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15 anos sem Chico Ciência

Chico Science, morto em um acidente automobilístico em Olinda (PE) no dia 2 de fevereiro de 1997

São 15 anos sem Chico Sciencie, ou Chico Ciência, como diria o Ariano Suassuna. Saudade, que novidade, do caranguejo com cérebro. Dentre outras, me vem agora a lembrança de um domingo agradabilíssimo de 1996. Ao final da tarde, fomos em bando ao também saudoso Belas Artes, em São Paulo, assistir ao filme Clockers, do Spike Lee, e depois rumamos para o estúdio onde os Los Sea Dux ensaiavam. Chico tinha acabado de trazer uma câmera digital dos EUA e registrava (e, o melhor, tomava parte d)a jam session funk/punk/latina/surf/jamaicana/psicodélica com aquele talento gigantesco dele. Passos à frente, mudanças de lugar. Com o avançar dos meses, a inaceitável notícia de merda. Que troço mais frágil e injusto é a vida, não? Daqui, 15 anos de tentativa de entendimento, damos vivas ao malungo. Chila, Relê, Domilindró!

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'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu