Eu, ela, o cão e o affair redivivo - Rodrigo Carneiro

O sítio da Juxtapoz informa que Rammellzee, um dos pioneiros do grafite e do hip hop, estudioso do gothic futurism e parceiro de Jean-Michel Basquiat, morreu nesta terça-feira, 29. Causa desconhecida. Grande artista o Rammellzee. Rest in peace.

É, eles têm sido bem estranhos mesmo.

Isaac Hayes, rapaziada, 1971: gravações de uma obra-prima.

Engraçado, vai? Vi no Matias .

Aula de rock das mais agradáveis com o trio liderado pelo professor Hugh Cornwell, aquele dos Stranglers, no CB Bar, em São Paulo, nesta madrugada. No roteiro de ensinamentos, coisas como “Walk on By”, do grande Burt Bacharach, “Peaches”, “Duchess”, “Something better change”, “No more heroes”, entre outras disciplinas. Bom domingo para nós todos.

alvos móveis.

O cantor e compositor Mark Lanegan, atração do Popload Gig Cult no Comitê Foi engraçado ver os seguranças do Comitê Club correrem atrás de Mark Lanegan no início desta madrugada. Depois de fazer um show maravilhoso no palco da casa de espetáculos, o sujeito, maior cantor de sua geração – e mais irresistivelmente antipático também - , disse um boa noite entre dentes e sumiu em direção à rua. Do lado oposto, os seguranças cruzaram em disparada o tablado, esbarraram na cortina e desviaram-se dos pedestais para dar algum tipo de guarida ao artista. Sem sucesso. O repertório foi um primor. Foi de coisas antiquíssimas do Screaming Trees, caso de "Where The Twain Shall Meet" – gravada ainda nos tempos da banda na SST -, a composições dos discos solo, o show foi iniciado sem dó nem piedade com "When Your Number Isn't Up", do álbum Bubblegum , de 2004, passando por colaborações com o Queens of the Stone Age, uma "Hangin' Tree" pra bater a cabeça intranquila...

"Caminha (q aqui é de Osasco)", música da qual eu, o lugar onde nasci e meus amigos queridos somos personagens, vejam só. Está presente no Kingzobullshitbackinfulleffect92 , discaço lançado pelo Defalla em 1992. Fãs e posteriormente comparsas da grande banda gaúcha, éramos uns moleques dedicados a "tocar o horror" (ou, em determinados casos, "tocar o puteiro" mesmo) e achávamos muito engraçado ter nossas piadas internas registradas em vinil. Agradeço a quem fez e postou, em maio passado, o videozinho no YouTube.

Saiba mais no blog da antologia . Aliás, um brinde.

Sem os óculos?

o coração, deixou recado aqui na secretária eletrônica, já foi.

Trecho, cujo diálogo foi sampleado pelo Primal Scream em "Loaded", do filme The Wild Angels , Roger Corman, 1966. Discurso bem hedonista da personagem vivida por Peter Fonda. Eu gosto.

Descansa, José .

Já escrevi aqui sobre o que eu acho da obra de Domingos Oliveira . Também já disse o quanto gosto do poema acima. Volto a ele na manhã desta sexta-feira. Bom dia.

(Manuel Bandeira) Quando estás vestida, Ninguém imagina Os mundos que escondes Sob as tuas roupas. (Assim, quando é dia, Não temos a noção Dos astros que luzem No profundo céu.) Mas a noite é nua, E, nua na noite, Palpitam teus mundos E os mundos da noite. Brilham os teus joelhos, Brilha o teu umbigo. Brilha toda a tua Lira abdominal. Do livro Bandeira - Poesias Reunidas - Estrela da Vida Inteira , 1980

Como tinha avisado aqui, li uns poemas cometidos por mim na edição da última quinta-feira, dia 10, do Zap – Zona Autônoma da Palavra, no Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, em São Paulo. Foi adorável e a fotógrafa Catarina Siqueira estava lá registrando a movimentação. Muito agradecido.

Seleção brasileira em algum momento da Copa do Mundo da Espanha, 1982 Futebol e torneios mundiais: eis aí duas coisas que não me dizem absolutamente nada. Azar o meu, tô sabendo. Por conta disso, como faço desde a eliminação do Brasil na Copa do Mundo de 1982 – 3 a 2 para a Itália de Paolo Rossi, a última partida acompanhada na integra pelos meus quatro olhos -, não assistirei a jogo algum. Mas, motivado pelo entusiasmo ocasional que toma as ruas da nação, torcerei. Torcerei muito. Por mim, evidentemente.

Um dos melhores shows que eu assisti na vida foi o do reverendo Al Green. São Paulo, psicodelia brava, meados dos anos 1990, mesa em frente ao palco. Em dado momento, o homem de Deus deixou o microfone no chão e cantou a capella , ungido. Também distribuiu rosas vermelhas pela plateia. Vestia branco. "Lay it down", vocês sabem, é produção recente – discaço de 2008, ganhador de Grammy. Prova de que o reverendo fez e continua aprontando coisas divinas. E o meu ateísmo nisso tudo? Como é que fica?

