Pular para o conteúdo principal

SLAM brasileiro



Acontece nesta quinta-feira, 14, mais uma edição do "ZAP! ZONA AUTÔNOMA DA PALAVRA - um SLAM brasileiro!", no Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (R. Dr. Augusto de Miranda, 786 – Pompéia, telefone: 11 3803 9396), às 19h. A entrada é franca.

O Slam é um espetáculo sob a forma de encontros de poesia. Criado por Marc Smith em Chicago, nos anos 80, ele suscitou uma admiração da mídia que lhe permitiu propagar-se pelo mundo inteiro. O Slam trouxe uma renovação para a poesia oral e valorizou a arte da performance poética. Promovida pelo Núcleo Bartolomeu ano passado, a primeira edição do Zap! fez tanto sucesso que houve uma nova "rodada" em fevereiro de 2009, mais outra em abril e agora o ZAP! acontece mensalmente, sempre nas segundas quintas-feiras do mês.

O Slam costuma acontecer em locais públicos como bares, cafés, salas de espetáculos, centros culturais e cinemas ou lugares inabituais como agências de correio, livrarias, escolas, hospitais, prisões ou mercados ao ar livre, por exemplo.

Além dos poetas, a platéia também pode participar. A única condição é se inscrever com o apresentador e obedecer as regras dessa performance. O Slam dá a voz a todos, com uma liberdade total de estilo, de gênero e de assunto abordado.

REGRAS:

1) Um poema por vez, devendo ser de autoria do poeta (podem ser lidos)

2) Sem acessórios, sem figurino, sem acompanhamento musical.

3)Os poemas devem ter no máximo 3 minutos, mais dez segundos de bônus. Após esse tempo são descontados pontos.

4) Um júri formado por cinco pessoas, sorteadas ou escolhidas pelo apresentador (host/mc) entre o público, atribui uma nota após cada poema numa escala de 0.0 a 10.0, podendo haver notas quebradas (por ex:7,8 ou 9,6....)

5) A nota mais alta e a mais baixa são retiradas. Um assistente faz as "médias" e marca em um quadro onde todos possam ver.

6) O júri não pode se deixar influenciar nem pelo apresentador, nem pelo público, nem pelos poetas.

As regras podem variar de um torneio a outro mas devem sempre se apoiar sobre esses princípios de base para garantir a coesão do Slam.

Todos os poetas participam da primeira rodada. As melhores notas participam da segunda rodada e assim por diante até a terceira e última rodada.

A premiação varia indo de prêmios simbólicos desde U$10 , a grandes quantias nos grandes campeonatos. No "Slam!Zona Autônoma da Palavra" a premiação será feita com livros.

Em muitas cidades americanas, um torneio anual é organizado para selecionar os participantes para o Slam Nacional. Na França, o movimento acontece desde 1998. As cenas nasceram em Paris e se multiplicaram por todo país.

Na união de poesia e espetáculo interativo, o Slam é o território/espaço da expressão ideal para todos os poetas e todas as formas de poesia.

Ele toca todos os públicos, muito além dos círculos literários tradicionais.

Uma zona autônoma onde o que mais importa não é a performance individual, mas a "fresta no tempo" onde a poesia oral, a performance e a diversidade são celebradas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu