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Os álibis

Estamos aqui, prenúncio do amanhã
Fantasmas exaustos deitados no divã
Segredos, intrigas, vestígios da ilusão
A paz provisória colocada em questão
Quietude dos bosques, juras no contratempo
O efêmero da certeza é o que nos serve de alento
Penumbra ao longe, orvalho em formação
Quem tem todos os álibis, nos olha, sorri e diz não

Comentários

Anônimo disse…
Diz não...e ainda sorri esse tal dono(a) de todos os álibis!

Rodrigo, gostaria muito de saber onde posso encontrar seus textos poéticos e/ou jornalísticos. Existe alguma compilação deles, ou estão espalhados por aí?
Grande abraço.

Marcos Correa
Rodrigo Carneiro disse…
Salve, Marcos! Não há ainda uma compilação. Os textos estão espalhados, mas estou reunindo os danados para um livrinho. Obrigado pela visita. Abraços.

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Escovinha ou função, um breve estudo sociológico

'Back in black' (1986), do Whodini; “I’m a ho!” é a quarta faixa do álbum Dia desses, no Facebook, o amigo Neco Gurgel postou uma música do Whodini, a clássica “I’m a ho!”. Nos bailes black de periferia, o refrão da faixa era conhecido e sobretudo cantado como “Desamarrou (e não amarrou)”. Paródias do tipo eram bastante comuns naqueles tempos, final dos anos 1970, começo dos 1980. Na tradução marota da rapaziada, o funk "Oops upside your head", da Gap Band, por exemplo, ficou informalmente eternizada como "Seu cu só sai de ré". Já “DJ innovator”, de Chubb Rock, era “Lagartixa na parede”- inclusive gravada, quase que simultaneamente, por NDee Naldinho, em 1988, como “Melô da lagartixa”. A música do Whodini, lançada em 1986, remete a um fenômeno que tomou as ruas do centro de São Paulo, e periferias vizinhas, antes da cultura hip hop se estabelecer de fato: o escovinha, também chamado de função. Em “Senhor tempo bom”, de 1996, os mestres Thaíde & DJ Hu