Sound Wave é o nome desta obra de 2007 do artista coreano Jean Shin. Muito bacana. Vi no Matias .

Olha o coração aí, gente. Vamos por partes Mário Bortolotto, Marcelo Rubens Paiva, Fausto Fawcett, eu mesmo, entre outros, refletimos profundamente sobre as relações humanas na edição especial do Dia dos Namorados do MTV na Pista . Brincadeirinha. Há algumas semanas, estávamos todos no show do Fawcett, e seu novo projeto, o The Trípecs, no Clube Berlin, e fomos entrevistados ao estilo “povo fala”, como se diz no jargão televisivo. Nossas declarações imperdíveis estão ao longo dos dois primeiros blocos do programa. Eu falo no primeiro. Assista aqui . Pierre Masato, Fabio Brum, Marcelo Montenegro, Fernanda D’Umbra, Ademir Assunção, Baby La Barba, Ester Laccava também tratarão do assunto na Coletivo Galeria, em São Paulo, logo mais às 20h. Do além, Chet Baker, meu amigão, sussurra bonito aquela canção de amor.

Post atualizado às 19h18 (Horário de Brasília) - Com a palavra, Carlos Remontti: "Caros, sentimos muito mas não vai mais rolar amanhã, 12.06, o Gerador Rock lá no Viaduto do Chá. Devido aquela treta do Cicas, o Gerador estará sendo levado pra lá e vai rolar uma manifestação em prol da permanência do Ciccas, que é um projeto lá do Sinfonia de Cães com a comunidade do local. Se alguém já se programou, nos desculpe. Mas é por uma tremenda de uma boa causa. Um brinde!" Viaduto do Chá, cidade de São Paulo, circa 1930 Românticos a go-gô, os amigos do La Carne irão promover baderna no centro de São Paulo no tal do Dia dos Namorados. Olhem só o e-mail de Carlos Remontti, o baixista: É isso mesmo. Show no Viaduto do Chá. O esquema é com os caras de Sorocaba que fazem o Guerrilha Gerador, que funciona assim: eles levam um gerador pra rua, pede licença aqui, ajeita ali, arma tudo e bóra pro som. Simples desse jeito. Claro, pode ser que baixe os hômi e manda desligar tudo, pode ser que...

Estarei lá no Zap com uns poeminhas no bolso.

Nancy Spungen e Sid Vicious em um camarim dos Sex Pistols "Em 1977, o Sex Pistols era a completa apoteose do punk rock. Em fevereiro, o baixista da banda foi substituído por John Ritchie, mais conhecido como Sid Vicious, e o Sex Pistols se transformou em algo completamente diferente. Pouco mais que um jovem vândalo e perturbado, desejando atingir a fama, Sid personificou tudo o que o Sex Pistols desejava representar; ele era cruel e autodestrutivo, viciado em heroína, praticava a autoflagelação e vivia sua vida de modo perturbador. Mas, para Sid, infelizmente, nada disso era mentira. Após a morte de Sid, Johnny Rotten chegou a confessar que Sid "não passava de um cabide que preenchia um espaço vazio no palco". Por pouco tempo, o Sex Pistols parecia estar prestes a passar de maior fracasso a maior sucesso do rock, quando, nove meses depois da chegada de Sid, o disco, muito esperado deles, "Never mind the bollocks - Here's the sex pistols", rapidamente foi pa...

sau.da.de sf (lat solitate) 1 Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. 2 Nostalgia. 3 Ornit Pássaro muito atraente da família dos Cotingídeos (Tijuca atra); assobiador. 4 Bot Nome com que se designam várias plantas dipsacáceas e suas flores; escabiosa. 5 Bot Planta asclepiadácea (Asclepias umbellata). sf pl Lembranças, recomendações, cumprimentos. S.-da-campina: o mesmo que cega-olho, acepção 1. Saudades-de-pernambuco: o mesmo que jitirana-de-leite. Saudades-perpétuas, Bot: planta da família das Compostas (Xeranthemum annuum).

Uma das minhas fotógrafas prediletas, a amiga Caroline Bittencourt é tema de oportuna reportagem da edição desta sexta-feira do Segundo Caderno, d’O Globo. Arrasa, Carol.

... é o nome do quarto disco em formato oneman band do meu querido amigo Marco Butcher, o Uncle. Uma verdadeira celebração da música primitiva. Ei-lo aqui .

Rei Roberto interpreta composição linda de viver do grande Antônio Marcos. É isso.

Digo a meu pai que atravessar madrugadas incólume já foi mais fácil. Conto que lá se foi o tempo em que encarava um dia de trabalho diretamente de uma noite não dormida, por exemplo. Ou que, atualmente, a possibilidade de chegar em casa com o sol a pino me causa calafrios, logo a mim. Lembro que na semana passada, após dois dias consecutivos de semi-esbórnia - entendam, semi-esbórnia - precisei de um sábado inteiro para me recuperar. Meu pai, sábio e irônico, me conforta. "Não se preocupe com isso, Rodrigo. É a ação do tempo. Decididamente, você agora é um punk sênior”, define. Rimos muito. Dou-lhe um beijo.