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Diante da beleza

No sábado à noite, eu conversava com o querido Xico Sá antes do início da homenagem ao vigoroso poeta Roberto Piva no b_arco, em São Paulo. De repente, uma amiga do Xico, atriz lindíssima, metida em roupas luminosas e com olhos, desculpe o velho Machado, de ressaca, surgiu e cumprimentou o escriba. O parceiro de prosa me apresentou à moça e ela se pôs a ronronar algo sobre poesia e fome, que sentia. Nos deixou completamente embasbacados com o conteúdo e a forma e foi em direção à lanchonete do espaço cultural. “Quando penso que já me acostumei com as mulheres, acontece uma cena dessas”, me disse o Xico. “Até parece que não temos mães”. Caímos na gargalhada. Os dois pobres diabos, marujos enfeitiçados, diante da beleza.

Comentários

Unknown disse…
Carneirovski,claro q nao lembrava de nada.so da farra. grande recuerdo. e viva as moças com fome de viver.abraçoo
rodrigo carneiro disse…
Hehe. Viva elas! Um abraço, querido.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu