ficar longe dos computadores. Que a cidade impraticável que todos amamos prospere e não nos enlouqueça sobretudo nos horários de rush – isso de horário de rush acabou, né? Os congestionamentos já não respeitam lugar nem hora. Com vocês, "São Paulo by day", uma das canções do disco que o Joelho de Porco lançou em 1978.

E não é que tem um perfil da besta aqui na edição da Revista Imprensa deste mês? Fiquei honrado com a lembrança e a entrevista foi algo parecido com uma sessão de análise freudiana. Agradeço aos escribas da tradicional publicação – está no número 242 - e ao Igor Ribeiro, que dá as cartas por lá. Um salve também à musa Amanda Louzada, autora da foto que acompanha os dizeres. Está nas bancas, mas reproduzo abaixo em negrito: A Volta do Poeta Punk Revista Imprensa Antes da internet, ter um grupo de rock independente no Brasil exigia um intenso boca-a-boca, gravação de “fitas demo”, publicação de fanzines, contatos com uma reduzida imprensa receptiva e emplacar shows tanto quanto possível. Hoje é bem mais fácil. “Há um circuito de festivais e a internet possibilita muita coisa”, compara o jornalista Rodrigo Carneiro, que conhece os dois lados da moeda. Afinal sua banda, o Mickey Junkies – que existiu entre 1991 e 1997 e fez história na cena underground paulistana -, recuperou as forças e,...

Frank Zappa e os pais Francis e Rosemary nos anos 1970 Dia desses o sítio do jornal inglês The Guardian publicou fotos muito bacanas de estrelas do rock e seus progenitores. São retratos saborosos do fotógrafo John Olson feitos para a revista Life nos anos 1970. Os roqueiros, vejam só, têm pai e mãe. A galeria de imagens está aqui .

Sweet Thang (Lynn Jenkins), obra de 1975 E da série “Quisera eu, mas quisera mesmo”, está em cartaz no Studio Museum do Harlem, em Nova York, a exposição Birth of the Cool, do fenomenal artista plástico norte-americano Barkley L. Hendricks . Trata-se da primeira retrospectiva da obra do cara promovida pelo Nasher Museum of Art at Duke University com curadoria de Trevor Schoonmaker. A mostra (com maravilhas feitas entre 1964 e os dias atuais) fica no Harlem até o dia 15 de março e depois corre outros museus dos EUA. Testemunhei a produção de Hendricks em uma galeria do Brooklyn há alguns anos e virei tiete. A notícia dessa retrospectiva me tirou o sono. Fela: Amen, Amen, Amen, Amen . . ., 2002 Barkley L. Hendricks em retrato surrupiando do The New York Times

Um top ten dos melhores momentos constrangedores do encosto que perde o posto hoje lá nos EUA. Escolha feita antes do episódio do sapato iraquiano. Bom, já tarde, Bush.

Foto: Eduardo Aigner Nei Lisboa é mestre e fez aniversário ontem. Falamos com ele lá no trabalho. Dêem uma olhada na entrevista .

Antes de mandar "Jail bait" ao vivo em algum palco da vida, o grande Andre Williams ensina o segredo do sucesso. Tem dinheiro e sexo na jogada.

Morrissey - I'm Throwing My Arms Around Paris Moz quer nos convencer de que ninguém liga para o amor que deveras sente em "I'm Throwing My Arms Around Paris". Só o aço e o concreto da cidade luz. Eu acredito. A faixa é o primeiro single de Years of Refusal , álbum que o homem lança em fevereiro.

"Luz e força pra quem se liga. Para o resto, o resto." (Chacal)

E já que começa hoje mais uma edição do Big Brother Brasil, republico um post que eu escrevi aqui mesmo neste espaço no dia 7 de janeiro de 2008 - o original está aqui . Para atualizar os dados do que eu chamei de "Salvo do Big Brother Brasil", só troquem o Alemão pelo emo Rafinha, que recebeu 50,15% dos 75 milhões e 637 mil votos e faturou o prêmio de R$ 1 milhão de reais, o número da edição e a data da exibição. No mais, minhas opiniões sobre o assunto continuam as mesmas. Salvo do Big Brother Brasil Durante um período, de triste memória, eu e alguns companheiros de redação tínhamos como incumbência a cobertura do Big Brother Brasil , que chega à oitava edição nesta terça, 8. Em meio às obrigações de cada editoria – a minha musical -, acompanhávamos os passos dos participantes antes mesmo da entrada na famigerada casa e não desgrudávamos os olhos da tela, dos relatórios e das fofoquinhas. Havia inclusive uma TV ligada o tempo todo no pay-per-view com a aborrecida rotina dos...

Foto de Luiz Filipe Ogro Mário Bortolotto avisa: Amalfi e eu montamos essa banda em 2.003, no Teatro Cemitério de Automóveis (que a gente tinha lá na Rua Conselheiro Ramalho). Quando acabavam as peças, o Amalfi pegava uma guitarra, eu pegava outra e a gente ficava tocando lá embaixo. Um dia fui na casa dele com algumas letras e a gente fez de cara seis músicas. A primeira foi "Janelas". O primeiro show da banda foi no Teatro mesmo, no lançamento do meu livro "Bagana na Chuva". Cinco anos depois estamos conseguindo finalmente lançar o CD. Não foi fácil e queria dedicar esse lançamento pro Napetinha (Noa Stroeter - o baixista da banda) que tá na Holanda agora, mas que com certeza gostaria muito de estar amanhã com a gente lá no Sesc Vila Mariana. O carinha que tá substituindo o Noa (o Caçarola) é muito bom também e tá tudo certo, mas seria du caralho ter o Napetinha tocando amanhã (É HOJE) com a gente. É muito difícil reunir essa banda porque a rapaziada toca em uma...

Um Cab Calloway, com "Minnie The Moocher", para iniciar os trabalhos desta segunda-feira. Calor, não?

Sei que não é a ressurreição de Rê Bordosa, assassinada pelo genial cartunista Angeli em 1987, mas a nova série publicada por ele na Folha de S.Paulo , Vodka, deu uma recordação nostálgica da maluca. Um grupo de pessoas aparentemente normais se traveste da personagem. Na tira de hoje, um deles sai à rua para comprar bebidas e cigarros light na madrugada. Farão um ritual satânico? Uma orgia? O que virá por aí? Acompanhemos na banheira.

Eu não tinha assistido ainda ao vídeo vencedor do Show do Gongo, da etapa mineira do Festival Mix Brasil, realizado em novembro de 2008. Tonto eu. Perdi a oportunidade de morrer de rir muito antes com O Mágico de Uóz , de André Machado. É inacreditável.

O cultuadíssimo álbum Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol , de Lula Côrtes & Zé Ramalho, lançado e quase desaparecido em 1975 – uma enchente do rio Capibaribe inundou Recife e consecutivamente a sede da gravadora da dupla, a Rozemblit. A força das águas destruiu encartes e a master das gravações. Só sobraram 300 álbuns de vinil -, é tema do documentário Nas Paredes da Pedra Encantada , dirigido por Cristiano Bastos & Leonardo Bomfim. A estréia é prevista para este ano. Classe.

Maysa (1936-1977) Estão assistindo à minissérie Maysa, Quando Fala o Coração , da Rede Globo (onde trabalhava o impagável personagem Bozó, aquele do crachá)? Eu estou e tenho gostado do resultado. Na poltrona, torço para que a média de 30 pontos de ibope na noite de estréia reflita-se em procuras e audições dos álbuns gravados pela cantora. Que edições mais bem cuidadas do que ela produziu em vida apareçam nas prateleiras. E que o sensacional livro Maysa: Só numa multidão de amores , de 2007, assinado por Lira Neto, seja mais lido.

Rumores infelizmente confirmados: Ron Asheton, guitarrista e fundador do The Stooges, foi encontrado morto em sua casa, em Ann Arbor, nos EUA, na manhã desta terça-feira. Ele tinha 60 anos. Rest in peace.

O amigo Flávio Vajman avisa que ministrará um curso intensivo de gaita blues neste mês de janeiro. Flavinho sabe tudo do gênero e promete 12 horas de ensinamentos. Sem contar que o nome do local do curso, Centro de Estudos Musicais Rockabilly (Rua Rego Freitas, 512, São Paulo), é ótimo e impõe respeito rocker. Como diria a canção, "The blues is all right".

De volta ao trabalho. E eu nem sei por onde começar. Sugestões?

Há tempos eu não via esse clipe do grupo britânico Musical Youth . Sucesso da molecada lançado em 1982, "Pass The Dutchie" é ótima e me serviu de iniciação ao universo do reggae. Devia ter uns 12 anos.

Manhã de sol em janeiro garrafas de champanhe, sete rosas como oferenda e corpos vestidos de branco espalhados pela areia. Permitam que não tenham donos os corpos e os champanhes baratos no romper de mais um incógnito ciclo - lato em latim: januariu. Ao cessar dos fogos de artifício, os corpos esqueceram seus nomes. Nada mais existe e as ondas que avançam sobre a areia encontram todos vestidos de branco e os champanhes baratos no primeiro dia de janeiro.