Eu , tiete, junto aos heróis do MC5 (Wayne Kramer, Dennis Thompson e Michael Davis) e do Mudhoney (Mark Arm) durante uma tarde ensolarada de rock'n'roll. Foto: Daniel Arantes
Leio que Michael Davis morreu na sexta-feira, 17. Vítima de insuficiência hepática. Tinha 69 anos. Davis, vocês hão de saber, foi baixista do MC5. Banda das mais incríveis, que teve atuação entre 1964 e 1972. Durante o período, o quinteto, alucinou no blues, teve como mentor o poeta John Sinclair, dividiu palcos com The Stooges, Sun Ra e John Coltrane, tomou para si o ideário do partido radical negro Black Panthers – os integrantes respondiam por panteras brancas, entre tantas outras.
Depois de tanto ouvir os discos e colecionar histórias sobre a banda, tive o prazer de entrevistar os músicos em 2005. Estavam eles no Brasil para uma apresentação, no Campari Rock, do projeto DKT/MC5, que trouxe Mark Arm, do Mudhoney, como vocalista convidado (Rob Tyner, o fabuloso cantor original, morrera em 1991). Foram momentos inesquecíveis aqueles.
Já tinha conversado com Mark Arm em outras ocasiões. E antes de começarmos a gravar, eu comentei do absurdo que aquele encontro representava para mim. Um misto de alegria, incredulidade, distanciamento jornalístico e tietagem. “Te entendo muito bem. Imagine que eu tenho viajado com eles há alguns meses e ainda não me acostumei com isso. É surreal cantar um repertório tão vibrante, que eu ouvi tanto durante a vida, acompanhado desses caras”, me confidenciou o Arm. Fiquei menos apreensivo. Fui à entrevista - a videomaker Chris Bernardes, nas imagens em movimento, e Daniel Arantes, fotografia, eram a equipe.
Agradeço aos Orixás, a Deus, a Jah Rastafari, ao nada, por ter tido contato com o trabalho do grupo de Detroit (EUA) ainda moleque e, por essas contingências da profissão, ter trocado impressões acerca do rock’n’roll – no fundo, somos todos amantes da música - com figuras tão heróicas.
Descanse em paz, mister Davis. Kick out the jams, motherfuckers.
Leio que Michael Davis morreu na sexta-feira, 17. Vítima de insuficiência hepática. Tinha 69 anos. Davis, vocês hão de saber, foi baixista do MC5. Banda das mais incríveis, que teve atuação entre 1964 e 1972. Durante o período, o quinteto, alucinou no blues, teve como mentor o poeta John Sinclair, dividiu palcos com The Stooges, Sun Ra e John Coltrane, tomou para si o ideário do partido radical negro Black Panthers – os integrantes respondiam por panteras brancas, entre tantas outras.
Depois de tanto ouvir os discos e colecionar histórias sobre a banda, tive o prazer de entrevistar os músicos em 2005. Estavam eles no Brasil para uma apresentação, no Campari Rock, do projeto DKT/MC5, que trouxe Mark Arm, do Mudhoney, como vocalista convidado (Rob Tyner, o fabuloso cantor original, morrera em 1991). Foram momentos inesquecíveis aqueles.
Já tinha conversado com Mark Arm em outras ocasiões. E antes de começarmos a gravar, eu comentei do absurdo que aquele encontro representava para mim. Um misto de alegria, incredulidade, distanciamento jornalístico e tietagem. “Te entendo muito bem. Imagine que eu tenho viajado com eles há alguns meses e ainda não me acostumei com isso. É surreal cantar um repertório tão vibrante, que eu ouvi tanto durante a vida, acompanhado desses caras”, me confidenciou o Arm. Fiquei menos apreensivo. Fui à entrevista - a videomaker Chris Bernardes, nas imagens em movimento, e Daniel Arantes, fotografia, eram a equipe.
Agradeço aos Orixás, a Deus, a Jah Rastafari, ao nada, por ter tido contato com o trabalho do grupo de Detroit (EUA) ainda moleque e, por essas contingências da profissão, ter trocado impressões acerca do rock’n’roll – no fundo, somos todos amantes da música - com figuras tão heróicas.
Descanse em paz, mister Davis. Kick out the jams, motherfuckers.
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