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Hoje


ocorre a estreia do projeto Ecos Musicais no SESC Osasco. Sou um dos curadores e batuquei o texto abaixo para o programa que as pessoas vão receber por lá.

Nunca se ouviu tanta música quanto agora. Também nunca foi tão fácil produzir um disco ou pulverizar canções pela internet. Mudanças profundas na relação que as pessoas têm com a produção sonora ocorreram nos últimos anos. Há música nos videogames, na telefonia celular e discografias inteiras na base de um clique no botão direito do mouse. Mas uma coisa segue inalterada: a insubstituível experiência das apresentações ao vivo. Afinal, é no contato direto com o público que as manifestações artísticas se justificam. O Ecos Musicais, que abre os trabalhos neste mês de junho, é a mais nova plataforma para essa relação milenar entre artista e plateia. Grata iniciativa do SESC Osasco, o Ecos Musicais pretende dar visibilidade aos novos nomes da cena musical – sobretudo de Osasco e região -, oferecendo a eles uma estrutura conhecida em todo o Brasil pela sua qualidade. Mais do que direcionar holofotes a um ou outro grupo ou artista solo, o Ecos Musicais quer estimular a produção autoral e a pesquisa na região. Produtores, instrumentistas, cantores das mais distintas searas são aguardados, assim como os seus testemunhos acerca da atividade artística. Em suma, todos os gêneros encontrarão porto no Ecos Musicais. A democracia, outra invenção da Antiguidade, dá o tom: “mande o seu projeto, participe”, não é força de expressão. Posso garantir. E é uma imensa felicidade ter sido convidado pelo SESC para ser um dos curadores do Ecos Musicais, posto que tenho a honra de dividir com Clemente Nascimento, líder dos Inocentes, guitarrista da Plebe Rude e apresentador do Showlivre.com. Olhos e ouvidos bem atentos.

Rodrigo Carneiro, jornalista e cantor dos Mickey Junkies

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