Pular para o conteúdo principal

Dois shows

Dois shows que eu gostaria muito de ter assistido neste último final de semana foram os dos amigos Inocentes e Defalla em São Paulo. Os primeiros tocaram no Sesc Pompeia, em comemoração aos 30 anos de atividade, e os segundos, no Sesc Belenzinho e no Beco 203, com sua formação clássica. Além de terem em suas fileiras sujeitos que tornaram-se meus amigos, ambas as bandas foram muito importantes para minha formação, para o que eu viria a produzir mais tarde como músico, ou aprontar como maluco plantonista. Não estava na cidade para reencontrá-los, fui a Feira Literária Internacional de Paraty (RJ), a Flip, trabalhar na equipe do espetáculo "Solidão Continental", com o escritor João Gilberto Noll em cena - arrasamos, diga-se. Experiências incríveis se sucedem e novos amigos, talentos há muito admirados por mim, de repente, estão ao meu lado. Que coisa mais curiosa é a vida.

Bom, Duca Mendes fotografou os Inocentes. O Viva La Brasa postou uma entrevista com o Edu K e há vídeos do show deles na rede.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu